Capítulo 5

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Yelena Belova

Yelena ouviu alguém a chamando, a voz que conhecia muito bem, que se destacava entre as outras. Sentiu um perfume doce e forte. Kate. Ela suspirou saindo lentamente do seu sono, aquele sofá era muito macio. Ela se levantou dando de cara com Kate. A morena foi para trás instintivamente.

- Ainda está aqui. - Yelena disse um tanto surpresa, tentando arrumar seu cabelo que estava para todos os lados.

- Tem pessoas tentando me matar sabe? Acho que não seria uma boa ideia sair por aí. - A arqueira respondeu brincalhona, não era costume de Kate fazer piadas, até mesmo rir, mas algo parecia mudar perto da loira. Yelena sorriu, se virando para olhar Kate melhor, mesmo sabendo que ela estava toda desarrumada.

- Está melhor? - A loira falou olhando para seus machucados superficiais em seu rosto, desceu seu olhar e observou seu pescoço, estava menos roxeado mas ainda com marcas de dedos. Ela percebeu sua voz mais suave, acho que América a ajudou com isso.

- Sim, América me deu alguns remédios para dor. Sua amiga é muito simpática. - América sempre carregava uma farmácia consigo, sempre estava preparada para qualquer situação, incrível. 

- Sério? Não está sentindo nenhuma dor? - Não fisicamente, Kate pensou. Estava muito paranoica, seu cérebro atropelava seus pensamentos e ela não parava de pensa que alguém poderia arrombar aquela porta e invadir a casa de América a qualquer momento, ou talvez de alguém apertar seu pescoço tão forte que ela ficasse inconsciente novamente. Estava muito inquieta, Yelena percebeu. - Estamos seguras aqui Kate relaxe um pouco. - Mesmo que se conseguissem invadir a casa, a loira se colocaria na frente de Kate, sempre.

- Yelena, porque você tinha uma arma? - Ela falou sussurrando. Olhou em seus olhos sentindo seu calor, seu perfume, aquilo a distraiu. A loira curvou sua cabeça suspirando.

- Kate? Acordou a bela adormecida? - Elas ouviram América de outro cômodo.

- Sim, só um segundo por favor. - A morena retrucou querendo ficar tempo perto de Yelena. O que não adiantou já que escutaram passos vindo em sua direção.

- Está com fome Belova? - América se escorou na porta.

- Não muita na verdade. - Mas ela nem almoçou, Kate pensou. América parece que também percebeu. 

- Você não tem escolha, vem e deixa a garota respirar um pouco.

...

- Tudo bem vamos lá, queria falar primeiro de tudo que tenho um encontro sábado e não queria arruinar isso, então espero que isso esteja resolvido até lá. -  América disse rapidamente. Kate se sentiu culpada por envolver América nisso, ela queria arrastar o menor número de pessoas nessa história.

- Okay, eu acho que deveríamos começar pelo começo. Primeiro Eleanor mata o pai de Maya Lopez depois-

- Quem é Maya Lopez? - América perguntou e Kate se atentou para ouvir o que Yelena iria dizer. Ela não teve a chance de perguntar isso para a loira.

- Já que o pai está morto, agora ela comanda a Gangue do Agasalho, a maior de New York, não subestime o nome, eles são mortais. E também é surda. 

- Surda? Tipo totalmente? - América perguntou chocada. Pessoas assim normalmente não tinham visibilidade na sociedade, América sabia disso por sua pele ser de cor negra.

- Sim ela é a única em gerações de sua família, posso continuar? - Yelena disse. América assentiu se ajeitando na cadeira.

- Depois de descobrir que a culpada foi Eleanor, Maya não fez o óbvio e a matou, ela decidiu matar sua filha para causar o mesmo sentimento que ela estava sentindo. - A loira olhou para Kate.

Kate BishopOnde histórias criam vida. Descubra agora