Quem Sabe um Dia, Sakura?

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Ino estava dormindo no sofá e quase caiu do mesmo quando ouviu a porta da sala bater. Desorientada e assustada, ela se ergueu bruscamente ao avistar Sakura ter retornado. Ela olhou para o céu claro através da varanda e a luz do sol começar a invadir o ambiente. Era outro dia e ela pensou que o tempo tinha passado muito rápido. A sua amiga entrou em silêncio. Na verdade, Sakura permaneceu o caminho inteiro em total mudez. O táxi tinha sido chamado e pago pelo Madara e sem muita cerimônia de despedida, ela se foi. Nem mesmo o elevador foi invadido por ela porque Sakura subiu os degraus até chegar no nono andar do prédio e o seu cansaço não era maior no momento. O corpo caiu no sofá, deixando-a sentada no banco enquanto os seus olhos encaravam o vazio da sala. Ino se preocupou e buscou analisar cada parte visível da pele de Sakura no intuito de encontrar algo que pudesse lhe dar a resposta para a sua grande questão. Sabendo que não iria descobrir nada, resolveu proferir a pergunta, mas tudo o que recebeu foi o silêncio. A amiga estava mergulhada em seus próprios pensamentos como se fosse uma esquizofrênica dentro da sua própria loucura. Uma catatonia que dava medo em Ino e que não sabia se deveria se aproximar ou tentar arrancar algo das cordas vocais da rosada. Então, tudo se limitou no pequeno gesto de bondade em tirar os sapatos de Sakura que lhe espremiam os dedos. Ino sentou-se no chão e também baixou as meias, nada foi visto marcado nas coxas. Contudo, apesar de todas as coisas que estavam acontecendo, algo lhe chamou a atenção. Sakura havia chegado, carregando duas caixas brancas e que tinha deixado sobre a mesa no canto. Curiosa, Ino se aproximou e abriu, olhando em choque para os objetos que obviamente tinham sido limpos e esterilizados, assim para um futuro uso. Ela estava em choque porque diante dos encontros que já teve, ela nunca tinha recebido o mesmo. É claro que havia ganho alguns mimos, mas eram joias caríssimas e de marcas. Mas brinquedos sexuais não. Ela não iria conseguir aguentar o suspense e questionou mais uma vez a amiga que levou um tempo para dizer alguma coisa. Sakura se levantou do sofá e sem olhar para Ino, disse:

- Preciso tomar um banho. - e seguiu calada até o cômodo, onde deixou a porta aberta, tirou a roupa e entrou debaixo do chuveiro. Ino a acompanhou e percebeu que a água estava gelada, mas Sakura não se importava. Molhou o cabelo e não era um banho comum. O intuito não era se limpar, mas acordar de uma vez por todas de tudo o que aconteceu. Se secou com uma toalha, vestiu uma roupa limpa e sentou-se na cama. Ino ficou encostada na parede com os braços cruzados. Sakura deu um longo suspiro e finalmente encarou a amiga. - Madara Uchiha.

Ino arregalou os olhos em total estado de choque. A sua mente foi rápida em associar a situação.

- Está falando sério? - Sakura balançou a cabeça na afirmativa e sem querer, Ino soltou um palavrão. - Put@ que pariu! - ela caminhou para todos os lados ainda em desorientação. - Não é possível! Como? Tem certeza disso?

- Ele me falou e não duvido disso.

- Sakura, isso é... Tudo isso é loucura! Eu não consigo acreditar.

- Na hora eu também não acreditei até chegar aqui e sentir a água gelada cair no corpo.

- Qual é a chance disso acontecer? Não tem sentido! O que um cara como ele faria em um site daquele?

- Talvez um passatempo. - mexeu os ombros. Ino sentou ao seu lado na cama.

- Meu deus! - ficou assustada. - Será que ele viu você no bar? Sakura, ele controla aquele lugar!

- Bem... ele falou que me viu no bar, mas eu não o vi por lá.

- É claro que não viu! Ele não anda por ali, Sakura! Quem fica naquele lugar são os capangas dele.

- E como ele me viu?

- Câmeras! - quase gritou. - Tem câmeras em todo os lugares ali e além do mais, ele sabe de tudo o que acontece no Distrito.

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