Capítulo 1

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Olá, quero deixar claro que estou ciente sobre a sexualidade da personagem Yelena Belova e Kate Bishop, isto é apenas ficção. Boa leitura.

Kate Bishop

6 anos atrás...

Kate balançava seu corpo na batida da música que estava no talo como se as pessoas estivessem surdas demais. Ela não estava acostumada com isso, a beber tanto que se sentia nas nuvens e não sentia aquela dor que interna que sempre estava disposta a estraçalhar seu coração. Mas então, ela se sentiu com sede, e foi a melhor desculpa que ela pode dar para ir no bar novamente.

Kate não sabia o que estava fazendo ali, ela não tinha consciência para isso agora porque sua mente estava em outros lugares bem melhores de acordo com ela.

- Uma garrafa de vodka por favor. - Ela pediu para o barman com a voz rouca, ela não falava com ninguém fazia algumas semanas. Ela também não se importou ser menor de idade, possuía uma identidade falsa. Não se importou de como iria pagar, ela era podre de rica. Ela mal tinha olhado o homem a sua frente, não estava interessada e preparada em socializar novamente.

- Oi. - Ela ouviu uma voz feminina no seu lado, ela amaldiçoou essa pessoa pelo resto da vida. Ela não queria falar com ninguém.

Irritada, ela se virou para olhar, mesmo a xingando sem parar em sua cabeça. Ela se arrependeu amargamente do que tinha pensado, uma mulher loira com cabelos lisos e olhos verdes tão bonitos que jurou nunca ter visto alguém tão bonita igual a ela em toda a sua vida.

- O que quer? - Kate respondeu grosseiramente propositalmente para demonstrar desinteresse, seu corpo estava ficando quente demais e isso era perigoso.

- Desculpa, você tem quantos anos? - A loira falou para Kate, desconfiada de que ela era de menor.

Kate pegou a garrafa do homem e se levantou quase se caindo quando se desequilibrou. Ela queria sair dali a mais rápido possível. Não queria conhecer ninguém, falar com ninguém.

A mão da loira segurou os braços de Kate para que ela não caísse.

- Vem.

Kate não protestou, apenas deixou se levar, se ela estava sendo levada pelo caminho da morte ela não sabia, mas se sim, ela agradeceria.

De repente a música ficou mais abafada e o ambiente mais quente, onde estou? Kate sentou em algum lugar e seus pés agradeceram, Kate se perguntou trilhões de vezes mas uma água gelada se chocou contra seu rosto, a despertando de seus devaneios. Quem fez isso? Sua visão antes embaçada agora estava bem nítida e agora ela estava vendo a mulher melhor. Ela se perdeu em seus olhos verdes, e então a maldita mão da loira foi até a sua testa. Uma mão forte, com dedos largos e grandes, como se fosse uma grande lutadora.

- Você está pegando fogo. - A mulher falou novamente, sua voz era alta e aveludada, forte.

Kate sentiu o gelado novamente em seu rosto, seu corpo queria desligar e ela não estava o impedindo. Seus olhos estavam se fechando sozinhos.

- Ei, fique acordada. - A mulher disse segurando sua mandíbula, mesmo que seu pensamentos eram totalmente ao contrário. Ela estava com uma estranha, em um banheiro de uma balada totalmente bêbada, ela não queria ficar sóbria de novo tão cedo. Sua jaqueta de couro preta que praticamente fazia parte de seu corpo, foi tirada de seu corpo, juntamente com o suéter, Kate resmungou com o frio lhe atingindo. Ela estava com sono.

- Você tem quantos anos garota?

Enquanto Kate olhava para o chão, ela respondeu impusivelmente. Kate achou que se colaborasse, ninguém a mataria.

- 16.

Kate conseguiu cheirar o perfume da mulher, forte e doce como sua voz. Ela conseguiu sentir uma mão quente em seu queixo levantando sua cabeça, obrigando-a olhar em seus olhos novamente.

- O que está fazendo aqui? Sabe que pode pagar uma multa altíssima não é? - Disse, mas Kate não ligou, ela estava perdida na beleza daquela mulher. Linda era uma palavra muito simples para descreve-la.

- Eu...

- Qual é o seu nome? - A loira perguntou, colocando os cabelos da morena atrás da orelha antes de jogar água fria em seu rosto.

Quando seu lado racional voltou a funcionar por um momento rápido, ela desceu do lugar que estava sentada e foi cambaleando até a porta, e se a mulher a tivesse drogado? E se ela...

A loira foi até a morena puxando sua mão até a saída da balada. Kate voltou a respirar o ar fresco, e não sentia mais cheiro de bebida, mesmo que o cheiro estivesse impregnado nela.

- Onde você mora?

- O que?

A loira deu batidinhas no rosto de Kate para ela voltar para si mesmo. Funcionou, e Kate percebeu que ela estava tentando a mandar para casa, foi isso que ela pensou pelo menos.

- Street Utan, 93. - Disse querendo ir embora daquele lugar.

A loira a colocou no táxi, junto com as suas jaquetas para que ela não passasse frio.

- A leve para casa, ela não está bem. - A loira disse, quase que em uma ameaça para que o motorista não fizesse nada com Kate, nem a tocasse. A loira entregou o dinheiro para o homem e olhou para Kate sorrindo pela primeira e última vez.

- Te vejo por aí.

...

Mãos passando pelo seu corpo sem permissão, sua roupa sendo tirada sem sua permissão. Kate estava drogada, ela não tinha feito isso, foi outra pessoa. Não conseguia se mexer, seu corpo estava mole e ela não sabia o que estava acontecendo, sua visão embaçada só enxergava o escuro que parecia um teto de um carro. Era noite, constatou. Sentiu uma dor insuportável em sua intimidade. ela tentou se afastar, ir embora, mas ela mal conseguia falar.

Isso foi o que Kate conseguiu se lembrar antes de acordar em uma cama que não era sua, sem conseguir andar ou falar, frágil. Com sua mãe e pai ao seu lado.

O trauma. As lembranças, a solidão, e a superação iriam acompanhá-la nos próximos anos.

Mas a dúvida que ficaria pelos próximos anos em sua cabeça a importunando, era saber quem era aquela mulher de cabelos loiros e olhos verdes.

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Kate BishopOnde histórias criam vida. Descubra agora