São as emoções de fim de ano.

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O fim de mais um ciclo
e novamente fui surpreendida 
pelo que chamamos de destino, 
talvez eu tenha encontrado 
alguns karmas 
durante essa caminhada, 
mas eu não mudaria nada 
se me perguntassem. 
Aos poucos tenho voltado
a me sentir em casa
comigo mesma. 
Eu vivi bilhões de anos 
em apenas alguns dias, 
errei em escolhas e 
acertei outras. 
Me arrependi 
e me escondi, 
chorei e sorri. 
Gritei achando que era o fim, 
chorei mais ainda quando 
percebi que não era. 
Eu me vi em lugares e situações 
que eu nunca estive antes, 
mas tentei ser forte por quem 
ainda precisava de mim. 
Me coloquei em situações de risco 
e voltei com alguns velhos hábitos, 
eu não me orgulho disso. 
Corri atrás dos meus sonhos 
e vivi os melhores dias da minha história, 
só que também passei 
pelos piores dele. 
Conheci novas pessoas 
de amigos de amigos que 
conheciam outros amigos, 
eu me libertei. 
Criei novas memórias às três da manhã 
com quem nunca vi na vida
enquanto dançava e bebia, 
andava na rua as quatro. 
Visitei lugares que eu nunca mais 
tinha se quer pisado, 
mas ganhei o melhor pôr do sol 
que eu pude vivenciar. 
Me fantasiei e me joguei em 
todos os jogos possíveis, 
talvez porque eu quisesse fugir
do que era real pra mim. 
Mas eu vivi todos os dias 
intensamente, 
mesmo que quisesse morrer. 
Eu me culpei por momentos
que não tinha culpa e por outros 
que apenas dependiam de mim. 
Foram inúmeras novas experiências. 
Fechei os meus ouvidos pra realizar 
o meu maior objetivo, 
porque as pessoas conseguem ser 
cruéis quando querem. 
Me senti incapaz, 
mas fui renovada quando 
me aplaudiam de pé 
enquanto a vida me provava 
o contrário. 
Eu sou a minha suficiência. 
Ainda sinto as vibrações 
do que é viver seu sonho. 
Me distanciei de quem eu achava 
que era real comigo, 
me senti sozinha em uma sala cheia. 
Ouvi histórias que eram mentira, 
cantei desesperadamente. 
Não foi o melhor dos anos, 
mas também não foi o pior. 
Conseguiu ser lindo porque 
foi diferente. 




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