Capítulo 4

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Aziraphale o abraçou ainda mais forte, e acariciava seus cabelos e suas costas e deixava uma de suas asas envolta de Crowley, que foi se acalmando, e parou de chorar, mas não se afastou do anjo, agora ele o segurava ainda mais forte.

- Eu não imaginava que você tinha esses tipos de sonhos, sinceramente eu não sei como ajudar querido.

- Você já está. – Crowley disse com a voz abafada pelo peito de Aziraphale. Ele não falaria, mas em sua mente sabia o motivo: "Você está aqui agora, isso e a maior ajuda que você poderia dar, pois mesmo que eu tenha outro pesadelo como esse sei que você estará aqui para me lembrar que e apenas um sonho ruim, assim que eu abrir os olhos"

- Me sinto culpado, eu pedi para você dormir aqui...

- Não Anjo, isso não e culpa sua. – Crowley olhou para Aziraphale, sentia o gosto amargo da tristeza presente em seu Anjo. – Eu sou um demônio, tenho só pesadelos dês que comecei a dormir, mas acho que como tenho mais a perder os pesadelos pioram.

- Acho que eu entendo, meu querido. – Aziraphale sentiu o toque de Crowley em suas asas, era um toque tão gentil, mas ao mesmo tempo tão triste, ele não entendia. Ambos não disseram mais nenhuma palavra após algum tempo Crowley adormeceu e Aziraphale logo em seguida, a noite foi tranquila e Crowley não teve nenhum pesadelo, ou sonho, apenas adormeceu.

Pela manhã Aziraphale foi o primeiro a acordar, após alguns poucos minutos, abraçou Crowley, que estava de costas, o Anjo acariciou lentamente o Ruivo para que ele acordasse.

- Bom dia, meu querido.

- Er. – Apenas resmungou Crowley se aninhando ainda mais na asa que o cobria.

- Espero que tenha dormido melhor. Eu estive pensando...

- Você faz isso. – O demônio tinha dormido muito bem, mas não deixaria transparecer tão facilmente, precisava manter a reputação que ainda restava.

- Talvez, só talvez, se você achar uma ideia ruim pode falar na hora...

- Anjo, me fala o que você pensou. – Interrompeu Crowley percebendo o nervosismo de Aziraphale, isso era divertido.

- Você... poderia, se quiser, se... se mudar, pra minha casa.

- O QUE? – Crowley disse acordando totalmente, estava bastante surpreso com o convite de Aziraphale, mas o Loiro não entendeu dessa forma.

- Me... me desculpe, foi uma ideia terrível, eu só pensei sobre isso por que você sempre ficou muito tempo lá, e... e... muitas das suas correspondências chegam na livraria... – Crowley se virou para Aziraphale.

- Aziraphale! – Crowley segurou as mãos do Anjo que estava com os olhos fechados, quando Aziraphale abriu os olhos viu o sorriso do demônio e sorriu junto agora percebendo os sentimentos de felicidade que vinham dele. – Eu gostei, estou surpreso que você tenha sugerido isso, mas gostei muito da ideia.

- Que bom. – Aziraphale respirou aliviado. – Eu já pensei o que faremos sobre o espaço, no andar de ci...

Crowley não deixou Aziraphale continuar, estava muito feliz, mesmo que fosse muito bom ouvi-lo falar sobre como seria a casa e como ele já havia pensado muito sobre isso, beija-lo nesse momento seria ainda melhor.

Ambos estavam felizes e a ideia de deixar aquele beijo com caricias algo mais intimo foi algo natural para ambos, as conversas de como seria a mudança e de como ela seria feita seriam deixadas para depois, eles precisavam estar juntos agora, apenas sentindo um ao outro.

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