A Serviço Do Rei

O Baile

Era noite nublada, quando três ladrões decidiram furtar a Mansão Bishop na tentativa de fazerem o último furto na cidade, para se livrarem do Arqueiro que os perseguiam.

Os Bishops seriam um grande roubo, o suficiente para deixá-los tempo suficiente na estrada, além do mais a família Bishop eram donos de um dos mais renomados bancos de Greevinglow, o Banco Bishop.

A casa em si não traria tanto dinheiro quanto roubar o próprio banco, porém seria mais fácil.

Silenciosamente, invadiram a casa enquanto todos dormiam. O que eles não esperavam era que ao sair seriam surpreendidos por uma menininha, que acidentalmente acordou no processo.

Enquanto discutiam o que fazer com a menina, a mesma decidiu correr para avisar seu pai, já que a mãe estava fora, como sempre.

No mesmo momento os homens decidiram fugir da casa antes que algo os parassem.

Porém antes que Kate, a menina, chegasse ao outro cômodo, viu da janela um homem derrotar os três ladrões simplesmente com um arco e flecha
Aquilo encheu os olhos da criança.

Agora eles estavam a salvos e seus bens recuperados. Mas logo pela manhã Kate se certificou de saber quem era aquela pessoa que os salvou com seu pai.

— Quem era o homem de ontem, pai? — ela perguntou.

— Filha, o papai já resolveu isso com os homens — ele sorriu para ela sem querer lembrar do dia passado. — Eles não vão voltar.

— Não, eu me referia ao Arqueiro. — Mesmo estranhando a resposta do pai, por estar mais cativada em descobrir quem era o Arqueiro, ignorou.

— Ah! Esse é o Gavião Arqueiro, ele é um bom homem.

Kate sentia que tinha que conhecê-lo e a pequena tinha certeza que a partir de agora queria ser igual a ele, uma heróina.

Por isso, com o passar dos anos, Kate fez questão de ir se aprimorando, fazendo diversos esportes e lutas.

A menina nunca conseguiria fazer o que fez sem a ajuda de seus pais, pois não era qualquer pessoa que podia fazer esportes e lutas principalmente se não fossem ricos — o que não era problema para um Bishop — ou homens e isso trouxe um grande desafio para sua inclusão.

— Por que você não socializa na escola? Sabe que não é qualquer um que pode ter uma escola, principalmente na sua idade, Katherine? — Eleanor, a mãe de Kate reclamava do comportamento da filha na escola.

— Eu não gosto deles e nem queria ter que ser como eles, com suas vidas privilegiadas e protegidas, isso é ridículo! — exclamou a adolescente em uma careta para a mãe.

— Você sabe que você também é assim! Agradeça a oportunidade, pois não são todos que tem! — ela repreendia a filha pelo que dizia.

— Mas eu não pedi! — Kate se retirou da sala zangada e deixou a mãe sozinha com o pai.

Derek, o pai, sorria, o que deixou Eleanor extremamente indignada.

— Ela é realmente minha filha — disse ele.

— Por ser ingrata? — ela arqueou uma sobrancelha insatisfeita. — Claro, Derek.

Kate teve que ser muito forte para continuar a fazer o que tinha prazer no meio de tantas pessoas que lhe trazia desgosto e desmotivação.

Além de serem completamente "nariz em pé", a olhavam com um certo desdém por suas atitudes fora do normal para uma moça.

Após investir nos esportes e ter grande foco no arco e esgrima, surgiu a vontade de competir, mas isso não era possível para uma mulher, principalmente jovem.