Jinx era o próprio caos, arrastando tudo que cruzava seu caminho para um buraco sem fim e quando Lux a viu se aproximando, ela sorriu sabendo que cairia de propósito. Afinal, nós somos o que amamos e se você ama o caos, pode acabar se tornando parte...
Esse shipp tem poucas fics então eu me vi obrigada a contribuir pq estou completamente obcecada pela química dessas duas. Sei que muitas pessoas estão entrando no mundo de Arcane agora e não sabem quem é a Lux, então vou deixar a descrição da personagem nas notas finais. Mas fiquem tranquilos pq conforme a história for evoluindo vocês vão conhecendo ela melhor, e vão entender pq esse shipp existe.
Aliás recomendo que leiam ouvindo a música, Neon Roses, do The Technicolors
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Capítulo 1 - Olhos cintila
Lux tentou desviar o olhar, mas era inevitável, estava completamente hipnotizada ao ponto de esquecer seu objetivo naquele buraco.
Buraco este que os criminosos de Zaun costumavam chamar de Neon Roses e apesar de parecer apenas uma boate comum era considerado perigoso até mesmo para os moradores da Subferia. Sem dúvidas era um local inadequado para uma nobre, não que Lux estivesse preocupada, afinal a maioria das pessoas estavam dançando, bebendo ou traficante algo ilegal, totalmente alheias a sua existência, graças a um feitiço de camuflagem cuidadosamente lançado por ela.
Entretanto, havia um pequeno maldito detalhe, o feitiço tinha uma exigência: ela não podia encarar alguém fixamente ou ele perderia o efeito. Ou seja, era uma magia fácil de manter... bem, teria sido, se um par de olhos roxos cintilantes não estivessem a observando do outro lado do salão, há mais de meia hora. A dona daquelas íris cintila era uma mulher magra de longos cabelos azuis. Ela estava brilhando em meio às luzes néon da pista de dança de uma forma diferente de tudo o que Lux já havia visto. Seus lábios estavam sempre curvados em um sorriso, às vezes sutil, às vezes ofuscante.
Graças aquele sorriso o feitiço da Lux foi arruinado e mesmo depois de um tempo, ela não conseguia deixar de esbarrar seus olhos nele. Talvez aquela mulher fosse imune à sua magia ilusória desde o príncipio, ou... talvez Lux tivesse se deixado distrair e quebrado o próprio feitiço, hipnotizada pela forma como aquelas tranças azuis voavam, no ritmo da música. Qual dessas opções seria pior? Não importava, pior mesmo era que Lux estava completamente rendida pela risada, que às vezes sobrepunha a música alta, de uma provável criminosa de Zaun. Quem diabos era aquela mulher?
Suspirando cansada de tentar não olhar, a demaciana assistiu enquanto a mulher descia com destreza de um palco no meio do bar e rodopiava até um cano de pole dance. Ela começou a girar e rir, mas não de forma sensual - talvez um pouco - ela só parecia estar se divertindo de uma forma alucinada. Lux se pegou rindo ao pensar que ela causaria inveja em qualquer animador das festas pomposas de Demacia e então abruptamente parou de rir. Os olhos cintila pousaram em sua mesa novamente. A mulher de tranças azuis olhou uma vez, sorriu e desviou seu olhar afiado. Malditamente, Lux corou, sentindo o coração acelerar.
Era tarde demais para fingir que nada daquilo estava acontecendo e droga, com certeza seu feitiço não estava mais funcionando. Lux sabia que teria que sair daquele bar antes que se metesse em encrenca ou perdesse uma parte da sanidade no processo. Então, procurando pela porta - que não encontrou porque o lugar estava lotado - a loira perguntou a si mesma como havia conseguido botar tudo a perder de forma tão imprudente, logo ela que sempre foi tão elogiada por sua atenção e disciplina. Seu plano consistia em duas etapas simples: conseguir informações com seu informante e ir embora. Sem brigas, sem discussões, sem ser notada. Tinha parecido tão fácil, porém, naquele momento, ela nem sabia onde seu informante estava.
