Capítulo 2: Minha nova família

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×Abuela×

Inicialmente, estava tudo escuro, até que comecei a ver uma luz no fim do túnel, uma luz verde e linda. Quando comecei a recuperar totalmente a consciência, eu a vi
- Nathan, ele acordou pessoal
Eu a abracei
- VOCÊ EXISTE, EU SABIA QUE EXISTIA
- Ah, sobre isso, eu pedi a todos que fingissem que não me conheciam, era para ser uma brincadeira, me desculpa - ela sorriu para mim - acho que passou um pouco dos limites
- Nossa que vadia - comentou Gui injuriado
- PASSOU DOS LIMITES?? EU ACHEI QUE TINHA FICADO LOUCO
- Dicupa eu - falou ela com uma voz fofinha
- Ok, desculpo
- PORRA NATHAN, TEM COMO TE DEFENDER ASSIM NÃO, DIMINUI A GADISSE AI, NAMORAL
O que foi? Você também perdoaria, aquela voz foi muito fofa, SOU GADO MEMO FODA-SE
- Cadê os outros ? - perguntei ao passar a mão em minha cabeça e perceber que estava enfaixada
- Estamos aqui Nathan - falou o rapaz - Apropocito, meu nome é Igor Teodoro, é um prazer conhece-lo
- O prazer é meu
- Eu e Giselly queremos agradecer a você
- Pelo que ? - questionei
- Por nos salvar - explicou Igor
- Como assim salvar vocês ? - Lyra estava curiosa
- Eu nos joguei de cima do muro e Nathan gritou para protegermos as nossas cabeças, porém eu e Giselly não o fizemos, então, Nathan colocou sua mão direita na nuca de Giselly e a esquerda na minha, assim nos salvando, porém por fazer isso ele ficou completamente desprotegido, por isso se machucou tanto - ele fez referência abaixando a cabeça para mim - me perdoe, por minha imprudência você se feriu
- Tá tudo bem, Igor, relaxa
- Tá tudo bem nada não
- Cala boca Gui
Eu estava em uma sala de apartamento, aparentemente na casa de Lyra e Giselly
- O que está acontecendo? O que eram aquelas coisas na escola ?
- Ainda não sabemos, mas foram registrados diversos surtos, pessoas atacando pessoas ao redor de todo o mundo - me explicou Lyra
Aquilo estava acontecendo por todo o mundo, só de pensar nisso era algo assustador.
Foi então que parei para pensar
- Quanto tempo eu fiquei apagado ? - perguntei assustado
- Algumas horas - contou Igor
- Minha avó! - pulei da cama - ela está sozinha em casa, tenho que ir buscá-la
- É muito perigoso, além do más, você está ferido, você tem que ficar - ordenou Giselly
- Eu vou com ele - Igor tomou a dianteira e falou - não vou deixar que nada aconteça com ele, não se preocupem
- Obrigado, Igor
Então eu e Igor nos pussemos sobre a saída de emergência e descemos por lá, Igor foi em minha frente, quando fui descer, senti algo puxar minha camisa, era Lyra
- Por favor, volte, Nathan
- Eu voltarei, prometo a ti
- Volte meu amor - falou Guilherme surgindo por trás de Lyra zuando com minha cara
Beijei sua bochecha e então eu e Igor descemos, a bochecha de Lyra obviamente
Agora estávamos nas ruas, nenhum local que não fosse trancado em um apartamento seria seguro, mas mesmo assim, tínhamos que ir. Eu tomei a dianteira pois Igor não sabia onde seria minha casa, andamos por três minutos até que encontramos uma pessoa andando pelas ruas. Rapidamente eu e Igor nos escondemos atrás de uma lata de lixo. A mulher ficou nos encarando com uma expressão de "O que esses retardados estão fazendo", então percebemos que era uma moça comum e normal, simplesmente andando por aí
- Garotos ? O que vocês estão fazendo ? - a mulher nos questionou
A mulher tinha curtos cabelos castanho claro, era branca e magra
- Ah, nos estávamos, apenas...
Foi então que percebi, o mundo não entraria em um apocalipse zumbi tão rapidamente, levaria muitos dias para o vírus se espalhar por todo o mundo, ou seja, eu e Igor não precisávamos nos esconder atrás de latas de lixos toda vez que víssemos um humano andando por aí
- Estávamos procurando uma moeda, apenas isso - explicou Igor a mulher
- A sim, entendi. Espero que encontrem logo - a mulher sorriu para nós - Bom, vou indo, tchau
- Tchauzinho - a respondi
Fiquei olhando a mulher se distanciar de nós, ela virou a esquina e sumiu
- Vamos - apressei Igor
Agora fomos andando mais calmamente, pois aparentemente, ainda tinham pessoas normais andando pela rua. Chegamos em minha casa, eu estava sem as chaves, provavelmente havia perdido em meio tanta confusão
Toc toc
- Ei, vovó, sou eu, Nathan
Não obtive nenhuma resposta
Minha vó era uma senhora idosa, então pelo fato dela não ter me respondido, pensei o pior
- Vovó, se afasta da porta, eu vou arrombar! - falei enquanto me afastava da porta
- Aaaaaaa
POM
- Aí essa doeu - a porta não havia nem se mexido - Isso me deu um dejavi
- Com licença - Igor tomou a dianteira
TOM
Ele deu uma bicuda na porta, a arrebentou a fechadura
Eu entrei em casa, desesperado para achar minha avó, infelizmente não a encontrei em lugar algum, não estava na cozinha, sala ou na lavanderia, então optei por procurar-la no lugar mais óbvio possível, o seu quarto. Quando entrei no quarto, senti um grande alívio, minha vó estava lá, dormindo
- Vovó, precisamos sair daqui
Eu a sacudi, mas ela não esboçou reação
- Vovó ? Anda levanta precisamos sair daqui o mais rápido possível
Então a sacudi mais e mais
- Vó, aqui não é seguro
- Nathan... - Igor pós sua mão sobre meu ombro - eu acho que ela...
- Levanta, abuela - eu havia entendido agora o que estava acontecendo - vovó... Por favor... levanta
- Ela se foi Nathan - comentou Igor
- NÃO SE FOI NÃO!
Eu subi em cima dela e comecei a fazer respiração boca a boca e pressão contra o peito
- Não vai funcionar, ela já deve estar assim e horas. Acabou Nathan
Eu caí de bunda no chão, era verdade, minha avó havia morrido. Me senti sem chão naquele momento, a única família que eu tinha, a pessoas que me criou, cuidou e sempre esteve ao meu lado me apoiando havia acabado de me deixar
Igor foi até minha avó e fechou seus olhos
- Vovó...
- Vamos Nathan, não a mais nada que possamos fazer aqui - ele estendeu a mão para que eu me levantasse
E então me puxou. Eu fui com ele, mas isso não significava que eu estava bem

Estrelas AzuladasOnde histórias criam vida. Descubra agora