Cap. 3 | Babaca Homofóbico

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[ Tanaka Shoto ]

Já tinha se passado alguns meses desde que eu entrei naquela escola idiota, mas não era tão ruim assim quando eu tinha um amigo.

Aquele idiota do Ichido ainda enche o meu saco, mas o Yamamoto disse para eu ignorar ele. Isso fica cada vez mais difícil.

O garoto loiro estava dizendo a mesma coisas há dias, que eu estava apaixonado por ele e isso é nojento.

Até que eu resolvi conversar com ele, Yamamoto disse que tudo se resolve melhor com diálogo.

Eu fui na direção daquele garoto, que eu me arrependo dizer que eu já achei bonito e o chamei.

— Ei, imbecil!— Chamei e ele me olhou na hora. Eu riria se não estivesse com raiva.

Eu peguei na gola do uniforme dele e o empurrei contra a parede.

— Quer parar de fazer isso?!— Exclamei com raiva empurrando ele com mais força contra a parede.

— De fazer o que?— Perguntou ele com inocência falsa e eu fiquei com mais raiva.

— Para de fazer bullying comigo, seu homofóbico de merda!— Gritei, ele olhou em volta e viu que não tinha ninguém, então se aproximou de mim e soltou um sorriso provocativo.

— Não precisa arrumar uma desculpa para me beijar.— Disse ele ironicamente e eu soquei com toda a força que eu tinha a parede ao lado da cabeça dele.

— Eu sinto que na realidade você que quer me beijar, por que você fala toda hora sobre isso? Por que você é tão obsecado por mim?— Perguntei me aproximando dele. E algo que eu nunca pensei que aconteceria, aconteceu. Ele corou.

Mas não só corou de leve, ele corou tanto que parecia um morango. Eu fiquei tão surpreso que me afastei dele.

— Você é que quer me beijar.— Murmurei me encostando na parede ao lado dele.

— Não sei do que você está falando!— Exclamou ele ainda corado e eu revirei os olhos.

— Eu vi você corando, cara. E você olhou para a minha boca quando eu estava perto de você.— Disse os fatos e ele corou mais, se possível.

Não é possível.

— Não é verdade.— Ele sussurrou.

— Você só tava sendo um homofóbico de merda porque só queria esconder quem você é verdadeiramente.— Eu disse e ele abaixou a cabeça.— Isso é muito escroto, cara.

— Eu sei.— Ele disse com a voz meio trêmula.— Mas eu não sabia, e ainda não sei, como lidar com isso. E eu fiz você sofrer bullying. Eu não sabia o que fazer, meu pai sempre foi um idiota homofóbico e foi um choque terrível quando eu descobri que queria beijar você. Eu não sabia o que fazer.

— Entendo. Mas isso não significa que você tem que fazer bullying com outra pessoa por causa disso.— disse e ele acenou com a cabeça. — Isso não significa que eu te perdoo ou que eu quero beijar você também.

Ele abaixou a cabeça, mas acenou tristemente.

— Só...não faça mais isso, ok?— Falei olhando para ele agora que assentiu com a cabeça, então eu sorri.— Você ainda vai encontrar uma pessoa que quer beijar você também.

Ele sorriu tristemente e desviou o olhar logo depois.

— Desculpa. Eu fui um babaca.— Se desculpou e eu fiz um som com a boca.

— É, eu sei.— Ele olhou para mim com dúvida.— Mas eu sei que você pode melhorar, cara. Talvez no futuro póssamos ser amigos.

Ele sorriu mais confiante dessa vez e se virou para mim.

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