Capítulo 3

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04 de dezembro de 2020

Narrador POV

Tommy estava completamente recuperado e Billy também estava bem, a queda havia sido apenas uma de muitas e com isso Wanda conseguia focar totalmente em seu trabalho na loja, coisa que não vinha fazendo e foi duramente criticada por isso.

Durante a semana enquanto Wanda trabalhava, as crianças ficavam com outra babá que, graças à ajuda de Mônica, era mais paciente que a anterior e morava a algumas quadras dali, o que facilitava as coisas. Era uma garota jovem, em torno de seus vinte anos, estava juntando dinheiro para viajar de férias com os amigos e passava confiança.

— Amanhã eu saio um pouco mais cedo, encontro vocês no teatro. Só alguns minutos atrasada. - Lá estava Wanda novamente correndo, pegando a bolsa para chegar cedo no trabalho.

— Claro. A peça começa às sete da noite, Mônica me entregou quatro ingressos, acho que ela já sabia que você iria de um jeito ou de outro. - Kate estava com o rosto ainda amassado, parecia ter acordado e saído de pijama direto para lá. Ainda era muito cedo e os meninos estavam dormindo naquele momento.

— Às vezes acho que ela sabe mais das coisas do que eu mesma. - Confessou terminando de se agasalhar para sair. - Mônica disse que uma amiguinha dos meninos vai estar por lá. Sei que meus filhos já podem derrubar uma casa sozinhos, então imagino que se a amiga deles for igualmente enérgica, será demais para a sua cabeça tão jovem.

Wanda alertou, mas Kate já estava roncando no sofá. Jogou uma almofada na garota, que despertou assustada assim que atingida.

— Eeeei, eu ouvi tudo. Pode ficar tranquila. - A garota mentiu.

— Vá cochilar no quarto deles pelo menos. Vou trancar por fora, a sua chave estará em cima da geladeira.

Kate fez o que Wanda disse, mas ao contrário de suas intenções não conseguiu dormir mais de dez minutos. Os gêmeos acordaram com toda a energia e não a deixaram mais quieta.

Eles gostavam da presença da garota desastrada que tinha que amarrar os dois um ao outro enquanto eles tentavam fugir do banho, chamando eles de remelentinhos mais rápidos do universo.

Do outro lado da pequena cidade estava Natasha, montando a enorme árvore de natal posicionada em sua sala, com todos os enfeites que Laura escolhia.

A menina estava empolgada demais, colocando estrelas brilhantes e sinos dourados em cada ponta dos galhos, enquanto bebia o chocolate quente em sua xícara amarela.

A árvore estava pronta, os presentes, que foram embrulhados em casa já que Natasha conseguiu discutir com a atendente da loja pela segunda vez, estava embaixo. A lareira possuía meias vermelhas e listradas penduradas, do jeito que a pequena Laura gostava.

— Olha como ficou bonito. Vocês nem me esperaram. - Yelena disse, sendo recebida logo em seguida pela sobrinha que correu para abraçá-la.

— Nós esperamos, mas você sumiu sem dar notícias, não é mesmo. - O revirar de olhos de Natasha deixava claro que estava irritada.

— Tive um imprevisto com o nosso pai, mas agora estou aqui inteiramente para vocês. Temos um passeio hoje, hein. - Soltou a garotinha de seu abraço apertado e abraçou a irmã mais velha, mesmo sem ser devidamente correspondida.

— Ele de novo. Não sei como ainda tem paciência para os caprichos dele. - Natasha não conseguia esconder a amargura em seu tom de voz, aquele não era para ela o melhor pai do mundo.

Diferente de Yelena, Natasha era irredutível.

Ainda tentou se aproximar do homem algumas vezes, mas ele sempre dava algum jeito de descumprir com o combinado, de se atrasar ou sequer aparecer no que planejavam.

Um match de Natal - WandanatOnde histórias criam vida. Descubra agora