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Assim que entrei na sala de aula, corri para o meu lugar e me debrucei sobre a mesa. Eu não estava aguentando manter meus olhos abertos, precisava lembrar de nunca mais sair para uma boate dia de semana.

Percebi a sala ficar em completo silêncio, levantei minha cabeça cabeça vi que a Professora Cheryl havia entrado na sala. Diferente dos outros dias, ela estava com uma aparência cansada e o semblante mais fechado que o normal, mas por incrível que pareça, ela ainda continuava linda.

– Peguem seus cadernos, hoje vocês irão responder algumas perguntas. - Mandou e se virou pra lousa começando a escrever as perguntas.

Peguei meu caderno em minha mochila e comecei a copiar as perguntas na maior lentidão. Nunca desejei tanto que Betty e Verônica fossem da minha sala nesse momento. Assim que a professora terminou de passar as perguntas, ela se sentou em sua cadeira e abriu um livro o que acabou tampando a visão de seu rosto. Enquanto eu terminava de copiar, senti meu celular vibrar no bolso da minha jaqueta. Olhei para a professora que ainda estava distraída em seu livro e o peguei em meu bolso. Escondi o celular um pouco abaixo da mesa para ela não ver e abri a nova mensagem que havia chego

Marjorie: Eu estava na dúvida se eu mandava ou não então eu pensei, por que não?

Marjorie:

Meu pai amado!

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Meu pai amado!

O sono até foi embora depois dessa.

Toni: Minha nossa senhora! Você não pode me mandar uma foto dessas enquanto eu estou em aula!

Marjorie: Me desculpe, eu não sabia😁

Toni: Cínica.

Toni: Você me deixou em um estado que nossa...

Toni: Eu vou ter que pedir para ir ao banheiro.

Marjorie: Quer ajuda?

Toni: Quando que você ficou tão safada assim?

Toni: Não que eu esteja reclamando...

Marjorie: Eu decidi me soltar mais sabe, eu estava muito insegura.

Toni: Continue assim, eu estou amando.

Toni: Quem sabe assim a gente não se conhece pessoalmente mais rápido uh?

Marjorie: Falando nisso... eu estive pensando, que tal a gente marcar um dia?

Toni: Oh Meu Deus! Você está falando sério?

Marjorie: seríssimo.

Marjorie: Que tal daqui a duas semanas?

Marjorie: Quero conhecer mais sobre você primeiro, mesmo eu tendo a quase certeza de quem é você.

Toni: Isso é injusto, você já sabe quem eu sou e eu não sei quem você é, mas por mim tudo bem.

Marjorie: Ótimo, tenho que trabalhar agora, até depois😉

Guardei o celular rapidamente quando vi a professora se levantando, não me dando tempo de responder a mensagem.

– Irei passar olhando os cadernos de vocês. - Entrei em desespero. Eu nem sequer havia terminado de copiar! Fudeu!

Por sorte, ela começou a passar na fileira da outra ponta, peguei minha caneta e comecei a copiar as últimas questões numa velocidade absurda, eu sabia que não ia dar tempo de responder tudo mas eu tinha que fazer algumas pelo menos. Peguei minha lapiseira e consegui responder apenas metade das questões que ela passou antes que ela chegasse em mim. Observei ela pegar meu caderno e passar os olhos por ele e logo o repousar em minha mesa novamente. Ela me olhou e respirou fundo.

– Por que só fez a metade deles? - Meu coração acelerou.

– E-Eu... eu não sabia as respostas. - O que não era uma mentira, eu chutei a maioria deles.

– Fique depois da aula, quero conversar com você. - Assenti.

A professora continuou seu caminho, olhando os cadernos dos outros alunos. Quando o sinal bateu, todos arrumaram suas coisas e começaram a sair da sala. Arrumei minhas coisas sem pressa já que eu ainda tinha que falar com a professora. Parei em frente a sua mesa e ela levantou o olhar para mim.

– O que a senhora queria conversar comigo?

– Toni, eu andei notando que você anda muito distraída nos últimos dias. Você não entregou o trabalho que eu pedi na data certa, não faz todas as lições de classe, você vai acabar ficando com vermelho assim, eu já falei com você sobre isso.... - Suspirei, ela tinha razão.

– Me desculpe, professora... - Observei ela se levantar e andar até mim, parando logo ao meu lado. Seu perfume invadiu minhas narinas me deixando fraca.

– O que anda acontecendo? Você não era assim antes, ainda não falou com a menina?

– Eu... eu... - Suspirei. - Eu não consegui. - Cocei a nuca em um gesto de nervosismo. - Acho que vou acabar com tudo o que temos e como eu disse, eu não quero isso.

– Você acha? Tenta falar com ela - Arqueou uma sobrancelha e sorriu fraco. Senti minhas bochechas esquentarem. - Olha, semana que vem será minha prova, se você não tirar uma boa nota nela você ficará de recuperação.

– Eu vou dar o meu melhor.

– Eu espero, sabe que sempre pode pedir minha ajuda, ok? - Assenti. - Tudo bem, pode ir agora. - Sorri mais uma vez pra ela antes de sair da sala apressadamente.



Minha professora de arteOnde histórias criam vida. Descubra agora