Missão impossível parte final.

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Marília Mendonça Point Of Views

Olho para mamãe.

Ela parece surpresa e confusa. Sua boca levemente aberta em um perfeito O.

Vasculhando a sala, com o olhar, noto que meu pai nem ao menos parece incomodado com tudo. Na verdade, ele está mais preocupado em mimar Helena e seu braço quebrado.

Minha próxima parada é Duda.

A garota parece estar em êxtase. Um gigantesco sorriso toma seus lábios enquanto seu olhar intercala entre sua mãe e eu. Ao lado de Duda está o Math. Bom, estamos falando do Matheus.. E caramba! É o Matheus. O garotinho que me deu avisos sobre eu estar gostando da sua mãe é de protegê-la de todos.

Agora sei que ele fala sério.

Seu rostinho está transfigurado em uma máscara de pura raiva. Como sei disso? Matheus me encara como se possuísse a visão do Ciclope.

Que Deus não permita que Math acabe com meus planos. Amém!

Mudo meu foco de Math para Juliette, Luiza e Sarah. O olhar de minha amiga expressa algo como "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado" ao mesmo tempo, ela fez um sinal obsceno com as mãos. Sarah, que descobri ser a melhor amiga da patroa e, por tabela, uma santa já que tem o saco de aguentar Maiara Carla todos os dias, me olha com a sobrancelha arqueada porém um singelo sorriso estampa seus lábios. E Luíza? Bom, minha bebê dorme alheia a toda essa confusão.

Por fim, meu olhar recai sobre a ruiva ao meu lado. A ruiva mal-humorada, linda e que ostenta um imenso sorriso forçado.

Ah mas pelo menos é um sorriso.

- Mãe, eu sei que parece loucura..

- Loucura?! Meu Deus! - Mamãe passa as mãos pelo rosto. - São quatro. QUATRO, Marília!

Sinto o corpo da senhorita mau humor se contrair em meus braços. Maiara está pronta para argumentar quando um grito ecoa por toda a sala.

- QUATRO! Eu tenho quatro netinhos. - Mamãe se abana com uma das mãos. - Você é fogo na roupa em querida. Quatro?! Tem certeza que tem seu DNA, Marília? Além, é claro, da Maria Luíza?

Droga! Mamãe aceitou sobre Helena, mas não consegui tirar Luiza desse pacote. Ela acha que Mah tem ao menos um pouquinho de minha genética, como isso é possível? Pergunte a Dona Ruth.

Arregalo os olhos.

- O quê? Claro que tenho!

- Perguntei apenas porque acho que Helena é muito parecida com você quando era bebê. Marília já te mostrou fotos dela quando bebê, Maiara?

- Hãn.. Não. Nós temos pouco tempo de relacionamento.

- Tipo um dia, não é, mãe? - Ouço Math resmungar. Esse garoto está querendo minha morte, só pode.

- Oras, que tipo de educação é essa, Marília? - Pelo visto, mamãe não ouviu as palavras do senhor me aguarde que o que é seu está guardado. Pera, que frase confusa. - Eu vou buscar um álbum de fotos.

Oh não.. Dona Ruth não vai fazer isso.

- Mãe..

- Fica caladinha, fica. - Ela faz um passo de funk. Meu pai Eterno, fecha a sepultura da vergonha.

- Mãe! - Grito.

- Que é? E que grito foi esse? Te oriente, menina. E outra por que esse pudor todo? Você gosta de funk, querida? - Ela olha para Maiara que, por sua vez, está em uma tentativa falha de segurar o riso.

Operação Babá - Marília e MaiaraOnde histórias criam vida. Descubra agora