Faüress

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A/N: OI. Cuidado com o capítulo. Essencial para o desenvolvimento dos personagens, se vocês lerem com atenção. As personalidades estão sendo desenvolvidas, é importante que leiam. Mas se não quiserem, é compreensível.


Brittany's pov

Faüress (n): fogo que consome a carne. Arder da pele.

- Eu amo você.

A frase me saiu como um sorriso. O movimentar de meus lábios ao dizer que a amava remeteu-me à sensação de estar dando um grande e belo sorriso, apesar de minha expressão serena. Naquele momento eu compreendi como era sentir-me plena. Não estava ansiosa por uma resposta de Santana, sequer esperava alguma resposta, como esperei por uma confissão de paixão ou gostar mútuo, meses atrás. Daquela vez, tudo era diferente. Amor não se tratava de um sentimento que precisava de retribuição para existir e eu compreendi isto naquele momento, olhando nos olhos de Santana.

- Eu amo você. – Santana disse. Não como uma resposta ou como um complemento ao que eu havia dito e sim como uma afirmação pessoal dela.

Ali, naquele segundo específico do tempo, que me era um completo desconhecido, eu compreendi que amor de um lado só é muito bom, mas amor ao quadrado, amor de volta, amor que vai e vem é a explosão de um universo inteiro, comum de dois, dentro de dois corpos diferentes.

Não nos perdemos em nós mesmas enquanto nos olhávamos. Daquela vez, diferente de todas as outras, nos encontramos.

Apoiei os braços ao lado do corpo de Santana e, seguindo unicamente os meus desejos, pressionei meu corpo sobre o dela, começando em nossos quadris, seios e terminando o contato intenso nos lábios. Não esperei que ela me permitisse um contato forte, encaixei meus lábios com os dela, que abriram-se facilmente e suguei seu lábio inferior, prendendo-o em minha boca até ouvi-la gemer roucamente com a boca colada na minha. Meu sexo reagiu àquele gemido encharcando vergonhosamente. Meu desejo desviou da vontade de beija-la, para a vontade de fazê-la sentir minha excitação escorrendo; vontade de senti-la dentro de mim.

Eu estava a um passo de segurar a mão de Santana para fazê-la me sentir quando senti o solavanco de seu corpo contra o meu, empurrando-me sobre a cama, de forma que caí deitada, de costas para a janela, e a mulher com os cabelos caídos para frente agora prendia-me pelos pulsos, contra a cama.

O olhar dela estava completamente diferente. Sua respiração saía pesada de seu peito e a força com que me dominava deixava muito claro o que ela queria.

Um sorriso maledicente e cheio de luxúria surgiu em seus lábios, acompanhado de seu olhar que brilhava refletindo um tom avermelhado que eu não sabia se era real ou se meu próprio desejo queimando estava sendo refletido em seus olhos. Tentei falar qualquer coisa, mas esqueci todas as palavras. Santana abriu ainda mais o sorriso quase diabólico em seus lábios.

- Quer saber um segredo sobre mim? – ela perguntou, tirando suas mãos de meus pulsos para tirar a própria blusa. – Não mova as mãos.

- Uhum... – murmurei, sem saber muito bem como me concentrar em falar quando meu sexo pulsava tão ferozmente, com o contato do dela, que pesava seu corpo bem em cima do meu quadril.

Buscando por mais contato, levei as mãos ao quadril de Santana, para pressioná-la ainda mais em mim, mas Santana alcançou meus pulsos antes mesmo que eu encostasse nela e os levou quase bruscamente de volta para cima da minha cabeça, encostados na cama. Seu corpo, livre da blusa, deixava à mostra os seios cobertos por um sutiã de renda tão negra que a pele dourada de Santana, parecia perolada.

A mulher colocou os seios propositalmente em meu rosto e arrastou vagarosamente seu sexo sobre o meu, enquanto falava em um tom ameaçadoramente sexy.

Brittana - Wonderfall Onde histórias criam vida. Descubra agora