7 Motivos Para Se Casar Com Park Sunghoon

➵ prólogo

7 anos depois...

O mundo não havia parado de girar nem por um segundo se quer. Sempre fazendo seu trajeto e mudando a vida das pessoas. O destino delas.

As coisas mudam, elas sempre mudariam, era uma das regras da vida. E para o casal Jakehoon não seria diferente. Mas essa mudança era recorrente dos dias monótonos e desgastantes.

Jake seguiu carreira de psicólogo, já que amava a área e depois acabou começando uma segunda faculdade de filosofia. De manhã e de tarde atendia no consultório que ele próprio havia abrido e de noite estudava - já estava em seu terceiro ano.

Já Sunghoon seguiu um passo totalmente diferente do que todos pensavam que seguiria. Virou professor de música. Com o tempo, o homem entendeu que aquilo era sua paixão desde sempre, portanto, não tardou à ingressar numa faculdade. Mas havia uma coisa que Sunghoon não havia deixado. A patinação. Como todos pensaram que o Park abandonaria o que cresceu fazendo, foi um choque muito grande o ver falando que havia sido contratado profissionalmente. Então, ele dava aulas durante a manhã e tarde, para de noite treinar para as Olimpíadas que logo ocorreriam e que ele sempre sonhou em participar. Portanto, sempre chegava em casa muito tarde.

Jake e ele dividiam um apartamento em Seul e namoravam há sete anos. Mesmo depois de todo esse tempo, o amor entre eles não esfriou. O Shim nunca deixou de ser o homem manhoso que ainda pedia para o namorado fazer sopa e o Park nunca deixou de pedir para beijar Jake, mesmo sabendo que ele era seu há sete anos.

Mas como todo casal tem problemas, o deles não tardou à chegar.

O problema era: nunca tinham tempo para namorar.

Sunghoon chegava tarde do treino, exausto, deitava na cama, abraçava Jake, dizia boa noite e o quanto o amava e dormia. No dia seguinte Jake levantava mais cedo e saia, então só se viam no almoço e aos finais de semana — que era o único momento que eles podiam desfrutar de algo mais íntimo entre si.

Enquanto seus amigos já estavam todos casados, os dois ainda estavam ali, parados no tempo, porque nunca haviam conversado sobre casamento, sobre impor algo mais firme que um namoro de sete anos.

Jongseong, como um pai compreensivo e afetuoso, sempre conversava com Jake como se ele fosse sua filha de treze anos – a pequena e semelhante ao Park, embora fosse adotada, nossa querida Minseo. Jake apenas ria, porque Jay parecia realmente um pai pra ele. Jungwon apenas ria também, porque, todos sabiam, Jongseong sustentava uma carranca, mas sempre se rendia aos encantos da filha.

Sunoo e Nishimura eram os padrinhos dos filhos de Heeseung e Yuko. Isso mesmo. Filhos. O casal se apaixonou por dois irmãos que sempre estavam juntos e não se desgrudavam nunca no orfanato. Taewoo e Wooyeong. Os quatro se entenderam tão bem que conseguiram adotá-los mais rápido que Jay e Jungwon quando entraram em processo com Minseo. 

Agora o coreano-diabinho-de-cara-fofa - como Sunghoon costuma chamar - e o Japonês-que-não-é-o-Sasuke — como Jake chama, já que ele é maluco no Uchiha – não conseguiram adotar a criança que eles tanto queriam e amaram. O casal ficou arrasado. Haviam acabado de se casar e as coisa já não haviam começado tão bem assim. No entanto, não se abalaram e conseguiram no final do ano, resultando em comemoração no Blockbuster, barzinho que eles amavam.

Mas ali também havia um problema. Diante daquelas sete cadeiras, apenas seis estavam preenchidas. Sunghoon não havia comparecido e isso deixou o Shim triste. O namorado não havia tirado tempo nem pra comemorar com os amigos? Ele estava cansado daquilo. Aguentou por muitos meses a distância deles, do amor que estavam sentindo. Precisavam conversar.