Quarto em Arles - PARTE II / FINAL

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Nota da autora: Olá! Ouçam as mídias adicionadas, 'tá bem? Foram escolhidas especialmente para o enredo e enriquecerão sua leitura. Aproveitem e deliciem-se com mais este capítulo. <3


CAPÍTULO FINAL 


Em cenas anteriores no Quarto em Arles... 

Vincent pareceu agradecido. Seu olhar era calmo e a luz do sol pousava em seu rosto que parecia em paz. Eu? Eu estava muito mais que isto. Talvez algum superlativo de comovido somado a realizado em seu modo mais-que-perfeito.


- TaeHyung!

Ué, alguém falou meu nome da forma correta?

- TaeHyung!

Olhei ao redor, mas Vincent parecia distraído com suas obras...

- Taeah!

- Hyungs?!

- O que disse? – Vincent olhou-me curioso.

- Nada, é só que... Você não ouviu?

- Tae!

- Ouvi o quê?

- Essa voz.

- TaeHyung!

- Voz? Que voz?

- Esta! – Aish, minha cabeça vai explodir.

- Não ouço voz alguma... Meu Deus, Têr-Riúng, tu estás alucinando novamente, melhor chamar a Adeline. Onde está a Ravoux nestas horas?! – Vincent inquietou-se escorando suas telas na parede próxima.

- TaeHyung!

- Caramba! Olhe o quadro, Vincent!

- Não estou vendo nada de errado em meu quadro.

- Vocês estão bem? Estava ouvindo a voz do Têrrún lá de baixo... – A jovem retornou ao quarto com a jarra cheia novamente, colocando-a de volta na pequena mesa ao canto.

- Ele está falando que está ouvindo algumas vozes e não desgruda os olhos do meu quadro. Adeline, ele deve estar delirando novamente.

Senti-me como se minhas pernas tivessem ganhado vida própria, pois sem pensar muito bem, apenas caminhei em direção ao quadro Quarto em Arles, encostado ao canto.

- São meus hyungs... – Falei entre aéreo e impressionado, referindo-me aos meus amigos mais velhos – Aí, em seu quadro. Bem aí! – Apontei.

Mas Vincent e a jovem apenas franziram os cenhos parecendo não enxergarem o mesmo que eu.

Em um dos pequenos quadros pintados na tela, pude ver um dos meus hyungs gritando meu nome, logo em seguida na janela e em mais outra pequena moldura...

Estendi minha mão e me assustei ao ver que ela perpassou a tela, adentrando naquela obra recém-pintada.

- CÉUS! MAS O QUE É ISTO?! – Vincent exclamou em sua voz retumbante.

- Têrrún! – Adeline gritou meu nome e virei-me para olhá-la.

Seus olhos claros e suaves como a lua estavam brilhando, agora assustados e ela segurava entre as mãos, com força, o colar que lhe dei.

- Eu tenho que voltar. – Falei para os dois, ambos assustados – Vincent, eu não sou daqui. Acredite no que lhe falei no terraço do Café. Eu venho do futuro! - Falei animando-me por logo estar de volta para casa.

Cara a cara com VincentOnde histórias criam vida. Descubra agora