Episódio 06

660 33 0
                                    

Victor Augusto

Larguei a camisa do flamengo no corpo ,botei a corrente de prata no pescoço e passei o 212 coloquei o boné da lacoste e calçei minha havaianas branca .

Abrir minha janela e olhei minha favela daqui do alto. Tava tudo na paz a molecada brincando no maior lazer e os comerciantes abriam suas lojas pra mais um dia de luta.

0lhei pro mar e rezei pela minha coroa como faço todo dia.

Atravessei o fuzil nas costas e coloquei a glock na cintura.  Sai de casa e cumprimentei os mano que tava na contenção.

Seda: aí chefe o kekel tava querendo trocar ideia contigo disse pra tu ir pra boca principal-- falou segurando o fuzil .

Victor: pod pá valeu cria.

Andei até a boca e cumprimentei geral, e deixando algumas piranhas ouriçadas na voz . Gostava de uma putaria mais não rendia pra qualquer uma não.  Só pras selecionadas.

Cheguei na boca e cumprimentei os irmãos que estavam na função.

Kekel: até que enfio né porra passei a noite com a marmita ae esquecu dos corres -- negou com a cabeça.

Victor: ih ala paizão passei a noite resolvendo teu corre pq tu e um cansado -- fiz um toque com ele

Kekel e como um pai pra min quando minha mãe morreu ele foi o único que tava ali comigo me fortalecendo em tudo.

Kekel:cansado e tu maluco.  Hoje eu tenho um pá de barulho pra fazer e tu vai cuidar do meu pivete -- apontou pro Kelvin.

Victor:ué e cadê a Valéria?-- passei a mão no rosto.

Kekel: ela vai comigo mulher de bandido tenque andar lado a lado po

Victor: suave muleke e gente boa-- passei a mão no corte desfaçado do Kelvin.

Kelvin: meu cabelo seu pau no cu -- xingou dei risada dele

Kekel: tô indo já qualquer coisa me da um toque e não esquece de levar o menor na escola --ajeitou sua arma

Victor: pode crê.

Ele fez um toque todo estranho com o pivete bateu no seu ombro e saiu .

Kelvin: não quero ir pra escola hoje--cruzou os braços-- tem uma feia da cabeça grande que fica todo dia batendo né min e todos ficam rindo de min-- falou tristonho.

Victor: deixa de ser frouxo porra bate nela tbm vai ficar apanhado calado ?-- cruzei os braços

Kelvin: mais a professora Carol disse que não pode bater em meninas se não vou ser covarde. -- coçou o narizes

Victor: vai nessta que tu vai tomar porrada pro resto da vida otario -- neguei com a cabeça .

Nunca apanhei na escola não,  na verdade eu era o que batia em geral moleque atentando msm. Mais tbm tomava um pau da coroa quando chegava em casa .

Olhei no meu e já tava quase na hora do Kelvin entrar na escola .

Victor : vamo lá e não é pra ficar com medo não hein? -- segurei seu braço fino -- e pra botar medo em todo mundo naquela porra .

Ela balançou a cabeça e eu peguei sua mochila de rodinhas do bem 10 enquanto saia da boca .

Tive que entrar na escolinha com o pivete pq ele tava morrendo de medo da menina que tava batendo nele.

Fiz o toque com ele,  acenei pra Carolina que tava na porta da sala de aula e sai do pátio.  Andei pelo porquinho e neguei com a cabeça ao ver as condições dessa merda , tava deplorável.  E por isso que as mães vivem protestando no asfalto pedindo melhores condições pros pivete estudarem.

Mais quem disse que o estado ajuda ? Só dá o aval pros PM chegar batendo nos manifestantes e jogando spray de pimenta na cara de geral pra desesperar.

Sair dos meus pensamentos quando sentir alguém esbarra em min com a maior força continuei em pé mais a minha caiu e se lambuzou toda de barro.

A madame me chingou todo falou até que eu deveria queimar no inferno.

Victor : oxi filho na da próxima vez olha pra frente e não pro celular -- nem ajudei ela a levantar

Ela se levantou abriu a boca pra falar alguma coisa mais não disse nd a mina era bonita pra caralho nunca tinha visto ela aqui na comunidade.

Xxx:  e pq vc não desvio de min se estava me vendo hein -- cruzou os braços toda marrenta

Victor: se liga garota ti vi tbm não-- rolei os olhos -- e quem é tu? -- perguntei na curiosidade.

Babi : e te interessa? -- olhei feio pra ela -- sou Bárbara professora subistuta.

Ergui as sobrancelhas por isso nunca tinha visto ela por aqui .

Victor: Tu mora aqui no vidigal?

Tenque tá sabendo po nunca se sabe quem entra de má fé aqui.

Babi: não moro recreio das bandeirantes.  Oq é isso meu filho uma entrevista de emprego? --me encarou indignada.

Victor :Mina chata da porra vai logo trampar que tu ganha mais --virei as costas pra ela -- e troca essa calça aí em --dei risada .

Babi: vai se feder --disse toda brava

Continuei rindo e sai da escola.

Cheguei na boca e o bak tava fumando um baseado todo largadao , corre pelo visto não tem nessa porra.

Victor: vida boa né malandro-- dei um pescotapa nele

Bak: boa pra caralho : tragou e soltou a fumaça.

Neguei com a cabeça e acendi um hash.

Victor: ou cuzaõ tu já sabia da nova professora da escolinha lá: soltei a fumaça

Bak: a babi gente boa e uma gata--sorrio todo animado.

Victor: e bocuda--falei -- quero saber tudo dela pode ir atrás-- fiquei interessado msm.

Bak: pode pá mais vai ser difícil pq ela mora no asfalto no bairro de gente rica--fez careta.

Victor: te vira mermao --dei de ombros

Ele me mostrou o dedo do meio mais eu ignorei,  sentei numa cadeira de plástico e fiquei curtindo minha brisa de hash.

Continua?..

Votem 💫

Comentem 💬

mente criminosa Onde histórias criam vida. Descubra agora