XV

6.1K 120 3
                                    

Após almoçar no aeroporto seguiram rumo ao hotel. Anna Julia havia escolhido bem. O quarto ficava de frente para a praia e era muito confortável. As cores bege e branco davam um ar elegante e acolhedor para o quarto que tinha uma cama enorme, um pequeno sofá, mesa para duas pessoas e um armário. O banheiro da suíte era azul, tinha um espelho enorme, uma pia em mármore branco, uma banheira também em mármore e o box. Tudo muito lindo. Ainda havia a sacada com uma mesa para dois e uma espreguiçadeira.
Anna chegou e logo ligou a banheira. Depois da viajem de avião e da surpresa,  estava exausta e precisando de um banho relaxante. Logo que terminou de preparar a banheira sentiu as mãos de Drica lhe abraçando. Virou se e a beijou. Tirando seu roupão e a roupa de Drica, Anna entrou na banheira e posicionou sua amada de costaa entre suas pernas. Começou a massagear suas costas com o esfoliante de morango e sentia Drica relaxar ao seu toque. Logo desceu as mãos tocando os seios de sua mulher. Suas mãos deslizaram até o sexo de Drica que colocou as pernas sobre a de Anna para dar-lhe livre acesso. Enquanto a tocava, Anna beijava e chupava seu pescoço, mordia a orelha de sua pequena que gemia alto de prazer. Anna penetrava-a fazendo movimentos circulares em seu clitóris e a pequena enlouquecia. Logo Anna a virou e a colocou em seu colo, chupando seus seios enquanto ela rebolava gostoso gemendo em seu ouvido. Drica arranhava as costas de Anna que gemia a cada toque. Logo Drica começou a estremecer e Anna sentiu-a gozar quente e forte. Beijou sua princesa com carinho e tirou suas mãos dela. Drica se deitou de costas em seu peito e ficaram assim por um tempo curtindo a banheira.
Ao saírem da banheira Anna planejava ir a praia. Mas assim que chegou a seu quarto Drica parou em sua frente retirando os roupões das duas e a jogou na cama.
Começou a beijar sua boca com desejo e Anna se entregou. Drica começou a beijar seu pescoço a fazendo se arrepiar. Depois foi descendo, beijando teus seios já duros de excitação. Quando Drica chegou a seu sexo Anna gritou seu nome. Ela chupava gostoso e Anna se entregava. Suas mãos arranhavam as coxas de Anna fazendo a delirar. Logo seu corpo se estremeceu e explodiu de prazer para sua mulher.
Exaustas elas dormiram um pouco,  depois se levantaram e foram até a praia.
Caminhar de mãos dadas com Drica na areia era um sonho bom. E estar vivendo isso reativou em Anna o desejo de realizar outro sonho. Assim que passase no vestibular falaria com a amada sobre ele.

*************
Depois de caminhar na praia pararam em um quiosque na beira da praia para tomar uma água de coco. Sentaram-se e começaram a corversar. Entre risos e declarações, Anna beijou sua pequena. Pra ela isso era tão natural!  Se amavam e queriam demonstrar isso uma para a outra.
Mas o beijo foi interrompido por um casal de meia idade. O senhor tocou o braço de Anna, ela parou de beijar a namorada e olhou pra ele. Ele tinha tanto ódio no olhar que fez Anna estremecer.
-Olha só,  não sei onde vocês acham que estão,  mas eu não sou obrigado a ver essa pouca vergonha! - Disse o senhor com um forte sotaque bahiano e muita raiva.
-Escuta aqui senhor, que eu saiba, não existe nenhuma lei que me proíba de beijar minha namorada como qualquer casal. -Disse Anna irritada com a situação.
-Mocinhas,  sei que a imagem que passam do meu estado é que a Bahia aceita tudo. É uma grande festa!  Mas as coisas não são assim. Vocês turistas acham que podem tudo. Mas essa pouca vergonha de sapatão em frente à minha esposa eu não vou aceitar!
-Em primeiro lugar: se me chamar de sapatão novamente nós vamos resolver essa questão na Polícia!  E segundo: por que não ver? Medo de que ela queira experimentar?  Sim, por que com um marido grosseiro como você.... Sei não hein. Isso pra mim é puro despeito!
-Me respeite mocinha! Poderia ser seu pai!  E por enquanto é só um aviso, se ver as duas se agarrando por aí novamente veram as consequências.
-Isso é uma ameaça senhor?
-É apenas um aviso! - Dizendo isso o senhor saiu da mesa. Deixando Anna Julia revoltada e Drica assustada.
-Ei, meu amor, não fique assim. Não deixe que esse velho quadrado estrague nossas férias ta. Eu amo você!  E estou aqui. Não vai acontecer nada.
-Assim espero Anna. Por que eu tenho medo. - Drica disse com a voz embargada.

*****************
Após esse episódio de preconceito,  sempre que iam à Praia olhavam para todos os lugares a procura do senhor. Mas uma noite,  que seria a última do casal na Bahia, foram novamente para a praia após o jantar. Queriam curtir um pouco a praia antes de ir, afinal, sua cidade não tem nada que chegue nem perto de mar.
Estavam sentadas na areia se beijando quando sentiram uma mão as puxando. Ao olhar pra trás se depararam com o senhor do quisque e mais três homens. A praia estava vazia, já eram quase onze da noite. Os homens as levantaram e dois as seguraram enquanto dois batiam em seus rostos.
Anna Julia chorava de raiva e dor. Mais que dor física,  o que ela sentia era a dor da impotência. Ela não podia fazer nada além de ver aqueles homens que elas nem ao menos conheciam bater na face de sua amada.
As duas nem sabiam quanto tempo havia durado a sessão de tapas e socos que receberam antes de ouvir a sirene da polícia.
Assim que ouviram a sirene os bandidos correram as deixando jogadas no chão da praia.
O primeiro instinto de Anna foi ir ver como estava a amada.  Seu rosto estava ferido e sua boca sangrava muito. Anna se desesperou ao ver a situação de sua princesa e a abraçou chorando. Logo dois policiais chegaram até elas para as encaminhar para o carro do Samu.
Chegaram no hospital, receberam o tratamento necessário e Anna Julia saiu do quarto. Drica ainda passaria pelo dentista, pois usava aparelho e ele se quebrou com a pancada. Assim que deixou o quarto um policial a procurou para prestar queixa. Anna lhe contou tudo o que havia ocorrido, desde o primeiro dia no quiosque até o momento da violência.
O policial lhe contou que os quatro homens estavam presos e que eu e Drica deveríamos comparecer para testemunhar.
Aquilo era demais pra acreditar! Em sua cidade, Anna nunca soube de casos de violência assim. Às vezes existiam olhares maldosos, mas agressão?  Não!  Isso ela nunca poderia esperar.

Hot Love (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora