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  Brasil: — Eu não entendo o porquê diabos eu tenho que ir para outra faculdade, seis sabem que vou ser novamente expulsa de lá — Olho para cada um de meus amigos, que apenas comiam seus cafés da manhã.

  Posso estar sendo um pouco "exagerada" na parte de ser novamente expulsa.

  Mas, tenho um bom motivo para dizer isso, e ele se resume em como os outros não me suportam — Eu posso ser sim uma menina bem briguenta, mas não sou do nível de arrancar o cabelo fora de alguma outra guria avestruz — Claro, se não tiver um bom motivo para isso.

  Essa é uma das primeiras coisas que toda escola anota, o meu devido "comportamento", que aliás, é algo que não devem reclamar. Fora os atrasos e as horinhas do soninho...Eu também sou gente.
  E como uma boa aluna, estou prestes a ir para mais uma faculdade, tentar novamente ser uma boa aluna e passar de ano.

  Eu contei a parte de estar sendo obrigada pelo meu pai, que trabalha naquele lugar e que possivelmente vai me chamar de "meu nenenzinho"...Isso é tão constrangedor.

  Peru: — De pelo menos uma chance, lá até que é divertido — Observamos Peru, eu sabia completamente que não era nada do que o mesmo falava.

  Argentina: — Só digo uma coisa...Fique longe dos ingleses, eles são doidos — Me sento perto dele e faço uma cara de interessada nesse assunto.

  Se tem uma coisa que eu gosto, pessoas do meu nível, não é atoa que vivo com esse bando de jumento. E também, porque não fazer um novo amiguinho? Adoraria uma vez na vida queimar a escola com alguém.

  Falando em queimar a escola, uma vez quase consegui fazer isso, fui expulsa de lá no mesmo momento — Essas pessoas não sabem o que é um humor ou algo bom.

  Brasil: — Vocês estão exagerando, não é possível ser algo tão horrível assim — Pego uma fatia de pão, uma fatia de queijo e mando para dentro.

  Peru: — Boa sorte...Se não quer nos escutar — Ele se levanta e vai para seu quarto.

  Me espreguiço na cadeira, dou um pequeno gritinho e olho Argentina, que apenas tomava seu café, sem se importar com nada a sua volta.

  Brasil: — Se não te conhecesse, diria que está amarrado em alguém — Me ajeito na cadeira, ele me olha com uma cara de merda e um pequeno sorriso forçado

  Argentina: — Vê se vai se catar no meio do bosque, se arrume logo! — Ele se levanta e sai andando para o seu quarto.

  Fico ali sozinha, olhando o pão mordido.

  Brasil: — Talvez não seja tão horrível assim...O que poderia acontecer de tão bosta, para que esse dia seja um lixo? — Me pergunto, pegando um pouco de café e colocando na minha xícara — O que é um peido para alguém lascado?

  Sorrio e tomo devagar o café quente. Para um bom dia, melhor encher a barriga do que ficar irritada e acabar apanhando do próprio pai — Que não é tão raro assim — Vai entender esse homem...

   Apenas de lembrar que tenho que botar uma saia para ir, já me dá um ódio — Seguinte, eu odeio saia ou alguma roupa que me mostre demais, não tenho muitos peitos e nem faço questão de ter, já que isso me atrapalha num nível...
  Se os meus já me dão um trabalho da peste, imagina um que pelo amor, da nem vontade de pensar na existência deles.

  Termino de tomar meu café, me levanto e vou me arrumar para mais um dia merda de minha vida.

  Quanto vocês apostam que eu não vou durar lá mais que dois dias? Porque já estou fazendo até aposta.
  Alguém vai se encrencar com minha cara e vai me irritar, não é nem acabar com minha vida, que se fosse por isso...Eu mesma já ando fazendo isso.

  Se eu for expulsa agora, não vou ter outra faculdade, o que vai ser maravilhoso. Nada de meu pai me enchendo o saco, nada de pessoas me provocando querendo apanhar.

  Resumindo: uma vida tranquila.

  Não parem de estudar crianças, a tia aqui só faz isso porque tem que fazer. Vocês são o futuro — Pera...Me lasquei.
  SEIS TRATEM DE ESTUDAR! Tirar de dez para cima, jogar na cara daqueles americanos que somos melhores.

  Bem, visto aquela roupa, que por muita sorte a saia conseguiu ficar grandinha, coloco um shorts preto por debaixo e ajeito tudo.
  Agora sim posso sentar do jeito que quiser!

  Ando para fora do meu quarto, já bem arrumada, toda travada na beleza. Vou até os abestados dos meus amigos e observo a cara de todos.

  Brasil: — Que grande ânimo, já estou até desistindo de ir estudar nesse lugar — Apoio meu braço no ombro de Peru, que não estava com ânimo para nada.

  Chile: — Os dois diretores são uma bosta, se trate de ser boa perto deles, porque os mesmos tem um ódio — Observo Chile com uma cara bem convencida com o que disse.

  Peru: — Eu não quero ir... — Sinto suas mãos envolta de mim.

  Brasil: — Deixa eu adivinhar, algum idiota está apaixonado por você e não para de te seguir — Vejo seus olhinhos se encherem de lágrimas, eu não resisto a uma fofura dessas — Mamãe vai estar lá, não deixo nada acontecer com você, se chegarem perto eu meto o murro.

  Argentina: — Vamos Peru, chega de drama — Ele pega a gola da blusa do peruano e puxa para fora de casa.

  Peru: — NÃO É VOCÊ QUE TEM UM CARA FORTE QUERENDO TE PEGAR E ACABAR COM SEUS MOVIMENTOS! — Solto uma risada do gritinho dele.

  Jamaica: — Mano...Parece um hamster gritando, que bagulho irritante — Vejo ele aparecendo na porta, com um cigarro na mão, vou até ele e jogo o cigarro longe.

  Brasil: — Eu não vou numa moto com tu chapado — Ele me olha de cima para baixo — Se continuar olhando minhas pernas, eu meto uma vara no teu cu, VAMOS LOGO! — Me estresso e ando na frente dele, procuro a moto, olho para Jamaica que sorria.

  Jamaica: — Acho que vamos voando — Ele vai até mim, solto um sorriso forçado e meto o tapa nele.

  Brasil: — Se tinha falado que tinha uma moto, seu abestado de erva! — Paro e observo ele com uma chave na mão, balançando — Se continuar bobeando com ela, eu a enfio no teu rabo.

  Passado um bom tempo de conversa, ele foi buscar a moto na casa dele. E lá fomos nós, numa motinha que tossia que tossia mais que meu pai quando engasgava com água, incrível que depois ele fazia drama...Não entendo aquele cara.

Continua

Meu diretor (CANCELADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora