𝐔𝐌.

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UM

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UM.
Não se pode esconder o sol.

A ROTINA DE FLORA era sempre a mesma

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A ROTINA DE FLORA era sempre a mesma. O dia começava às sete em ponto, ela preparava o café da manhã e depois fazia a limpeza do local. Em seguida, ia até a prateleira e escolhia um livro para ler, já tinha lido todos eles mais de uma vez, então precisava fingir surpresa quando chegava na reviravolta da trama, às vezes lia em voz alta fingindo que alguém estava ouvindo ou atuava como se fosse um dos personagens, qualquer coisa que pudesse fazer para se distrair.

Quando terminava, pegava sua caixa de tintas e procurava por um canto da cabana que não estivesse coberto por suas pinturas, ou pintava por cima de alguma pintura antiga. Já tinha pintado até mesmo as cadeiras, a mesa, a cama e qualquer lugar que encontrasse espaço. 

Pintava até sentir fome, então preparava o almoço e comia devagar, na esperança de gastar mais tempo. Enchia o resto da tarde com qualquer passatempo que pudesse encontrar, tinha aprendido a fazer tricô — nos últimos meses tricotou tantos suéteres, cachecóis e luvas de presente para seu pai, que o homem nem tinha mais onde guardar — e tocava violão. Se alongava e fazia exercícios no pequeno espaço, se preparava mentalmente para aguentar a água fria do banho, e depois que saia tremendo da água, penteava seu cabelo e voltava a ler. Em alguns dias fazia adornos, jogava xadrez sozinha ou cantava até que sua voz falhasse. 

Jantava as sobras do almoço e cozinhava até cair no sono, em alguns dias ia dormir com a mesa cheia de três ou quatro pratos de doces que ela fazia imitando um livro de confeitaria que tinha ganhado no aniversário do ano anterior. Era muita comida para comer sozinha.. Era muito tempo para se passar sozinha, e Flora tentava não enlouquecer.

Nunca sabia quando seu pai viria fazer uma visita, então estava sempre olhando para porta, esperando pelo momento em que Gerard entraria e ela finalmente teria alguém para conversar. Se sentia tão eufórica e falava milhares de coisas ao mesmo tempo, duvidava que o pai conseguisse entender tudo, mas era muito bom não estar sozinha.

Naquela tarde, Flora estava pintando quando ouviu o som de passos. Ela largou o pincel e correu para encontrá-lo, se jogando nos braços de Gerard quando o viu. O homem deu um tapa fraco nas costas dela e se afastou do abraço estabanado da loira.

SUNLIGHT | teen wolfOnde histórias criam vida. Descubra agora