CAPÍTULO 4 - DESPERTAR DOS PODERES

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Malu foi para seu quarto, sabendo que agora teria que se acostumar a ser uma usuária de Akuma no Mi. Ao fechar a porta, Lumy apareceu, sentada na cama.

- Desculpe, Malu. Foi um dos seus desejos, mas eu não sabia que seria assim. -disse Lumy, com um tom de pesar em sua voz.

- Não se preocupe, Lumy. Afinal, pedi por isso, mesmo que não do jeito que foi.

- Sua vida não será fácil, Malu.

- Eu sei, Lumy. Mas estou determinada a lidar com isso. -respondeu Malu, com determinação em seu olhar.

Malu e Lumy conversaram bastante até que Malu adormecesse.

As semanas se passaram, e finalmente chegou o dia em que Malu começaria a treinar suas habilidades. Malu acordou animada, seguiu sua rotina matinal e correu para a cozinha, onde encontrou Thatch e Teach.

- Você parece empolgada logo cedo. O que está acontecendo, pequena? -perguntou Thatch, curioso.

- Hoje começo a treinar com o tio Marco! Estou animada para aprender. -respondeu Malu, com um sorriso.

- Que legal! E ouvi dizer que você também irá aprender comigo aqui na cozinha, estou certo? -Thatch sorriu de forma amigável.

- Sim, tio Thatch. Estou ansiosa para ajudar!

Teach, por outro lado, não pareceu compartilhar do mesmo entusiasmo.

- Por que você está se envolvendo nisso, menina? -perguntou ele, com uma risada sarcástica- Mulher não precisa treinar, fica só na cozinha mesmo.  -disse ele, com um tom de menosprezo.

- Não, eu quero e vou treinar sim! -Malu bateu o pé, demonstrando sua pose firme.

- Malu está certa, Teach! Deixe a garota treinar e ser feliz. -disse Thatch, sorrindo, tentando aliviar a situação.

- Vocês dois são burros mesmo! Está na cara que o lugar da mulher é na cozinha sim! Mulher só presta pra cozinhar, limpar e satisfazer desejos.

- Não é não! Lugar de mulher é onde ela quiser!

Malu sentiu a raiva pulsar dentro dela, e seus olhos adquiriram um brilho diferente, com um tom claro de azul piscina, refletindo uma determinação intensa, e um redemoinho de água se formou indo em direção a Teach.

- Malu, pare já com isso! Sou seu pai e exijo respeito! -disse Teach, furioso.

- Eu não sei como parar! -respondeu Malu, desesperada.

Nesse momento, Thatch chamou por Marco, procurando ajuda para acalmar a situação.

- Marco, precisamos da sua ajuda aqui! -Thatch gritou o mais alto que conseguia.

Marco apareceu rapidamente e, ao perceber a situação, agiu com rapidez para acalmar Malu.

- Malu, respire fundo e tente se acalmar.

Marco a segurou gentilmente enquanto guiava a garota até a calma, e aos poucos, Malu conseguiu se acalmar.

- Como você fez aquilo?

- Eu não sei, tio Marco!

Thatch explicou:

- Foi depois que Teach disse que Malu não precisava treinar, que lugar de mulher é na cozinha, daí Malu se irritou e isso aconteceu.

Teach, incrédulo por Malu ter tentado usar suas habilidades contra ele, levantou-se furioso.

- Sua pirralha malcriada!

Ele levantou a mão para bater em Malu, mas Marco o impediu segurando seu punho.

- Você não vai bater nela. Ela é uma criança, não possui sã consciência do que aconteceu aqui!

- Ela é minha filha, posso bater nela!

- Então, se isso acontecer, acho que o pai adoraria saber que você bateu de novo na protegida dele!

- Vocês a mimam demais! -Teach saiu furioso, batendo a porta da cozinha.

- Obrigada, Tio Marco. Os tapas dele doem muito.

-Fique tranquila, Malu! Aqueles tapas não vão ocorrer mais, nunca mais.

Depois daquela confusão, Malu acabou seu café da manhã e foi para seu quarto, tomou um banho para se refrescar e deitou-se para descansar um pouco.

Às 15:45, Malu acordou e foi para o convés, onde encontraria Marco para treinar.

- Você está 15 minutos atrasada, Malu.

- Dormi demais, Tio Marco.

- Sem problemas! Mas terá que pagar pelos 15 minutos!

- Ah, ok! São apenas 15 minutos mesmo!

- Vamos começar o treino, então?

Marco iria continuar falando quando Malu percebeu um baú em um canto do navio.

- O que é aquilo? -perguntou curiosa.

- Um baú que encontramos na ilha passada!

Malu correu até o baú, curiosa, e o abriu.

- UAU! -seus olhos brilharam com o que estavam vendo; ela mal podia acreditar.

- É um arco e flecha?

- Sim, Malu. Deixa ai e vamos voltar para seu treino!

Malu ainda bastante fascinada e curiosa com a arma, pegou arco e uma flecha.

- Largue isso, Lua! -Marco disse preocupado.

A menina, entretida com o objeto, armou uma flecha no arco e puxou a corda.

- Lua, solte esse arco, não é brinquedo!

Ela então mirou na garrafa de saquê que estava com Teach.

- Você vai acabar se machucando, ou machucando alguém, solte isso, Mary D. Lua!

- Ok.

Malu soltou a flecha, que atingiu em cheio a garrafa de saquê na mão de Teach.

- Caramba... sua mira é perfeita! Você já tinha usado arco e flecha antes? -Marco disse admirado com tamanha habilidade.

- Nunca. - Malu disse incrédula.

𝐴 𝐹𝐼𝐿𝐻𝐴 𝐷𝑂 𝐵𝐴𝑅𝐵𝐴 𝑁𝐸𝐺𝑅𝐴: 𝐴𝐿𝐸𝑀 𝐷𝑂 𝐷𝐸𝑆𝑇𝐼𝑁𝑂Onde histórias criam vida. Descubra agora