Capítulo 8

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—𝔹em... - Ghost se levanta e limpa o líquen de seu colo, Sasukidas fica ao seu lado -como vamos fazer essa ametista vermelha?

—A Cherry acha que pode invocar com magia - Foka diz me olhando, todos os olhares focam em mim

—Eu vou tentar... Victor, me dê suas ametistas, por favor? - pergunto olhando para o ex presidiário, ele prontamente me entrega as pedras roxas, todos ficam me encarando -não sei se consigo fazer aqui, a energia do portal pode influenciar... - me levanto pegando o manto negro de Jazz e lhe entrego, ele retira o excesso de líquen grudado e veste a peça de roupa

—De volta para casa? - Victor pergunta

—De volta para casa - respondo o Invasor -só vou dar os remédios do Ralls, to preocupada de não ter visto ele hoje...

—E eu, vou colar lá no bar dele, não sabemos quando ele vai sair, não podemos deixar as bebidas estragarem com o líquen, vou pegar algumas coisas na doceria das Craftgirls também, e em qualquer mercado que encontrar - Ghost diz vestindo sua Elytra novamente, ele sai pelo túnel dos esgotos, Sasukidas o segue

—Olha, acho que só mais chocante que o casamento do Jazz, é o Homem Porco conseguir falar, e ainda mais com todo aquele porte de "sou mau" ter uma voz infantil - Foka diz ainda olhando para o túnel onde Jazz e Sasukidas saíram

—Depois disso... Ganhei trauma de porcos... - Victor diz com falsa seriedade, logo depois soltando uma gargalhada —mas é sério, acho que nunca mais vou comer bacon na vida! Vai que o Sasukidas bate na porta de casa para me dar uns pipocos? Ou pior, o Jazz com um exército de porcos com Dark Líquen?? Melhor evitar - ele diz fazendo drama, eu e Foka caímos na risada

—Só você para fazer piada em clima tenso - o híbrido diz

—É claro! Mais de um ano preso, precisava descontar as piadas que não fiz durante esse ano inteiro! - o Invasor diz sorrindo, todos vestimos as Elytras e voamos em direção ao hospício, os rapazes ficam na recepção e eu me encaminho a sala onde Ralls se mantinha preso na cadeira

—Oi Ralls.. - digo abrindo a porta e encarando o rapaz

—CHERRY! QUE BOM TE VER!! - um sorriso doce se fez presente na face do louco, me aproximo dele —o Corrupto do Foka me disse que você não tinha aparecido hoje, que viu de lá da polícia e veio me dar os remédios, você está bem? Não aconteceu nada com você?

—Estou bem Ralls, só dormi de mais - digo sorrindo e tocando em seus fios negros, ele definitivamente precisava de um banho —achei a chave de sua cadeira, vou te soltar, mas antes, vou buscar algumas coisas para aqui ficar mais confortável, pra começar, tirar esse branco terrível daqui, isso deixa muito pior, vou trazer também uma cama para você, me espera? - pergunto olhando para Ralls, os olhos dele brilham como não vi brilhar de antes dele ficar nesse estado, um brilho humano, um brilho de vida, ele sorri concordando, saio de sua sala após lhe dar os remédios, aviso aos rapazes que iria buscar algumas coisas para Ralls, eles me olham com dúvida, mas concordam, a situação dele era pior do que a de Victor na prisão, era doentio largar o rapaz em um local totalmente enlouquecedor como aquele, naquele local no estado que estava, ele nunca iria melhorar, vou até a loja do Himaru, não é como se ele fosse vender mais alguma coisa, pego uma cama azul e algumas decorações para Ralls, coloco tudo em uma Shulker e levo para o hospício, junto com alguns blocos cinzas para mudar a cor daquelas paredes, assim como madeira de carvalho para o piso, Foka me ajuda a reformar o "quartinho" do Ralls, os levamos ainda na cadeira para fora do quarto, ele estava em um sono pesado, arrumamos tudo para ele, coloquei alguns quadros com fotos da cidade e alguns papéis escritos com a minha letra, para ele melhorar logo, pois toda a cidade amava ele, coloquei uma jarra de plástico com suco de maracujá e alguns chás calmantes, assim como alguns pacotes de cookies de chocolate, caso ele sentisse fome, tudo era almofadado, para não ter risco algum de Ralls acabar se machucando em alguma crise, eu e Foka construímos um banheiro na sala ao lado, já que a mesma se encontrava vazia, colocamos uma porta ligando o quarto e o banheiro, era simples, mas estava milhões de vezes melhor, também pegamos algumas roupas na loja das garotas, ele precisava de algo descente para vestir

Os Restantes em Topcity (AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora