A primeira carta.

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Dante sentia seu coração bater acelerado contra o peito, como se o mesmo tentasse fugir de dentro de si.
Estava prestes a fazer a coisa mais ousada que já tinha feito em toda sua vida, e isso o assustava imensamente, mas ao mesmo tempo sentia que era a coisa certa a se fazer, precisava saber se estava tudo bem.
Tinha escrito uma carta para o príncipe, e se alguém descobrisse perderia seu emprego no palácio, decidiu então que por enquanto só assinaria a inicial de seu nome, e resolveu passar a carta por baixo da porta do quarto do príncipe quando ninguém estivesse olhando, seria muito arriscado pedir para entregarem.
Havia colocado a carta dentro de um envelope improvisado, mas muito bem feito.
Na carta estava escrito:
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Caro príncipe Arthur,

Gostaria de saber se está tudo bem com vossa Alteza, já fazem dias que não o vejo pelos corredores, e estou extremamente preocupado pois estou acostumado a ver o senhor todo o tempo alegrando onde quer que passe.
Peço desculpas pela minha intromissão, mas soube de sua perda recente, quero te desejar minhas condolências e espero que saiba que estou aqui completamente ao seu dispor, se precisar de qualquer coisa ou quiser conversar, me escreva, inclusive se estiver precisando de um amigo neste momento, por favor, não devemos passar por momentos difíceis como este sozinhos.
Peço desculpas antecipadas para caso eu esteja passando dos limites, se estiver sendo incômodo vossa Alteza pode desconsiderar esta carta, mas se quiser responder coloque vossa carta junto aos livros que serão encaminhados para a biblioteca real, eu a acharei, somente lhe desejo tudo de melhor.
Sinceramente D.
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Agora a carta estava entregue, e tudo que Dante podia fazer era esperar ansiosamente por uma resposta.

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