Capítulo 12

635 64 2
                                    

Regina estava bem aérea depois dos últimos acontecimentos, ela até mandou algumas mensagens para Emma, ela estava preocupada com a loira, apesar de confiar muito que a loira não faria nenhuma besteira, ela tinha medo.

— Gina?

—Oi Zel. —  A morena olhou para irmã parada no batente da porta.

— Como você está ?

— Na verdade não muito bem. Eu não sei direito o que fazer, e isso é raro.

— Gina, lembra quando você me falou que o amor não é sobre encontrar sua outra metade,  ou aquele alguém perfeito, que o amor é sobre o tentar, é estar disposto a se arriscar pra ter algo único na vida.

—Sim, foi assim que você disse que a Ruby era especial pra você.

— A Emma é especial pra você, então da o espaço dela, que a hora que ela estiver bem para conversar com você ela vai te procurar. Ela só ficou chateada, e eu vou resolver o que for preciso resolver na parte jurídica.

— Onde você vai tão bonita?

— Ruby Me chamou pra jantar na casa dela, disse que Emma não ia passar a noite lá e que ela queria falar comigo sobre a volta dela ao exercito.

— Zel...

—Está tudo bem, estou indo com a maior esperança de que tudo dará certo, e se ela disser que vai pro exercito espero encontrar minha irmã com seu melhor cafune.—  Regina se levantou e abraçou Zelena.

— Você é incrível amor, e ela seria louca se deixasse você escapar. Mas vou estar aqui, e quanto a Emma eu vou parar de mandar mensagens para ela, se ela vai dormir fora de casa ela deve estar bem.

—Regina. —  a ruiva virou os olhos. —  Ela vai dormir na casa da avó da Ruby. Mas não vou tentar te explicar isso agora, só acho que você precisa relaxar. — Zelena se despediu da irmã e saiu, e ela então fez suas coisas e foi se sentar com seu pequeno que ficou a olhando um bom tempo até falar.

—Mãe porque os adultos complicam tanto a vida?

—Como assim querido?

— Eu ouvi tudo hoje. Porque você e a Emma não podem simplesmente ficar juntas?

— Querido eu e a Emma, somos só amigas.

— Mãe eu sei que não são só amigas. Eu sou pequeno e quase ninguém me vê, então eu consigo ouvir muitas coisas., Regina olhou bem o garoto que continuou a encarando.

—Querido, eu ...

— Você tem medo, e a Emma também. Mas quando duas pessoas estão com medo se elas ficarem juntas o medo vai embora. É igual quando eu estou com medo do escuro, a senhora fica comigo e o medo passa.

— Eu prometo que amanhã vou procurar ela tá bem ?

— Parece bom.

— Meu mini psicólogo.— Henry deu risada e se ajeitou na cama. Regina ficou ali fazendo carinhos no pequeno e assim que ele dormiu ela se levantou, foi para seu quarto, tomou uma ducha e deitou na cama, encarou as mensagens que havia mandado pra Emma e nenhuma havia se quer sido visualizada. E ela até cogitou apagar algumas, pelo menos as recentes, nas foi naquele minuto que a loira ficou online e todas as suas mensagens  deram visualizadas. E ela até pensou em sair da conversa de Emma, mas ela não ligava de ficar na cara que ela realmente estava esperando por ela ansiosamente. Logo um digitando apareceu, e ela até engoliu em seco.

— Preciso conversar com você. Está acordada ainda ?— Emma mandou.

— Amanhã temos horário.— Regina deu de sonsa.— É algo que não possa esperar?— Regina enviou e viu Emma sumir do aplicativo, o que a fez se arrepender da forma que respondeu. Ela levantou e começou a andar de um lado pro outro e olhava o celular a cada meio segundo na esperança de Emma dizer qualquer outra coisa. Ela estava tão distraída que não percebeu a chuva do lado de fora e acabou se assustando com um trovão. Ela deu um pequeno pulo e respirou fundo e logo em seguida sua campainha tocou — Quem será essa hora, só falta Zelena ter brigado feio com a Ruby e ainda ter esquecido a chave.— A campainha tocou outra vez enquanto ela já ia a caminho. — Meu deus eu já vou.— Ela pegou um pequeno chalé e se enrolou nele, e assim que abriu a porta ela ficou paralisada por meio segundo ao ver Emma Swan totalmente encharcada.

— Não preciso da Regina médica ou amiga, preciso da Regina mulher, e eu não posso esperar até amanhã porque eu vou enlouquecer se não conversar com você hoje.— Regina a puxou pra dentro e fechou a porta.

— Emma não precisava sair na chuva, podia me dizer isso por telefone, eu te ajudaria da melhor forma possível.— Regina insistiu, pegando uma toalha no armário próximo a elas.— tira essas roupas molhadas.— Emma obedeceu e tirou sua blusa de frio encharcada e sua regata ficando apenas de sutiã na frente de Regina que não disfarçou o olhar pros seios da loira. E quando encarou os olhos dela ficou corada
— Perdão, eu não pude.... foi mais forte que eu.— Regina deu as costas. — termine de tirar a roupa.

— Ok, de costas acho que consigo falar com você. É mais fácil, então fique assim.

— Ok.— Regina apenas disse.

— Eu preciso de você, eu gosto de você. E Ruby me contou porque de você pedir nossa volta ao exercito  e o porque de você não dizer nada. Desculpe se fui horrível com você. Mais imaginar que alguém que eu gosto tanto não dá a mínima pra mim machuca.

— Eu sei que machuca, e eu não quis machucar você Emma. Pelo contrário.

— Você não estava nos meus planos, e o Henry também não. Foram um presente lindo que ganhei, e eu quero aproveitar esse presente ao máximo. E eu estou falando tudo isso, porque quero que saiba como eu me sinto Regina, eu estou apaixonada por você e se você não sentir o mesmo está tudo bem. Mas se você sentir, só vou te pedir pra ir com calma comigo. Porque você sabe  melhor que ninguém, que eu sou minha própria bomba relógio.

— Eu posso virar?— Emma respirou fundo.

— Sim.

— Eu gosto de você Emma, e você sabe disso.— Emma sorriu.

— Eu de verdade só precisava ouvir isso hoje.

— Vem você precisa tomar um banho ou vai ficar doente.— Regina puxou Emma pela mão e elas foram pro quarto da morena, a loira logo entrou no chuveiro e Regina ficou sentada na cama pensando nas coisas. Ela obviamente estava louca para agarrar Emma, mas sabia que as coisas tinham que ir com muita calma e que talvez levasse muito tempo até o primeiro beijo delas com ambas permitindo. A loira saiu do banheiro secando os cabelos, ela vestia o pijama que Regina emprestou. Um baby doll preto, a morena tentou não olhar muito, mas isso era impossível. — Então. Me explica melhor o que aconteceu.

— Eu ainda estou processando tudo. Mas pelo que entendi, minha mãe  junto com meu superior  decidiram que eu e a Ruby precisamos voltar ao exercito para passar por um tipo de cura gay.— Regina franziu a testa.— Por isso ele fez você assinar os documentos. Minha mãe foi até a avó  da Ruby e disse tudo isso a ela, que ela precisava encontrar Ruby pro exercito pra ela ser curada e ter uma vida normal. Ruby ficou passada por minha mãe querer me mandar de volta pras mãos de um cara que está na cara os meios que iria usar.

— Meu Deus Emma, eu juro que eu não sabia de nada disso, se isso tivesse passado pela minha cabeça eu preferia perder o emprego do que tentar te mandar pra ele.

— Está tudo bem Regina. Me perdoa por ter sido tão grosseira com você. Eu só fiquei chateada de imaginar que você me queria longe.

—Eu não te quero longe.— Regina pegou a mão da loira e fez um carinho, mas logo soltou a mão dela e se ajeitou na cama ficando sentada com as costas apoiadas em seu travesseiro.— Vem cá.— Regina fez um gesto chamando Emma para seu colo. E a loira foi, meio que com receio mais foi, e se deitou ali entre as pernas de Regina e apoiou sua cabeça em seu peito. A morena começou a fazer carinhos nela e mexer em seu cabelo. —Eu sei que você precisa ir devagar, e eu prometo que vou desacelerar o quanto você precisar loira. Mas eu realmente adoro você.— Emma sorriu feito uma criança e acariciou a mão de Regina que estava em seu rosto. A puxou é deu um pequeno beijo em sua mão.

— Você me faz sentir tão bem. Claro que eu não imaginei que estaria aqui deitada assim com você. Mas é  ótimo ter esse tipo de carinho seu. Eu tenho tentado brigar com esse sentimento dentro de mim, tenho tentado negar.

— Eu sei. É natural,  faz pouco tempo que perdeu seu marido, seu lado racional não consegue aceitar que se interessou tão rápido por outro alguém. Então sua emoção e a razão  estão se enfrentando pra decidir o certo ou errado dentro de você.

—Eu adoro o tempo que passo com você  e juro que nem sei como isso começou.

— Eu acho que me apaixonei por você no primeiro dia que nos vimos. Aquela coisa toda da época de escola veio com força. Mas Emma sei que fui imatura em algumas coisas...

— Eu também fui...

— Mas quero que saiba que estou aqui, como médica,  como amiga e como mulher. E se pra você por enquanto seu limite é  esse.— Regina falou se referindo a ela estar deitada em seu peito recebendo carinho.— é até aqui que iremos sem problemas.

— Obrigada. Agora me tira uma dúvida o que faremos quanto ao pedido de volta?

— No seu caso basta assinar uma dispensa, caso você não fizesse isso a Zelena ia entrar com um processo contra mim basicamente pra te tirar dessa.

— E a Ruby?

— Ela também é  só pedir exoneração.

— E vai fazer algo contra nosso superior? Afinal se ele está propondo isso tão abertamente isso não deve estar acontecendo pela primeira vez. E eu fiquei calma demais quando ouvi tudo mais foi porque eu estava processando as coisas, e agora que já processem, nos precisamos fazer algo.

— Emma eu concordo com você. Mas eu de fato não posso fazer nada por conta do meu emprego.

— Amanhã eu vou falar com a Zelena e com a Ruby, tenho certeza que eles devem ter alguma ideia. Mas por hora eu quero ficar aqui, neste minuto de paz. — Regina sorriu bobamente.—se você concordar claro.

— Emma tudo que mais quero é você aqui perto de mim, eu estava surtando de imaginar você longe de mim. Eu não sei explicar tudo isso que eu sinto por você. —  Emma sorriu e se aconchegou mais em Regina.  A morena estava feliz, mais com muito receio do que poderia acontecer, ela sabia que Emma era instável, e   ela poderia muito bem decidir se afastar de maneira brusca. As horas foram passando e Emma logo pegou no sono, e para surpresa de Regina Henry apareceu na porta, e ela fez sinal de silêncio. Ele subiu na cama tentando não fazer barulho e deitou do lado da  mãe dele e pegou na mão de Emma levemente. Henry não questionou nada. Apenas se ajeitou pra dormir ali também. E Regina se ajeitou já cama sem se mexer muito para não acordar Emma.




~•~•~




Zelena assim que chegou na casa de Ruby já estava nervosa, ela não sabia aonde aquela noite poderia ir. Elas jantaram, tomaram um pouco de vinho, e acabaram na cama como de praxe.
A ruiva respirou fundo antes de encarar a morena.

— Que foi ruiva?— Ruby perguntou puxando ela para perto.

— Eu não sei direito o que dizer.

— Eu não vou voltar pro exercito. — Ruby falou sem rodeios. — Sei que é  tudo muito novo, que a intenção era levar tudo de forma leve sem cobranças. Mas eu me dei conta de que tanto eu quanto você já admitimos que sentimos algo muito forte uma pela outra.— Zelena apenas beijou a.

— Eu juro que eu não saberia o que fazer se você me disse que ia voltar.

— Eu confesso que eu cheguei a ter medo,  de ser só  uma aventura, de ser uma espécie de fantasia...

— Ruby, começou  como uma coisa que eu não sabia bem o que seria eu confesso. Mas eu quero isso. Eu quero você. E só de pensar o que aquele idiota faria com você me dói por dentro.

— Eu não vou sair do seu lado. Eu sempre quis você. E agora que tenho eu não vou abrir mão por nada. Só vou deixar você se você quiser.— Elas se beijaram certas de seus sentimentos, aliviadas por serem correspondidas, aliviadas por estarem tão bem ao lado uma da outra.

Tuas Linhas - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora