Capítulo X.

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Acordei poucos minutos antes do jatinho pousar. Nós iríamos correndo mesmo até o castelo. 'Pra nossa sorte ainda faltava algum tempo 'pra amanhecer completamente.

Então a grande maioria dos moradores de Volterra estavam dormindo.

Senti a ansiedade me tomar quando finalmente começamos a correr. Um pressentimento ruim. E medo.

Medo de não chegar a tempo, como Alice viu.

Paramos de correr na frente do grande castelo dos Volturis.

Conseguia sentir o cheiro de fumaça e escutar o som de luta que vinha de dentro do castelo.

Fui barrada antes de correr 'pra dentro do castelo, por Alec.

— Lembre-se da sua promessa — Falou me encarando seriamente.

— Tudo bem, também se lembre da sua — Deixei um leve selar em sua boca, antes de finalmente correr 'pra dentro do castelo.

Alec veio logo atrás de mim.

Diferente da calmaria que aparentava estar de fora do castelo, dentro estava um caos. O som das lutas que aconteciam dentro do castelo estava bem maior, a entrada do castelo estava totalmente revirada.

E a ruiva humana, que fazia de tudo 'pra ser transformada estava jogada no chão, sem nenhuma gota de sangue.

Corri 'pra o salão principal do castelo, de onde o barulho vinha mais alto.
Não tive paciência de esperar o elevador e fui pela escada mesmo.

Ninguém ao menos notou minha presença quando abri a gigante porta dali. Estavam todos muito ocupados lutando com outros vampiros.

A grande maioria eram vampiros do clã romeno. Os Volturis estavam tendo dificuldades 'pra se virar com eles.

Despertei do "transe" quando vi a fumaça negra de Alec começar a paralisar alguns vampiros. Os que não estavam sendo paralisados e nos perceberam tentaram nos atacar.

Na verdade tentaram atacar mais a Alec, porque era o que mais estava ocupado.

Usei o dom do tal elementar egípcio, 'pra queimar os que corriam até nós, e os que estavam paralisados por Alec.

Sobrando bem poucos vampiros agora, tentei localizar os mais importantes, Vladimir e Stefan. Eu não conhecia seus cheiros, nem nenhuma característica 'pra isso, mas seria óbvio que estariam juntos com meu pai e meus tios.

O lugar mais óbvio onde eles poderiam estar, era no escritório do meu pai. Se ele não está na sala principal, ele está no escritório.

É provável que os romenos chegaram quando ele estava lá dentro. Ou eles, já que meus tios não estão lá também.

Quando me aproximei da sala onde eles estavam, consegui escutar as farpas que Vladimir e Stefan soltavam aos meus tios. Oque é estranho, é que  eles não respondiam, só conseguia escutar sons como rosnados e murmúrios irritados.

Sem esperar muito abri a porta, recebendo a atenção dos que estavam ali 'pra mim. E 'pra Alec que estava atrás de mim.

— Antonella, que bom que chegou, pensava que iria demorar mais — O homem de cabelos brancos falou com um falso sorriso.

Olhei a sala com atenção percebendo meus tios e meu pai "flutuando" paralisados no ar. Caius mostrava seu ódio evidente no rosto. Meu tio Marcus parecia não estar ligando muito, apesar da pontinha de raiva que vinha das suas emoções. E meu pai tinha uma expressão indecifrável.

Suas emoções estavam uma mistura de vergonha, raiva, alívio e preocupação.

Mais pro canto estava uma mulher, até que bonita, com longos cabelos pretos, pele negra e os olhos tão claro que pareciam ser brancos. Ela estava com uma mão erguida e parecia segurar meus tios e pai no ar.

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