Kriger's Pub

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  Chegaram. A questão agora era...

  — Pra onde a gente vai? — perguntou Diana.

  — Vamos ver o Peregrino, e aproveitar pra pegar um quarto na estalagem.

  — Você se lembra se a Valkiria aceita "bichinhos de estimação" no estabelecimento? — falou Diana olhando para Lobo.

  Miguel deu de ombros.

  — Isso pode se resolver com ouro.
  Concluindo a frase com um toque na bolsa de moedas MUITO bem presa na lateral de seu cinto, fazendo um baixo tintilar metálico.

  Cavalgavam lentamente pelas ruas da periferia da cidade, que ficava bem perto dos muros, o clima lá era pesado... mendigos eram comuns, o calor não combinava com a urina da calçada, fazendo o cheiro de amônia mais forte e enjoativo. Anoitecia, então bordeis se preparavam para abrir, Prostitutas anunciavam sobre eventos noturnos e seus preços. Pessoas fumavam em roda com cachimbos alongados, homens caídos em cantos provavelmente começaram a beber cedo demais, ou talvez nem tivessem parado... Miguel fora criado no campo, então demoraria para se acostumar a tudo isso, tudo parecia hostil... as pessoas o encaravam... julgavam, como se estudassem como poderiam derrubá-lo e levar suas coisas.

  Um arrepio percorre a sua espinha, fazendo ele se virar bruscamente para olhar um dos becos que os dois haviam acabado de passar em frente. Por menos de um segundo ele pode ver, olhos por trás de um capuz sumindo nas sombras. Independentemente das pessoas observando-os ativamente, aquilo o assustou, tinha algo de errado no quão fundo aqueles olhos olharam dentro dele.

— Ei, tá tudo bem? — perguntou Diana preocupada.

— Tinha alguém estranho olhando pra gente...

— Oh céus!... como não notei?! — ironizou ela — Para vai... todo mundo que passa olha pra gente.

— Isso foi diferente! Parece que me conhecia...

— Depois a gente "cumprimenta" se ele aparecer de novo.

— Tanto faz. Chegamos, só vamos tomar cuidado.

  Miguel apontou para uma construção simples de madeira e pedra, bem como muitas outras, dois andares se erguiam, uma fachada simples e rústicas com uma placa pendurada que dizia: "Kriger's Pub" As portas de madeira estavam abertas, mostrando o simples interior, haviam muitas mesas, compridas e redondas dispostas no salão, todas rústicas e irregulares, como se tivessem cortado as árvores, separado rodelas do tronco e colocado os pés para sustentação, Não era nada refinado... mas tinha seu charme. Os dois amarraram os cavalos na frente da tina e entraram.

  Atrás do bar estava uma figura estranha, uma mulher humana que se destaca muito na paisagem, ela tinha pelo menos 1,80 de altura, seus cabelos eram puro caos, comecavam pretos como carvão em sua raiz, mas ficavam pálidos nas pontas, haviam tranças na lateral de sua cabeça, um coque frouxo na parte parte de trás, e partes aletorias presas pelas pontas, tudo isso com fitilhos azuis mantendo tudo no lugar, seus olhos eram caídos e severos, brilhando cada um numa cor diferente, o direito era Violeta e o esquerdo era de um verde acinzentado, sombra preta fora aplicada ao redor deles como uma pintura de guerra em seu rosto branco, uma linha de tinta preta decia do meio de seus lábios rosados, passando pelo queixo, mandíbula e acabando na garganta, e para completar a sua imagem, brincos cobriam suas orelhas de ponta a ponta.

  Atrás do bar estava uma figura estranha, uma mulher humana que se destaca muito na paisagem, ela tinha pelo menos 1,80 de altura, seus cabelos eram puro caos, comecavam pretos como carvão em sua raiz, mas ficavam pálidos nas pontas, haviam tranç...

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Os dois seguiram em sua direção, sentaram no balcão, tiraram os capuzes e chamaram a atenção da mulher.

  — Boa noite Valkiria, como vai?

  — Cansada, mas bem... sejam bem vindos. O que traz vocês dois aqui de novo?

  — Bem... alguns assuntos com o Peregrino. Estamos atrás de orientação.

  — E com isso, ele quer dizer que quer ajuda dele pra meter a porrada em bandido ralé — disse Diana — talvez o Peregrino possa ajudar a gente com treinamento.

  — Bom... se vocês quiserem falar com ele, terão que esperar até amanhã, hoje ele foi cuidar de "negócios".

  — Por mim tá ok, vamos passar algumas noites aqui aliás, o Lobo te incomoda? — perguntou ele apontando para o animal.

  — Contanto que ele não devore os clientes... e é claro, você que é responsável pelos dejetos, então limpe.

  — Combinado.

  — Já que eu estou aqui, desce 2 canecos de cerveja pra gente, Valkiria, por favor! — pediu alegremente Diana.

  — Opa! É pra já! — Disse pegando grandes canecas de madeira embaixo do balcão e se virando pros barris atrás dela.

  — Anota na conta do Miguel pra mim!

  Miguel não parece estar incomodado, diria até que está acostumado a essa situação.

  A Barista trazia as canecas com seus braços fortes e posicionou-as na frente dos dois.

  A cerveja nortenha era um pouco mais amarga que o habitual, mas era incrivelmente refrescante. Miguel avistou algumas runas, provavelmente escritas no idioma dos gigantes, talhadas delicadamente nos adornos em metal dos barris de cerveja enormes atrás do bar.

  — O que são essas runas?

  — Ah... elas são parte do feitiço pra isolamento de temperatura, nas montanhas do norte, quando fazem bebidas quentes eles usam isso para mantê-las assim pelo tempo que for, eu só apliquei o raciocínio reverso, usei pra manter a cerveja gelada.

  — Muito interessante...

  Miguel começou a discutir com ela como poderiam patentear essa tecnologia para Monte Bello e Phandalin por um bom tempo, cansado, ele aluga um quarto com duas camas para eles passarem a noite, e por fim, os dois levam os cavalos para um pequeno estábulo perto da estalagem e sobem para descansar depois dessa longa viajem.

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