mente criminosa

Episódio 26

Barbara passos

Acordei sentindo uma cólica horrível e muito forte, parecia que eu estava tomando uma sequência de socos no pé da barriga e nas costas.

Sentei na cama e fiquei parada alguns segundo pra acordar de verdade.

Cocei os olhos e me levantei. Tomei o maior susto ao ver o lençol sujo de sangue, olho pra minhas pernas e elas estavam escorrendo sangue, tava parecendo a porra da carrie.

Que ódio.

Odeio mestruar, achei que nem fosse descer pra min esse mês, atrasou alguns dias.

Peguei minha toalha e corri pro banheiro pra tomar banho, eu tava o nojo.

Tomei um banho longo e depois de todas as higiênes feitas, eu me enrolei na toalha e sai do banheiro.

Revirei o guarda roupa a procura de um absorvente e não tinha nada, nem um protetor de calcinha nem ou um o.b.

Coloquei um papel higiênico mesmo e vesti uma roupa qualquer.

Tirei o lençol da cama e juntei com a coberta e a fronha, embolei e coloquei tudo no cesto de roupa suja.

Catei meu celular e desci correndo pro andar de baixo, rezando pro Victor tá em casa. E pra minha sorte ele tava no sofá, cochilando igual um tio de cinquenta anos.

Babi: Victor?-- cutuquei seu braço e ele se assustou.

Victor: já vai começar logo cedo ?-- bocejou.

Acho que ele nunca vai estar de bom humor.

Babi: tem como vc ir na farmácia ou no mercado comprar absorvente pra min ?-- pedir com jeitinho sei que ele chato.

Victor: vou não.

Babi: por favor eu tô sangrando, quase partindo dessa pra melhor --dramatizei.

Victor: foda- se -- me ignoro.

Babi: hum acho que eu vou Sentar nesse sofá que veio lá da gringa -- ameacei e ele arregalou os olhos.

Victor: senta aí pra tu ver, corto teus cabelos todinho.

Babi: vai comprar então ?-- botei a mão na barriga, tava doendo de cólica.

Ele me encarou cheio de raiva e se levantou falando milhares de palavrões. Nunca  na minha vida eu escutei tanto palavrão.

Victor: tem um tamanho certo de buceta? Sei lá como fala essa porra, nunca comprei essas parada-- disse toda estressadinho.

Babi: não Victor só compra qualquer um -- segurei a risada não ia abusar da sorte.

Ele pegou a carteira e saiu todo emburrado . Dei risada fui pra cozinha, peguei uma xícara e coloquei café , assoprei e dei um gole , pelo menos café ele sabe fazer e ótimo, forte e amargo.

Depois de alguns minutos ele voltou com a msm cara de cu.

Victor: e não me enche mais o saco -- tacou a sacola em min.

Babi: obrigado você e um homem muito simpático -- ironizei e ele mandou dedo pra min.

Abrir a sacola e faltei morrer de tanto rir ele tinha comprado a merda de absorvente pra mulher que acabou de parir. E enorme muito maior que o noturno.

Babi: coringa tu leu a embalagem quando comprou isso aqui -- fui atrás dele com o pacote na mão.

Victor: uhum-- disse sem me olhar.

Babi: eu acabei de parir Augusto?-- voltei a rir igual uma doente -- volta lá e troca sem condições de eu usar isso aqui.

Victor: tá sequelada porra ?-- aumentou a voz pra min e eu só ri mais.

Babi: bandido burro essa e nova pra min sabia ?-- joguei a sacola nele -- vai lá trocar faz favor.

Victor: tô lá já.

Babi: vai me deixar jorrar sangue?.

Victor: nossa eu vontade de te Matar papo reto memo -- bufou, achei que ele fosse explodir de tanto ódio-- me manda da porra da embalagem no whatsapp.

Assenti e ele saiu batendo porta e tudo.
Peguei meu celular e procurei na internet a foto dos absorventes que eu usava, pedi um noturno e um normal mesmo pra usar durante o dia . Aproveitei e pedir pra ele trazer um Buscopan roxo.

Fui no banheiro aqui de baixo e limpei minha perna, ia precisar de outro banho.

Uma coisa brilhante acabou refletindo no meu olho enruguei a testa e fui até a
estante que o negócio tava brilhando

Fiquei na ponta do pé e consegui pegar. E me assustei ao ver que era o pingente igualzinho ao que meu pai havia me dado anos atrás.

Olhei pra parte de trás e os nomes eram diferentes forcei a vista e esse nome eu conhecia.

Vidigal. Rio de janeiro.

Não intendi porra nenhuma isso tudo só tá confundindo ainda mais minha cabeça totalmente perturbada.

Ouvir o porão ser aberto e taquei o pingente de volta no lugar. Corri até o centro da sala e fiquei assobiando, fingindo plenitude.

Victor: não fala mais comigo durante o dia inteiro morô?-- tacou a sacola em min de novo.

Esse cara precisa transar que mal humor terrível.

Babi: valeu.

Fiquei com vontade de perguntar pra ele sobre o pingente mais ele já tava estressado demais. Já andei mexendo nas armas dele, se ele descobre, eu tô fodida e não no sentido bom.

Não deve ser nada de importante mesmo.

Continua?...

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