Entre guerras

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Existem muitas metáforas sobre o amor.

Alguns dizem que ele se assemelha ao gelo, por ser frio e duro, difícil de quebrar e pelo fato de derreter. Outros dizem que se assemelha ao fogo, por ser quente e intenso, capaz de destruir qualquer coisa a sua frente.

Particularmente, pelo que provei dos dois, eu prefiro a ideia do fogo.

Era tudo oque ele me fazia sentir.

Meu estômago embrulhava e revirava com sua chegada. Ao vê-lo, as delicadas pupilas em meus olhos dilatavam. As batidas de meu coração disparavam loucamente e minha pele soava.

Seus olhos escuros e profundos, me mostravam a beleza da escuridão. A escuridão, que nos cercava sempre, embora nunca deixara de ser encantadora. Eu me deixei levar por ela.

Seu jeito marrento me fazia refém. Os suspiros e faladas em meu ouvido... que faziam meu corpo arrepiar da forma mais louca possível.

Loucura. A nossa loucura. Nossas loucuras juntos. Os momentos em que eu me sentia viva.

Sua presença, a razão de meu nervosismo. Sua voz, o motivo de minha calmaria. Seu toque, meu delírio. Seu abraço, minha paz. Seu beijo, meu vício.

Eu já não controlava o desejo.

Para mim, o sinônimo mais belo de "muito" é "perdidamente".

Sim, eu estava perdidamente apaixonada por ele.