• your eyes

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Narradora

As pessoas amam bem mais a expectativa do amor possível que o amor propriamente dito. Daí a intensidade dos impulsos bloqueados, os que estão impedidos de expansão e movimento na direção do objeto amado.

Os "grandes amores" da literatura são grandes, não por serem amores, mas por serem impossíveis. Já os grandes amores da vida real só quem sente é que sabe.

A impossibilidade de dimensionar um impulso afetivo carrega de energia a fantasia. E esta se encarrega de dar dimensão ao que o exercício da relação, talvez, tirasse.

Na paixão impossível só estão as projeções do que idealizamos, pretendemos ou não conseguimos viver em nosso cotidiano. Daí ser fácil entender sua força, sua obsessiva presença na cabeça dos enamorados.

É por isso, aliás, que só é musa quem é inatingível. Case-se com a sua musa e acordará com uma jararaca... Case-se com quem ama e será feliz. Quer se ver livre de uma paixão colossal? Vá viver com a pessoa objeto da paixão (observem, por favor, que não estou usando a palavra amor). Aliás, já está nos clássicos e, mesmo, antes destes, nos antigos: "A conquista enobrece e a posse avilta".

Ou, como dizia Goethe: "Nas batalhas da paixão, ganha aquele que foge".

Quantas vezes as relações humanas terminam ou se interrompem sem terem esgotado o potencial de possibilidades adivinhadas, intuídas, sentidas.

Aí, o que não se esgotou clama por vir à tona e, muitas vezes, ameaça ocupar (e às vezes ocupa, efetivamente) todo o "ego".

Não é por outra razão que o apaixonado é o maior dos egoístas. Ao dedicar tudo ao objeto da paixão, está é alimentando a própria necessidade, seja de sofrimento, de idealização, de felicidade ou fantasia. Entupido de impossibilidades, ele clama.

E a isso muitos chamam amor. Mas amor é coisa muito diversa... Amor não clama nem reclama: amor dá.
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Luke

— Então vocês terminaram? – Reggie pergunta mais uma vez para mim.

— Sim Reggie! Vai rir da minha cara por ter sido corno? – Pergunto impaciente ao meu melhor amigo que ri alto.

— Cara como ela pôde fazer isso? – Alex pergunta em um tom de indignação.

— Como ELES puderam fazer isso Alex.. – Digo e os dois garotos ficam confusos. – O Bobby era quem estava com ela.

Nessa hora Reggie fica vermelho de raiva e bate no braço do sofá. Alex está estático sem esboçar nenhuma reação.

— Definitivamente eu não nasci para o amor. – Digo olhando para o chão e sinto a mão de Alex e Reggie em meus ombros.

— Não diz isso cara, você vai encontrar a pessoa certa no momento certo. – Alex diz e um telefone começa a tocar, o mesmo percebe que é o dele e sorri ao ver quem é.

Espera, quem é Julie?

Alex atende o telefone e fica conversando com a garota por um tempo, logo após volta para o sofá que estávamos e sorri.

— Pensei que gostava de homens.. – Reggie diz e Alex revira os olhos.

— E gosto! A Julie é uma amiga minha de infância. – Explica e assentimos. – Vamos estudar na mesma escola e provavelmente sala que ela. – Ele diz animado e sorrimos. Por mais que eu acabasse de ter terminado um relacionamento de seis meses com Kayla, gostava de ver meus amigos felizes... E cara, ela que me perdeu, por que eu que estaria triste?

Sorrio com meu pensamento e os meninos me olham estranho.

— Tá chapado? – Reggie pergunta me olhando estranho e nego. – Você é estranho Luke. – diz se levantando. – Bom rapazes, hoje eu tenho um encontro. – anuncia e olhamos pra ele com uma certa malícia. – Qual é?! Eu não vou fazer isso logo no primeiro encontro seus imundos. – rimos.

— Quem é a garota? – Pergunto e ele pega seu celular e vasculha algo nele, acho que deve ser uma foto dela.

— Aqui. – Estava certo, ele nos mostra uma foto da garota e sorrimos.

— Espera! – Alex diz olhando a foto melhor. – essa é a Flynn! REGGIE O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO COM A FLYNN?! – o loiro berra olhando mortalmente para o meu amigo que estava um pouco assustado com tal atitude do loiro.

— Espera, como você conhece ela? – Reggie pergunta.

— Ela é melhor amiga da Julie e minha amiga. – Diz e Reggie assente. – NÃO FOGE DO ASSUNTO REGINALDO!

— Ai calma estressadinho. – Reggie diz fazendo uma careta. – Não vou fazer nada com a garota, ela é legal, eu gostei dela, puff! Encontro marcado. – Faz uns sinais com a mão e solto um riso.

— Se eu sonhar que você machucou a Flynn, você vai se ver comigo Reginaldo! – Alex ameaça meu amigo que apenas assente. – Ótimo! Mais alguma revelação surpresa hoje?! – Pergunta e ouvimos a campainha tocar. Fui obrigado a ir atender e quando abro, vejo uma linda garota de cabelos cacheados e... Caraca.. seus olhos são em um tom de castanho cujo tinham um certo brilho que nunca vi antes.

Acho que fiquei tempo demais encarando a garota em minha frente pois logo escuto uma "tosse" vindo da mesma e observo suas bochechas coradas.

— Hm... Oi! Eu sou a Julie e bom.. o Alex me chamou para vim aqui... – Ela se confunde um pouco com as palavras mas para assim que vê Alex do meu lado. – Aí está você! Porque não me disse que tinha voltado para Los Angeles?! – Bate no loiro que ri e abraça a morena.

— Desculpa não ter avisado Jules, eu acabei me passando. – Diz e sinto seu olhar sobre mim mas meus olhos estão vidrados na garota em minha frente. – Que falta de educação a minha! Julie este é Luke e Luke esta é a Julie.  – Nos apresenta e automaticamente cumprimento Julie com um sorriso.

Droga! Por que eu estou agindo assim?
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Reencontro de julex veio!! Quem aí também ama essa amizade?

Parece que o nosso guitarrista se interessou pela nossa cacheada hm?

Reggie e Flynn vão ser um casal sim galerinha!!! Shippo eles demais.

Espero que tenham gostado do capítulo! Votem e comentem por favor! Não sejam leitores fantasmas.

𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓 𝐇𝐀𝐑𝐌𝐎𝐍𝐘 - 𝐉𝐔𝐊𝐄 𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora