Capítulo 25 |Pai...|

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|Hawks ON|

Depois que terminei o meu trabalho na minha sala mais tempo que o esperado, saí da minha agência deixando a Sayu no comando, desci normal dessa vez pelo elevador e saí pela porta, virei a esquerda pra ir pra base da liga pra dar uma volta e espairecer, estava caminhando por preguiça de voar, dei uns autógrafos e segui meu caminho normal, olhando pro céu e o vendo sem nuvens, pelo menos estava batendo um vento pra refrescar as coisas, estava me sentindo bem, isso até uma pessoa passar do meu lado e puxar o meu braço, na hora ia perguntar o porque daquilo, mas eu vi as asas... as asas vermelhas e paralisei, é o meu pai. Ele me levou pra um beco - e eu ja vejo que toda vez que entro no beco eu tomo no...

Henry: Keigo! Está de volta...

- Me solta...

Henry: Como está meu filho?

- Não é do seu interesse, saberia como estou se não tivesse me abandonado.

Henry: Eu... Oh não... O que aquela mulher disse a você?

- Nada... seria bom se tivesse dito algo antes de me deixar na rua, mas não disse - eu tentei soltar minha mão, falhei.

Henry: Filho, deixa o papai cuidar de você.

O olhar dele, ele estava mascarando sua loucura com um sorriso simpático, eu me lembro desse sorriso em frente a desconhecidos, ele acha que eu esqueci... mas não...

- Me solta, você não é o meu pai, apenas o cara que emprestou um líquido pra branco pra me dar vida.

Henry: Porque diz isso? Eu cuidei tão bem de você.

- Saí de perto de mim - Dabi, fica longe, se você tentar algo, pode acabar com o plano se ele sair vivo... - não vai vir agora pra minha vida.

Henry: Sempre estive na sua vida, EU SOU O SEU PAI... KEIGO TAKAMI!

- Não vou perder meu tempo com você, nessa hora meu pai de verdade está trabalhando e ganhando seu próprio dinheiro como herói ao invés de fazer essa merda.

Henry: QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA FALAR ASSIM COMIGO! - ele deu um tapa no meu rosto e começou a me puxar pelo braço.

- Pra onde você está me levando?!

Meu desespero aumentou quando eu comecei a me lembrar dessa mesma cena acontecendo na minha infância... ele me puxando pro canto da casa... pra cortar minhas asas...

Henry: Você vai aprender uma lição, você vai ficar bem... meu filho... - ele me levou pro fundo do beco, enquanto eu tentava fugir em completo desespero, e vi seu olhar de psicopata sobre mim, esses olhos... eles me dão tanto medo - só vai doer um pouquinho, eu juro... e depois você será bom que nem era quando era pequeno, quando se machucava e perdia as asas e eu te levava pra cama, tadinho do meu filho, pelo menos agora aprenderá a lição e depois vou levar pra casa pra descansar, olha eu trouxe a minha faquinha cega, agora calma meu querido, vai passar rapidinho.

Eu paralisei exatamente como eu fazia, não conseguia descrever o quão ruim era sentir isso de novo, mesmo se eu tentasse fugir não tinha espaço pra isso, não tinha como escapar, as penas das asas dele bloquearam a minha única saída, ele se aproximou de mim com a faca em mãos e virou meu corpo, senti a faca encostar nas minhas asas e eu apenas... fiquei ali suportando a dor em silêncio, eu era proibido de gritar... e agora... estava apenas derrubando minhas lágrimas enquanto sentia ele cortando as asas pela raiz, bem próximo a minha pele. Uma das asas caiu no chão quando foi cortada e o sangue escorreu por estar muito próximo a minha pele.

Ele fez a mesma coisa com a outra asa e eu sabia que não mudaria nada por agora... eu estava... sem elas... sem asas... quando a minha tortura se acabou ele se abaixou e pegou minhas duas asas e as penas dele voltaram pra sua asa, eu olhei pra ele tentando enxergar algo, vendo apenas o borrão do seu corpo, a sua maldita silhueta.

A minha melhor versão • DabiHawksOnde histórias criam vida. Descubra agora