Que a loucura comece.

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Marília Mendonça Point of Views

Deus, essa cama é tão confortável, eu poderia passar a vida deitada aqui e..

- CARAMBA! - Dou um salto da cama quando sinto algo gelado quase me afogar. - Você quer me matar afogada, garota?

- Desculpa, Lila..

Meu Deus, onde fui amarrar minha jumenta?

Respira fundo, tentando não rodar a baiana com a garotinha que tem um olhar totalmente arrependido.

- O que você quer? Hum.. Quem é você mesmo? - Okay, não me culpem, são muitos nomes para se lembrar. Além do Matheus, não me lembro de mais nada.

- Eu sou eu. - Responde de maneira óbvia.

- Eu sei que você é você, mas quero saber quem é, entende?

- Eu sou eu, Lila.

- Ok. Acho que me expressei mal, qual das Marias você é?

- 'Malia' Helena. - Ela sorri tão encantadora que não consigo mais manter a pode de brava por ela ter jogado um copo de água em mim.

- O que você está fazendo acordada, Helena? - Bocejo entre uma palavra e outra.

- Vim dizer oi. - Reviro os olhos, enquanto pego Maria Helena no colo. Ela parece não se importar com minha roupa molhada.

- Oi. - Digo.

- Oi, gatona. - Um sorriso sapeca brinca nos lábios dessa pequena florzinha. Oh Deus, eu odeia facilmente sequestrar Helena. Minha mãe, certamente, a adoraria.

- Oi, gatinha. - Beijo a bochecha esquerda da garotinha. - Está com fome? - Caminho em direção a porta do quarto.

- Eu 'tá'.

- Eu também estou, melhor nós irmos procurar a.. Puta merda, mulher. - Dou alguns passos para trás quando abril a porta do quarto. - Você não acha que é muito cedo para exibir essa sua cara feia? Hãn? - Helena ri alegremente enquanto Dona Clotilde me fuzilou com o olhar.

- Por que as crianças não estão prontas?

- Prontas para quê?

- Como para quê? - Ela me encara profundamente. - Para o colégio. Para a aula. - Aula?

- Aula?

- Claro que sim, deixei a rotina delas por escrito.

- Onde?

A bruxa aponta para a escrivaninha que fica ao lado de minha cama, vou até lá totalmente envergonhada, não tive tempo nem de arrumar minhas coisas, quem dirá vasculhar o quarto. Tomo o extenso papel mas mãos.

Crianças prontas para o colégio as 7:00am.

Entrada no colégio 7:30.

Sete

E

Meia.

Olho rapidamente para o relógio que está sobre a escrivaninha. Fudeu.

- Como você espera que eu arrume quatro crianças em quarenta minutos? - Pronuncio, ainda encarando todas as atividades dos quatros P's ou, pelo menos, três deles. Como não obtenho resposta, levanto o olhar e só aí percebo que a velha coroca não está mais na porta.

- Vamos lá, Helena.. Parece que nosso café da manhã terá que esperar.

- 'Pol' quê?

- Porque você precisa tomar banho e se aprontar para o colégio. - Caminho em direção ao quarto de Helena.

Operação Babá - Marília e MaiaraOnde histórias criam vida. Descubra agora