• love

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Narradora

Para algumas pessoas, de forma inexplicável o amor se apaga. Para outras, o amor singelamente se vai. Mas é claro, o amor também pode existir, mesmo que só por uma noite. No entanto, existe outra classe de amor mais cruel.

Aquele que, praticamente mata suas vítimas. Chama-se "amor não correspondido" e nesse tipo... sou experiente.

A maioria das histórias de amor fala de pessoas que se apaixonam entre si. Mas o que acontece com os demais? E as nossas histórias? Aquelas que nos apaixonamos? Somos vítimas de uma aventura unilateral. Somos os amaldiçoados dos seres queridos. Os seres não queridos. Os feridos que se valem por si mesmos.

Os incapacitados sem estacionamento reservado.
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Julie é uma menina doce, amável, amigável, compreensiva e bom.. pensativa até demais.

A morena se via em frente ao espelho com o rosto totalmente inchado e seus olhos vermelhos pelo tanto que chorou noite passada. Hoje era o dia que a garota tanto temia. Hoje completava 1 ano desde que sua mãe faleceu e tudo o que a cacheada queria era ficar trancada em seu quarto até que essa maldita data – palavras da mesma – passasse.

Mas ela sabia, bem lá no fundo, que estava começando a sair do estado de negação e aceitando a situação. Ela já não sorria como antes, não brincava como antes, não saía como antes.. ela não era mais a Julie de antes. Isso resultou em seu afastamento do seu grupo de amigos, Carrie, Willie, Flynn e Nick e também da música. O quinteto não era mais o mesmo sem a garota, e eles tentavam se aproximar dela, mas a mesma sempre conseguia fazer com que se afastassem dela. Segundo a morena, todos que ela ama, acabam morrendo e ela não estava disposta a perder as únicas pessoas que ela confiava.

A única que conseguiu se aproximar de Julie, foi Flynn. A morena tinha encontrado Julie no banheiro da escola chorando muito e sabia o que estava acontecendo... Julie estava tendo uma crise de ansiedade. Desde então a morena tem ficado em estado de alerta toda vez que ver a amiga nervosa. E ela sabia e compreendia Julie ter recusado as 15 ligações que fizera. Hoje era o pior dia para a sua amiga, por isso, ela pensou em ir até sua casa para tentar distrair a cacheada pelo menos um pouco. Não queria que ela passasse por isso sozinha.

E foi isso que ela fez.
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Julie

Escuto batidas na porta e lembrei que meu pai havia dito que levaria Carlos para a casa da vovó em Seattle, ou seja, estou sozinha em casa.

Desço as escadas um pouco relutante, eu não quero companhia.

Assim que abro a porta, a imagem de Flynn aparece e a mesma sorri me abraçando.

— Flynn? Aconteceu alguma coisa? – Pergunto para a mesma que nega.

— Vim te fazer companhia, tio Ray me avisou que iria viajar com Carlos, perguntei se você iria e ele disse que você não quis. – Explica. – Julie.. eu sei que hoje não é o melhor dia para você, e compreendo totalmente! Mas que tal assistirmos um filme? Moana? HSM? Grey's Anatomy? – apenas abaixo a cabeça pensando sobre e por fim assinto. – Ótimo! Vai tomar banho que eu preparo tudo por aqui. – Solto um risinho e subo as escadas indo para meu quarto, deixando Flynn tomando conta da sala.

Entro no meu quarto e pego uma roupa confortável no meu guarda-roupa, em seguida vou para o banheiro e depois de estar devidamente despida, inicio um banho relaxante.

Flynn é como uma irmã para mim, quando me afastei do nosso grupinho doeu bastante, e agora, vendo que ela está disposta a me ver bem, percebo que já está na hora de falar com o restante do pessoal.

Após o banho, me visto e penteio meu cabelo. Saio do meu quarto e desço a - considerável grande - escadaria até a sala. Chegando lá avisto Flynn com dois potes de sorvete de menta e o outro de chocolate e duas vasilhas com pipocas. Me sento ao seu lado e vejo que a morena tinha escolhido HSM. Eu amo esse filme, a alegria deles ao cantar é tão contagiante que sempre que eu assistia, cantava junto.

O que não vai acontecer agora.

— Nem uma melodia se quer? – Flynn pergunta pra mim e eu nego. – Jules, tenta.. – a interrompo.

— Flynn não dá! Eu simplesmente não consigo. – Digo e a garota assente com a cabeça e terminamos de assistir o filme.
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— Posso dormir aqui hoje? – Flynn pergunta e eu assinto. – fiquei sabendo que vai chegar gente nova na nossa escola, mais especificamente três garotos. – Diz e eu a olho estranho.

— Já estamos finalizando o ano. – digo. – por que eles vieram somente agora? – Flynn dá de ombros. – Que eles não sejam metidos e insuportáveis! – Digo e a morena ri.

— Não são! Procurei mais sobre eles e descobri que são os garotos da Sunset Curve. – Ela diz e eu a olho.

— Espera.. Sunset Curve? – Pergunto e a morena assente. – Aquela Sunset Curve? – Pergunto novamente e ela assente.

Sorrio mais do que deveria e pulo na minha amiga que ri.

— Finalmente vou encontrar com o Alex, aquele loiro me deixou na mão da última vez que nos falamos. – Digo e a morena ri ainda abraçada a mim. – Será que os outros dois garotos são... Legais?

— Aparentemente sim, Luke é o vocalista da banda e também quem compõe as músicas, ele tem pose de durão mas é só ver um sorriso seu que vai derreter. – Diz e eu solto um riso. – O Reggie é o baixista, ele é um pouco na dele no início mas depois começa a se soltar. – Assinto.

— como conhece eles tão bem? – Pergunto e a morena cora.

— tenho meus contatos. – Rimos.

E assim acabamos por dormir na sala mesmo, meu pai só voltaria daqui a uma semana para casa... Ou seja, uma semana inteira sozinha.
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Parece que a nossa querida Julie já conhece nosso baterista favorito.

E essa corada da Flynn?? Tem coisa aí viuu kkkkk

Votem e comentem! Não sejam leitores fantasmas please.

𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓 𝐇𝐀𝐑𝐌𝐎𝐍𝐘 - 𝐉𝐔𝐊𝐄 𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora