IV

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  Depois de longos tempos fingindo não sentir dor nenhuma, lá estava eu, em minha caminha, que saudades dela.

  Brasil: — Só você para me amar todo dia, caminha linda do meu coração — Abraço meu travesseiro, sorrindo.

  Peru: — Chile me disse que queria roubar a comida do vice-diretor, conseguiu? — Vejo ele entrar em meu quarto e se sentar em minha amada.

  Brasil: — Não, mas consegui algo bem pior — Me sento na cama com certa dificuldade, Peru me olhava um pouco preocupado — O diretor me atacou, e sei lá...Acho que talvez ele não tenha usado — Falo a última parte com certa preocupação.

  Peru: — O diretor abusou de você?! Brasil! Deveria ter falado, chamado alguém, ligado até mesmo para a polícia — Ele se levanta e começa a andar de um lado para o outro, ele sempre faz isso quando está nervoso.

  Brasil: — Eu não pensei na hora! A dor estava me dominando, eu só aturei tudo e agora só quero saber de minha cama — Me jogo na cama novamente.

  Peru: — Brasil...Você não está entendendo a gravidade dessa situação, você e o diretor... — Mostro o dedo para ele, depois de um tempo escuto a porta sendo fechada.

  Eu sabia com toda a clareza em onde estava me metendo e as consequências disso tudo, o que posso fazer? Se realmente estou com um bebê, não posso o culpar por algo assim. E não posso ficar aqui parada contando quantas as coisas eu posso fazer para lascar o diretor.
  Eu só quero distância dele e pelo menos ter uma noção do que é ser mãe.

  Já que ter o filho é fácil — Ou nem tanto... — O duro é cuidar dele, o que para mim chega a ser o mais complicado.
  Já que eu sou considerada uma criança — pelas minhas escolhas — Uma criança cuidando de outra será bem complicado. Espero não ter mais nada de tão "novo".

Argentina

  Sentado no sofá da sala, olhava meu celular — Mais específico — O grupo da sala e da escola, cada um falando sobre um certo professor, sobre sua matéria ou por sua "beleza".
  Até que eles começam a falar sobre o professor "UK", faço uma careta bem grande e leio tudo.

  Para as meninas ele parece ser o galã de novela, para mim, um belo pervertido que ama me ver depois das aulas. E por sorte, hoje eu escapei de uma de suas desculpas para que eu fique depois das aulas com ele. Já que hoje fiz tudo certo e não falei nada em sua aula.

  Eu apenas preciso fazer isso durante o ano e ficarei bem, até porque não sou idiota.

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  Escuto a porta de entrada ser aberta devagar, olho para a mesma e vejo Chile entrando, olho para ele.

  Chile nesses últimos dias anda bem "diferente", está bem mais quieto e em seu canto, sinto que anda chorando bastante também, fico bastante preocupado com ele, mas acabo não o perguntando para não o ferir ou magoar.

  Argentina: — Olá Chile — Comprimento ele do sofá, ele acena para mim e sorri, vem em minha direção.

Meu diretor (CANCELADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora