Encontro, part. 3 - 10

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   Hey meus amores, tudo bem com vocês?

Aqui vai mais duas atualizações, demorou mas tá aqui!

Desejo a todos uma ótima noite.

Boa leitura.

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Compartilhar.


  Ter ou tomar parte em; arcar juntamente. Tomar partido em; fazer parte de algo com alguém; dividir: compartilhar os sofrimentos, as aflições, os pensamentos.


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-Tem mais algum medo que eu deva saber?_.    Questionei divertida, roubando um pedaço do seu algodão doce, já que o meu já acabou.


  Comprar o doce foi como um pedido de desculpas por ter feito ela entrar na roda gigante, tadinha, ela tremia tanto quando saiu do brinquedo.


-De sangue._.    Ela deu de ombros e me entregou o restante do doce.    -Pode pegar e finalizar. Eu estou cheia._.   Fez uma caretinha tão fofa, enrugando o nariz e eu peguei o algodão doce da sua mão, antes que eu morda as suas bochechas.


-Obrigada, mas me deixe ver se eu entendi bem._.    Ela murmurou um “continue”, quando coloquei um pedaço do doce na boca e ela segurou a minha mão, me puxando até um banco mais afastado da multidão.    -Você tem medo de altura, escuro, filme de terror e de sangue?_.    Suas bochechas ficaram vermelhas, mas muito vermelhas mesmo.


  Nos sentamos no banco, sem soltar as mãos e eu tentei morder mais um pedaço do doce com uma mão só sem me sujar.


-Ok, eu assumo!_.    Levantou a mão livre em rendição.    -Sou uma adulta, medrosa!_.    Soltei uma risadinha, sendo acompanhada por ela.


-É, é medrosa mesmo! Só discordo na parte em que disse ser adulta._.    Ela me olhou fingindo não acreditar no que ouvia e soltou a minha mão, dando um tapinha em meu joelho.


-Olha aqui, super adula, eu não vou nem discutir, ok!_.     Ri mais ainda quando ela fez biquinho e revirou os olhos depois de cruzar os braços. Porém não durou muito, logo ela estava rindo comigo.     -Mas me conta, você me beijou e eu nem sei se você namora ou se é casada._.    Terminei de comer o meu algodão doce e joguei o palito no lixo ao nosso lado.


-Ahm, não. Não sou casada e muito menos namoro. A minha última relação foi com o pai do Zayn, bem antes dele nascer e depois disso, ninguém._.     Me ajeitei no banco, ficando de lado, sentada sobre minha perna direita e apoiei o cotovelo sobre as costas do banco, encostando a cabeça na palma da minha mão, só para olhar melhor a morena.


-Desculpa perguntar, pode me mandar calar a boca se eu estiver perguntando coisas que não devia. Mas e o pai do Zayn? Oque aconteceu com ele?_.    Ela passou a mão direita entre os fios negros, os bagunçando mais do que o normal e virou pra mim, imitando o meu modo de sentar.


  Eu tive que parar e prestar muita atenção nesses simplesmente movimentos, acho que ela mal percebe quando bagunça os cabelos desse jeito, faz isso o tempo todo e é tão... lindo.


-Ahm, ele._.   Desviei o olhar para a minha mão sobre minha coxa, tentando recuperar o raciocínio e limpei a garganta antes de voltar a focar nela.     -Ele me deixou algumas horas antes de entrar em trabalho de parto. Depois disso eu nunca mais soube dele._.   Ela franziu o cenho e desviou o olhar, bufando. Parecia ter ficado nervosa ou chateada.   -Oque foi?_.    Tirei o meu braço das costas do banco e me inclinei um pouco para frente, tentando fazer ela voltar a olhar pra mim.


  Toquei em seu queixo e seus olhos verdes se conectaram com os meus. Ela estalou a língua e seus ombros caíram.


-Não é nada, eu só não gosto de ouvir esse tipo de coisa. Eu odeio o fato de que existem homens que acham que podem fazer oque quiser e ainda largar uma mulher grávida e sozinha._.    Acariciei o seu rosto e contornei a sua sobrancelha grossa, observando a forma perfeitinha do seu nariz empinado. Mal notei quando se aproximou de mim, eu só foquei nós detalhes dos seus olhos tão próximos.   -Você é toda linda, tão charmosa e... e isso não é justo._.    Sorri com suas palavras e de como ela fica fofa com uma carinha aborrecida.


-Nunca foi justo._.     Sussurrei e ela tocou a sua testa na minha.


-Você e o homenzinho não merecem isso._.    Desci a mão, tocando em seu pescoço.


-Ei, não fique chateada com isso, ok? Eu claramente não preciso dele e de nenhum outro homem na minha vida, que não seja o meu filho e está tudo bem._.     Ela se afastou o suficiente para me deixar mexer em seus cabelos macios.   -Não vamos estragar o nosso encontro pensando no idiota que já é mais que passado, vamos pensar no agora, eu e você._.   Ela voltou a se inclinar para frente, mas o suficiente para deitar a cabeça em meu ombro e passar os braços em volta da minha cintura.


  Era uma posição um pouco desconfortável para ela, mas parecia não se importa e eu também não estava ligando, afinal, ela está colada em mim.


-Tudo bem, mas saiba que se ele ousar aparecer, eu vou quebrar a cara dele!_.  Ri de sua ameaça, imaginando essa fofura de mulher tentando bater no brutamontes do Rami, que é duas vezes maior que ela.


-Ah sim, ameaça anotada!_.    Agora quem deu risada foi ela e ficamos em silêncio.


  Suspirei sentindo o cheirinho gostoso dela e subi a mão, descendo ela logo em seguida, acariciando suas costas. É tão gostoso sentir o seu corpo quentinho agarrado ao meu! Posso sentir os seus polegares se movimentando na base da minhas costas, tão bom. Quero guardar esse momento para sempre.


-Uhm, eu não quero te largar nunca mais, mas acho que já está ficando muito tarde e temos que ir embora._.   Ouvi a sua voz bem baixinha, abafada em meu ombro.


  Suspirei concordando. Não queria solta-la, então eu me mantive em silêncio por mais alguns minutos me aproveitando um pouco mais e soltei ela, me afastando.


-Ok, vamos._.   Me levantei e lhe estendi a mão que rapidamente foi pega por ela.   -Me deixe te levar para casa, antes que eu roube você para sempre._.   Ela riu, corando como sempre e com os nossos dedos entrelaçados, caminhamos em direção ao estacionamento.


-Sabe, esse foi o melhor encontro que eu já tive na vida!_.    Ela deu um saltinho animado, voltando a andar tranquilamente e eu não pude deixar de sorrir com tamanha fofura.


-Olha, nisso eu tenho que concordar._.    Le enviei uma piscadela e nos aproximamos do meu carro, me fazendo soltar a sua mão para procurar a chave.


-Ahm, na próxima, podemos trazer o Zayn?_.   Peguei a chave e franzi o cenho confusa ao olhar em seu rosto tranquilo e esperançoso.


  Ela realmente quer outro encontro e quer o Zayn junto?


   Ela levantou as sobrancelhas várias verdes, me incentivando a dizer sim e eu desviei os olhos para o nada atrás dela, ao imaginar nós três nos divertindo e rindo muito. Isso me fez sorrir logo em seguida, eu gostei de imaginar isso.


  Caramba, ela me quer mesmo com ela e não pensou duas vezes em incluir o meu filho nisso. Onde ela estava esse tempo todo e oque eu fiz para encontrar essa mulher maravilhosa?


  Não sei quanto tempo fiquei perdida, mas voltei a prestar atenção nela, quando ouvi um pigarro e seu sorriso já tinha se desmanchando. Me aproximei dela e toquei em seu rosto, juntando os nossos lábios.


  Precisava ter certezas se ela é real.


-Eu nem sei..._.   Minha voz parecia tão mole, esquisita, mas não pensei nisso e encostei a minha testa na sua.    -Eu vou adorar sair com você de novo e é claro que podemos levar o Zayn. Tenho certeza que ele vai amar!_.     Seus braços rodearam a minha cintura e seus lábios voltaram a tocar os meus.


  São tão macios.


...


-Ok, está entregue, princesa._.    Ela riu com o apelido e ela tirou o cinto antes de se aproximar e deixar um beijo um pouco demorado em minha bochecha.


-Tenho que te agradecer por hoje, foi realmente incrível! Parecia até um sonho._.    Sorri toda boba e respondi com um selinho demorado


  Despois de observar ela entrar em casa e fechar a porta, encostei a cabeça no apoio atrás da cabeça e ri toda idiota, olhando o teto do carro.


  Essa garota é incrível!





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-Desy 👑

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