Aurora - Carlisle Cullen

III

*sem revisão*

Emmett McCarty.

Agora Emmet McCarty Cullen.

Tinha 20 anos humanos, e apenas 2 anos como um vampiro, quando a conheceu.

Emmet era forte, excepcionalmente forte, até mesmo para um Recém Criado, no começo foi legal, mas depois Emmet começou a se preocupar, a sede de sangue era muito grande, e por conta de um de seus erros, a família de quatro pessoas teve que se mudar novamente, e então eles saíram de Nova Orleans, para Columbus Ohio.

Emmet na nova cidade não podia sair como sua companheira, nem como Carlisle, ou seu novo irmão, Edward, não enquanto não conseguisse se controlar, e claro que essa foi uma decisão dele, mas o rapaz já estava cansado disso.

Por esse motivo, um dia Emmet saiu de casa até a floresta sem eles, Rosalie e Carlisle não estava em casa, e as vezes Edward se perdia em pensamentos tão profundos que demorava para retornar a vida real.

Ele aproveitou essa pequena chance.

Emmet caçou e se perdeu na loucura de sua sede sem perceber nada ao seu redor.

"Parece uma refeição saborosa." Emmet ouviu uma voz feminina e melódica que o fez travar no lugar.

Ele olhou para a direção do som em choque, e ficou surpreso ao ver uma mulher negra encima de um tronco caído, o olhando com interesse.

Emmet não sabe que cara estava fazendo que fez a mulher começar a rir, e rir tanto.

Ela era humana, mas seu cheiro não chamava a atenção dele, o que o fez questionar isso, porém seu coração batia, então ele supôs que ela era humana, ao menos Emmet achava, já que nenhum vampiro tinha seu coração pulsando de maneira tão viva em seu peito.

E a única reação de Emmet a presença da mesma, foi tentar limpar os lábios cheios de sangue em vergonha pela bagunça que havia feito.

"Você é filho de Carlisle, certo? Não se preocupe ursinho, eu sei sobre vocês, termine sua refeição e volte comigo, acho que Carlisle estava preocupado com seu sumiço." A mulher terminou de falar e Emmet acenou em concordância.

Ele nunca entenderia o que aconteceu naquele dia, por que o cheiro do sangue dela parecia calmante e acolhedor, e não dava a sede habitual.

Nem por que ele voltou a comer mesmo que ela estivesse olhando, e por que ele se sentiu calmo enquanto ela cantarolava esperando ele terminar sua refeição.

Ela cantarolava alegremente, e a situação trouxe uma lembrança maternal para Emmet, ele se lembrou que sua mãe fazia o mesmo quando ele era apenas um bebê, a cada refeição.

Emmet terminou e enterrou a carcaça do animal a pedido da mulher, ele correu até um lago próximo e se limpou o melhor que pode antes de voltar até ela.

"Obrigado." Ele agradeceu quando a avistou ainda esperando por ele perto daquele tronco.

"Não se preocupe, ursinho." Ela tirou um pano de suas mangas, e ajudou a secar o rosto dele e as mãos.

"Vamos, vou te levar até sua família." Emmet acenou com a cabeça e se permitiu ser conduzido por ela, pelas mãos, até sua casa.

Naquele dia, Emmet levou a maior bronca de sua vida, e conheceu a amiga e futura companheira de Carlisle, do qual chamaria para sempre carinhosamente de Ma.

Quando ela partiu, Emmet foi o mais afetado de seus irmãos, e assim como Carlisle ele se esqueceu, até um fatídico dia em que sua irmã teve uma visão com a volta dela, naquele momento ele se lembrou.

E se Rosalie era sua companheira e alma gêmea, Senhorita Jones seria para sempre seu grande e maternal amor.

E ele estava ansioso, para vê-la novamente.

•••

Lilium foi desperta por vozes e um cheiro delicioso de comida, que a fez fungar buscando por mais.

A menina ainda se mantinha de olhos fechados, abriu-os lentamente, e piscou preguiçosamente algumas vezes, antes de tomar coragem para despertar de verdade. A visão que a recebeu foi um quarto grande e tão branco quanto a sala de um hospital, Lily riu quando assemelhou ambos e ficou feliz por não ser do tipo de odiava hospitais.

Afinal, era amante da saúde, completamente encantada por médicos, e se seu plano de se tornar herdeira de uma grande riqueza não desse certo, ela pensava que um dos outros, entre eles veterinária, modelo, arquiteta. Seria se tornar uma médica.

Ela resolveu se levantar e se arrumar ao ouvir vozes além das de seus avós no andar de baixo. Tomou um banho confortável, e após ele se vestiu com um vestido solto da cor amarela, sua cor preferida, não por causa do sol como a maioria, mas algo mais do qual ela não se lembrava.

Inevitavelmente a miragem de um homem de cabelos loiros de costas para a mesma passou rapidamente por seus olhos, ela o visualizou perfeitamente, antes que ele sumisse como uma memória distante e turva, Lily balançou a cabeça para se recompor.

A menina saiu rapidamente do quarto, descobrindo que o mesmo se encontrava no final do corredor da pequena casa, que de pequena não possuía nada, a garota atravessou lentamente todo o corredor e desceu sonolenta as escadas, ela queria dormir mais, mas achava rude não comprimentar os convidados.

- Boa noite! - Lily falou quando chegou no final das escadas que davam na sala.

Ela logo notou que além de sua avó sentada lá, haviam um homem e uma mulher mais velha que sua avó, junto a um garoto da idade de Lily, que lhe parecia familiar.

- Já acordou querida? - Liliam perguntou vendo a neta vir até a mesma e beijar seu rosto, antes de sussurar em concordância.

- Que garota bonita! Você deve ser Lily, tão parecida com sua avó! - A única mulher, desconhecida por Lily, na sala falou.

Lilium a olhou e tremeu no exato momento em que seus olhos se cruzaram, Lilium piscou atordoada e não notou quando seus olhos ficaram da cor topázio, antes de algo em si reconhecer a mulher a sua frente.

Lily caminhou até a mais velha, e passou aos mãos por seus cabelos originalmente brancos, os mudando novamente a um ruivo vivo e cheio, e deixando o rosto do mulher jovem novamente.

Os olhos de todos na sala se manterem arregalados durante todo o processo. Em algum momento seu avô entrou na sala e ficou ao lado de sua avó em choque.

- Como você?- A ruiva não conseguiu colocar em palavras o que sentia no momento.

Seu poder havia sido afetado a alguns anos e por isso sua vitalidade desapareceu, ninguém nunca conseguiu curá-la, e todos sabiam que apenas uma pessoa poderia.

A primeira.

Mas a mesma já estava desaparecida a anos, e sequer um traço de seu poder poderia ser sentido no mundo mortal.

- Liliam, ela...- A mulher chamou a avó de Lily que olhava a cena em completo fascínio.

Liliam não pode responder, pois viu quando o corpo de sua neta vacilou e ela tropeçou para trás tonta. Mas antes de cair inconsciente, ela tocou os cabelos ruivos da mulher a sua frente e lhe deu um tapinha carinhoso nas bochechas.

- Bom vê-la novamente, Kiara!- Lilium sorriu gentilmente, antes de apagar.