Capítulo II

12 4 0
                                    

Mais um dia, mais um sol se levanta e com ele eu vou junto, todos os dias pego meu capuz e saio no frio dessa vila semi-passifica... estou quase na saída da vila quando sou chamada por alguém...
-Ei! Você é a filha da vadia que foi queimada certo? Há! Que sorte a minha eu realmente precisava me aliviar, venha aqui, está correndo por que? Vamos ver se é filha da tua mãe.
Eu não tive outra reação a não ser correr para o bosque que antes eu só via beleza hoje eu só via terror, aquele homem seguiu correndo atrás de mim como se eu fosse uma corça e ele o lobo eu preciso agir, tenho que correr o mais rápido o possível eu vou entre as arvores que parecem surgir do nada já que vivo me esbarrando nelas, minha vista mais embaçada que nunca pois não consigo parar de chorar de medo e foi ai que o pior veio, ele consegui me acertar algo e eu vim a tropeçar numa pedra onde eu cai e ele me alcançou.
Aquele homem que agora agora em cima de mim me prendeu as mãos a cima de minha cabeça ele fedia a vinho e urina de cavalo, el-ele tirou uma faca de sua bota...
- Me diz...você é virgem certo? Espero que sim. A vadia da sua mãe fez meu primo perder uma mão por adultério sua infeliz, estou pouco me lixando se ela já pagou por seus crimes você é nojenta que nem ela e merece uma lição.
§ Todas suas palavras saíram com riso em seus lábios e um tom de escarnio, enquanto afrouxava o cinto de sua calça e apertava os pulsos dela, babando e ofegando como um porco. Seu peso parecia poder quebrar a garota que soluçava e chorava e berrava sem parar, sem ajuda, nem ninguém para lhe salvar, somente ela e ela a cuidar de seu destino pois na hora da morte não importa se é plebeu, concubina, ator ou rei, quando a dama de preto chega você estará sozinho.
- P-po-por favor, por favor me solte, por favor me poupe...e-e-eu nunca poderei ter uma vida, po-por favor eu nunca lhe fiz nada eu lhe peço eu lhe imploro!
§ Não importava quanto se debatesse ou chorasse ou implorasse, ele sacou sua faca e a mandou se calar e com esta mesma faca ele cortou primeira camada de seu vestido. Soltou a faca de sua mão e veio com seu rosto ao dela e foi quando que ela a viu
Mamãe? Tenho certeza que era minha mãe, seus lindos cabelos com a cor do céu noturno, seu vestido onde eu bordei uma flor, seu laço na cabeça para evitar os cachos de entrarem em sua vista, ela estava triste e chorando ao meu lado, ela apertava seu peito e fazia gestos para eu me levantar de lá, ela agonizava e gritava sua voz não saia, eu não a escutava mas sabia o que ela dizia: LUTE!
Eu não sei como mas consegui levantar meus quadris o que fez com que o homem perdesse o equilíbrio e desse de cara com o chão. Peguei a mesma pedra que viria a me derrubar e lhe acertei a cabeça, mas isso não bastou ele pegou minha perna e rasgou ainda mais meu vestido. Eu tentei me arrastar para trás e chutar suas mãos nojentas de mim e então eu consegui pegar o punhal e com as mãos tremulas antes que ele terminasse de rasgar meu vestido numa tentativa de alcançar meu pescoço eu lhe acertei e o seu sangue, vermelho e vibrante pintou o resto de meu vestido sujo de terra e lama, eu havia lhe matado. Eu matei. Eu-eu realmente matei ele?

O nascimento do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora