Checo o celular mais uma vez procurando uma mensagem dela, e nada. Me preocupo com o que pode ter acontecido, desde que sai de casa que ela não fala cmg direito, quase não me deu um beijinho antes de eu sair. Busco na memória qualquer coisa que eu possa ter feito pra chatea-la, mas minha cabeça não encontra nada. Talvez ela esteja ocupada com alguma coisa, mas mesmo assim, muito estranho. Vou guardando minhas coisas e me organizando pra largar, já que está quase na hr. Levanto e arrumo tudo, sento e espero bater o horário, e assim que o relógio aponta 17:00 hrs me levanto me despeço do pessoal e vou embora. Entro no carro e coloco a playlist no aleatório, e começa a tocar 999, uma das minhas músicas favoritas que me faz lembrar ela, pq foi uma música que ela me dedicou. Dou partida no carro e sigo em direção do nosso apartamento. Enquanto o trânsito tá um inferno eu me deleito com o prazer de escutar "preta" de anavitoria, minha música favorita. Ao chegar na frente do prédio, espero o porteiro abrir o portão, assim que ele abre entro e vou até a garagem, guardo o carro e ando até o elevador. Quando chego vejo uma placa de interditado, não acredito que vou ter que subir sete andares de escada bixo. Ao encarar aquela escada já sinto vontade de desistir e ficar por aqui mesmo, mas começo a subir degrau por degrau, já estou cansada no segundo andar, mas quando chego no terceiro andar, encotro Luana. Que estranho.
-eita.- ela diz surpresa em me ver.- já chegasse? -fala como se tivesse ficado nervosa, muito estranho.
-oxe, já né- falo e solto uma risadinha.- tás fazendo o que aqui mulher?
-é...- demora a responder.- tava ajudando Larissa com uma coisa que ela precisou.
-hm.- olho com desconfiança, algo de errado não tá certo. Se bem que ela pode ter chamado Luana pra passar a tarde aí, isso não é estranho, mas pq Luana tá tão nervosa?
-Tchau, tô indo.- diz apressada e passa por mim pra descer a escada.
-pera aí.- chamo antes que ela evapore de tanta pressa.- ela te falou alguma coisa? Tipo, eu fiz alguma coisa? Ou tipo, alguma coisa aconteceu e ela tá chateada?
-hm... pergunta a ela.- Luana simplesmente fala isso, com uma cara não muito boa, vira e vai embora depois de gritar um "tchau" e acenar. Meu coração instantaneamente começa a bater mais rápido. Antes eu tava preocupada, mas agr eu tô muito nervosa, o que será q aconteceu? Continuo subindo as escadas, indo bem devagar, adiando o inevitável. Ao chegar na porta do apartamento, paro de frente pra ela, encaro a porta como se fosse minha inimiga, até que tomo coragem, respiro fundo, passo a chave e abro a porta. A primeira coisa que sinto é o ar frio do ar-condicionado vindo junto com um cheiro doce agradável, e assim percebo algumas velas no chão, imagino que é delas que vem o cheiro. No chão tbm tem pétalas de rosas espalhadas pela sala, a iluminação ficou toda por conta das velas e os leds na parede, ligados na cor vermelha. Olho em volta confusa, sem entender nada. Coloco minha bolsa em cima do sofá e vou até a varanda, quando chego lá vejo um vinho branco dentro de um balde de gelo, duas taças e dois pratos de sushi em cima da mesinha de centro, a varanda tbm esta cheia de pétalas de rosa, mas não tem velas e sim um pisca pisca muito bonitinho.
-que que é tudo isso?- pergunto pro vento e me viro pra entrar de volta em casa. De repente meu amor aparece na minha visão, era pra ser lindo, mas na vrdd eu tomo um susto, tropeço pro lado, tento me segurar na parede, falho e caio no chão. Escuto ela rindo da minha cara.
-Meu deus, Clay.- Ela fala se acabando de rir, rindo tanto que me faz rir tbm. Fico no chão admirando aquele sorriso tão brilhante, rindo da minha cara. Se eu soubesse que ela iria rir tanto assim, eu fazia até de propósito. Ela está com um vestido lindíssimo da cor vermelha, e uma maquiagem magnífica, seus lábios estão cobertos por um vermelho vivo e seus olhos estão com um delineado muito bem feito e uma sombra escura.
-Vai mulher, levanta daí.- ela fala ainda rindo um pouco vindo em minha direção. Me estende a mão e me ajuda a levantar. Quando me levanto passo os braços pelo seu ombro e beijo aqueles lábios bonitos.
-vc riu de mim.-me afasto e forço uma cara de brava, ela dá mais um sorriso, nossa como eu me derreto nesse sorriso.
-mas tbm, tu é muito tabacuda bixo.- começamos a rir juntas e nos abraçamos e nos beijamos de novo.
-O que é tudo isso, amor?
-Uma surpresa pra vc.- fala e me puxa pela mão até a varanda. Pega seu celular e coloca uma música calma no sonzinho via bluetooth.
-por isso vc não me respondeu o dia todo?- pergunto enquanto sentamos no tapete de frete pra mesinha.
-exatamente.- fala e dá um sorrisinho enquanto serve nossas taças com o vinho branco.
-E Luana tava aqui por isso?- falo pegando os hashis.
-Ela que me ajudou a fazer os sushis. Inclusive ela tbm avisou que vc tinha chegado, achei que vc fosse demorar mais.- Ela fala tomando um gole do vinho.
-Eu sempre chego essa hr mulher.- ri. Tomo um gole do vinho e coloco um sushi na boca.
-É, mas a gente perdeu a noção do tempo. A gente demorou de mais.
-novidade.- falo irônica, ela olha pra mim apertando os olhos e eu devolvo o olhar com um sorriso. Me aproximo dela e lhe dou um selinho, ela me devolve o selinho.- eu te amo sabia?
-é?- ela pergunta.
-sim, mais do que a quantidades de estrelas que existem. Mais do que a quantidade de areia na terra. Mais do que a distância daqui pro fim do infinito.
Comemos e conversamos, enquanto eu observava cada movimento que ela fazia, olho detalhadamente todos os seu jeitinhos, o seu sorriso, ela mastigando, o jeito que ela fica empolgada falando, o jeito que a sobrancelha dela fica quando faz aquela carinha, escuto a voz maravilhosa que ela tem, o jeito que ela me pertuba e de vez enquando tenta me fazer cosquinha, e me derreto quando ela coloca a mão na minha coxa. Terminamos de comer, mas ainda ficamos conversando e bebendo até secar a garrafa daquele vinho. Levemente álcoolizadas e perigosamente perto uma da outra, eu começo a acariciar seus lábios. Ela me puxa pro seu colo e coloca as mãos na minha bunda e aperta. Puxo o ar com dificuldade para os meus pulmões, e começo a beijar seu rosto e vou até o pescoço.
-Tem sobremesa?- sussurro perto do ouvido dela.
-A sobremesa não tá usando nada por debaixo do vestido.- responde apertando mais uma vez a minha bunda. Levo minhas mãos ao seu pescoço e beijo sua boca, um beijo intenso e cheio de fogo.
-Vamo pro quarto?- pergunto afastando meu rosto pra olhar aquela perfeição.
-sim.- ela responde ofegante.
