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William nunca teve grande comemorações em seu aniversário, na realidade, a primeira vez que ele recebeu algo de aniversário foi quando entrou para os cervos cinzentos e Julius lhe deu um pequeno bolo. Depois que se tornou capitão ele passou a receber pequenos presentes de seus membros, mas nada como uma festa ou sequer uma pequena comemoração. O motivo disso? Simples, ele nasceu na véspera do natal.
Isso nunca o afetou na verdade, para ele aquela data era só mais um dia normal, com algumas memórias ruins, já que era um dia onde ficava mais escrachado para ele, em sua infância, como sua família não se importava com ele. Ele se tornava praticamente um servo, tendo que ajudar com as preparações para a tal data comemorativa.
Ele normalmente não ia nas reuniões de natal que alguns esquadrões preparavam. Tendo ido em apenas duas, para manter sua imagem e auxiliar de certa forma Patolli com seu plano, mas isso havia mudado, ou melhor, alguém havia mudado isso.
[Nome] [Sobrenome], era uma nova recruta do esquadrão. Seus pais haviam sido mortos por ladrões quando ela estava trabalhando como professora em uma vila próxima, depois daquele dia, ela largou seu emprego e passou a treinar para se tornar uma cavaleira magica. Era de sua vontade proteger aqueles que não tinham como se defender, assim como seus pais. Sua família era nobre, não que se importassem de fato com isso, mas por esse motivo ela tinha uma quantia de mana considerável e um poder incrível.
Quando ela notou que, apesar de ser composto de nobres e membros da realeza, que com certeza teriam muito a ganhar voltando para suas casas, uma boa quantia de pessoas havia escolhido ficar no QG, e na visão da mulher, seria triste manter todos em seus quartos, quando se tem dois grandes motivos para comemorar.
Sendo um deles o um ano de vida que seu capitão havia completado, que ela descobriu por meio de Alecdora, que estava preparando dois presentes com o nome de Vangeance, não que isso fosse algo estranho vindo do maior adorador de William.
Foi assim que [Nome], Alecdora, Klaus começaram a organizar a pequena celebração. Cada membro que havia ficado se responsabilizou por uma parte das decorações e comidas.
William, que havia ficado o dia todo em seu escritório trabalhando, escutou algumas batidas na porta, que ele imediatamente reconheceu como sendo de [Nome], já que ela era a única que batia com ritmos de músicas, cada vez uma diferente.
—Pode entrar, senhorita [Nome].
A garota de cabelos [cor] abre a porta, saltitando ela vai até o platinado.
—Senhor Vangeance, poderiamos conversar por um momento?
O homem concorda com a cabeça, um sorriso em seus lábios.
—Podemos ir até o pátio? Não me sinto muito confortável em um ambiente tão fechado...
:¡!—P.O.V On William Vangeance—¡!:
Fico um pouco confuso com a afirmação da mesma. Não era sempre, mas ver [Nome] por horas no meu escritório, enquanto eu assinava os papéis de novas missões não era algo novo, na realidade, era algo muito comum.
Ela sempre dizia que gostava de fazer companhia para mim, já que para ela meu trabalho era muito chato, mas não vejo motivos para questionar.
—Claro, porque não? Eu já estava quase terminando isso mesmo — vejo um sorriso abrir nos lábios da mesma e inconscientemente isso se repete comigo.
Saímos andando pelos corredores em silêncio, não era desconfortável, com ela nunca, mas era estranho. Raro eram os momentos que via ela em silêncio. Ela normalmente estava sempre atormentando Alecdora ou conversando com Mimosa.
Eu entendia sua união com a Vermillion pelo fato de seu trabalho anterior ser com adolescentes, mas com Alecdora... Isso já era um mistério, então acreditava que ela tinha sentimentos românticos por ele. E isso não me afetava em nada sinceramente, mas devo admitir que ultimamente não é a coisa mais fácil de lidar.
Assim que chegamos no pátio entendo seu motivo. Tudo estava decorado com balões azuis, brancos e vermelhos, no centro tinha uma árvore de natal com pequenas miniaturas de minhas máscaras, nos lugar das habituais bolas e no topo, no lugar da estrela, o simbolo do nosso esquadrão. Mais a frente uma mesa, nela um bolo, vários doces e salgados.
Sinto meus olhos arderem e uma única lágrima rolar por minha bochecha.
—Eu... Não acredito que fizeram isso. Vocês estão de folga, deveriam estar em casa, não se importando em fazer algo assim para mim.
—Se me permite — começou Klaus —Fizemos isso porque gostamos e admiramos muito o senhor. É algo pequeno por tudo que fez por nós.
—Muito... Obrigado —abro meus braços, envergonhado, e [Nome] é a primeira a entender oque eu queria com aquilo.
Ela me abraça, fazendo final para os outros se juntarem. Que é justamente oque acontece.
[ . . . ]
—Me chamou capitão? —[Nome] pergunta, já entrando na sala.
—Sim —deixo os papéis de lado e me levanto, indo até onde ela esta —Sei que pode parecer meio estranho te chamar aqui agora, mas eu ouvi de Alecdora que a ideia da festa tinha sido sua, não que eu já não imaginasse, por isso gostaria de agradecer. Eu comprei... Isso —falo tirando um pequeno anel, prateado e em seu centro uma linda joia [cor dos seus olhos].
—Ai meu Deus, capitão! Não posso aceitar isso! Oque fiz foi apenas um ato comum de amigos, só te ver feliz já é o melhor presente.
Sorriu com a fala dela.
—Mas aceitaria isso se fosse na verdade um anel de namoro? — questiono já vendo os olhos da mesma se arregalarem.
—N-namoro?
—Digamos que você ter sido a responsável pela festa não foi a única coisa que perguntei para Alecdora —falo meio envergonhado, sentindo minhas bochechas queimando —Gostaria de namorar comigo?
—Claro claro! —ela responde corada, mas logo um olhar sério toma sua expressão —N-não teria nenhum problema?
Nego com a cabeça. Ela estende a mão para mim e logo coloco o anel da mesma.
—Ficou perfeito em você...
—Esse foi sem dúvidas o melhor presente de natal que eu já ganhei —ela comenta, um sorriso de orelha a orelha.
—Gostou tanto assim do anel?
—Gostei, mas não digo sobre ele, sim sobre você.
...
Ei, pessoal. Boas festas para vocês e um feliz aniversário para a bela adormecida.
