Ninä Guzmän { × Camilo Madrigal ×}

3~

- Nina! - Ouço minha mãe vindo até mim. - Está fazendo oque de bobeira menina? As crianças estão correndo por aí e vão acabar fazendo besteira! - Ela diz como se estivesse me cobrando algo.

- ... tá? - Eu digo revirando os olhos mentalmente, sabe como é fingir que não se encomoda com nada?

- "Tá"? Faz alguma coisa por favor? Pela sua mãe e pela família Madrigal? - Ela diz com um tom sentimental.

- Mãe, eu não vim aqui trabalhar.

- Eu sei querida, mas você pode ajudar se quiser. - Ela insiste.

- Eu quero? - Eu digo abaixando a cabeça.

-Sim, você quer. - Ela diz convencida e botando a mão no meu ombro.

- Tá legal.. - Eu digo e ela sai. - yo quiero, até parece. -Eu digo indo pro canto da festa onde ela não me encontraria de novo.

Fiquei escorada na parede pensando se iria embora ou se eu irá mesmo ficar com as crianças, até que um barulho de copo caindo chamou minha atenção.

- Ei.. Ei! Espera! - Eu digo correndo em direção a mesa, aquele ladrãozinho
atacava os doces novamente. - Garoto!

Ele correu mas eu não tinha nada a perder, tirei a sandália apertada sem tirar os olhos dele e corri atrás dele.

Ele sumiu no meio da multidão de novo, eu andava no meio de um pessoal até que eu dou de cara, literalmente, de testa com alguém.

- Au!..- A pessoa diz pondo a mão na testa.

- Aí, desculpa você tá bem? - Eu digo estendendo a mão mas eu fiquei paralizada, um Madrigal.. de novo.. eu fiquei olhando pra ele com a mão estendida e sem piscar, meu deus, eu tinha que ser gentil, os Madrigal são importantes, ainda mais pra minha família.

- Estou... - Ele estranha me ver mas pega minha mão pra levantar, então ele foi levantar mas caiu de volta, óbvio, eu não puxei a mão dele pra levantar né? - Aí! - Ele resmunga. - Tá legal.. - Ele olha mim estranhando o geito que eu estava, e se levantou sozinho.

- Me.. Me desculpa nossa, aí eu sou uma tonta, que coisa haha.. - Eu ria toda desconsertada pondo a mão atrás da cabeça e puxando meu cabelo.

- Você tá bem? - Ele perguntou provavelmente me achando esquisita. - Am... Tá bom, eu vou indo. - Ele diz virando de vagar e pisando em alguma coisa aque fez um som de " Crack".

Era um dos bolinhos que aquele garotinho tinha pego, provavelmente ele derrubou correndo.

- Am.. Foi mal de novo.. Eu tenho que fazer uma coisa.. rapidinho.. haha, tchau então. - Eu digo seguindo pro meio da multidão enquanto dava pra ver o menino olhando pros lados e saindo de fininho.

{É, eu só envergonho os Guzman, decepção.} - Eu saio resmungando para mim mesma.