Capítulo III

7 4 0
                                    

-Eu-eu matei ele!?
Merda, merda o que eu farei? O que será de mim? E meus irmãos? Como se não bastasse a mamãe agora eu? EU serei a ruina de meus irmãos? Se ygnar me ajudar ele será açoitado até ver a silhueta do ceifador e isso com sorte. Eu tenho que esconder o corpo e ir rápido para casa me trocar e pensar em como vou resolver isso...
Eu não via um cadáver a quase 2 anos e o último foi o de mamãe, mas diferentemente dela este eu preciso levar para algum lugar, não tenho como enterrar ele e chegar em casa antes.
§ E então ela puxou e puxou aquele corpo para a base de uma enorme arvore e lhe cobriu com galhos, folhas, terra por cima, mais galhos e musgos, pegou seu capuz e voltou correndo para casa com cuidado para não ser vista e nem sujar a vila com sangue já que se deixasse rastro... a garota corria tropeçando nos próprios pés com a imagem do seu abusador em cima dela se arrastando por seu corpo para tentar agarrá-la e de repente ele morto olhando para ela com sua garganta jorrando sangue.
Ótimo, ygnar ainda está deitado, devo me limpar rapidamente; eu peguei uma bacia e despejei a agua de um jarro nela e peguei algumas folhas que pelo o cheiro me parecia boldo, me despi atrás de uma cortina e comecei a me lavar e o vestido sujo, embrulhei e o pus de canto pois ira lhe queimar. Sem nem perceber sussurrei:
- Até que enfim limpa, espero que ele não desconfie de nada...
Peguei um outro vestido me pus e antes mesmo de terminar de "pentear' meus longos fios de céu meu irmão tosse atrás do pano e o puxa me deixando a sua vista.
-Desconfiar de que? Do seu vestido ensanguentado? De você banhar no outono tão cedo assim? De ter saído para o bosque porem não ter tryuni em sua cesta? Acho melhor você falar logo. Espera, está chorando por que? Lhe fizeram algo??
§ Foi rápido, porém clara a mudança de expressão do rapaz quando viu sua irmã mais velha encolhida a sua frente, tentando segurar as lagrimas com medo, apavorada como ele nunca tinha a visto. Nesse flash tão rápido pensou em como sua irmã foi sua base desde que a mãe deles foi morta, aguentando suas grosserias calada e com um sorriso, sempre fazendo as comidas que ele gostava e cantando sua música favorita quando ela lhe mimava quando tia febre, pequenos e inúmeros momentos em que sua irmã foi muito além de mãe... sempre aguentando tudo sozinha, sendo forte para não chorar e lembrando das inúmeras madrugadas que a acordou e lá estava ela sob a lua, com o rosto coberto de lágrimas e ela abafando a voz de sua dor para não acorda-lo...
Pela primeira vez desde de a morte de mamãe meu irmão demonstrou que ainda me ama, quando ele me confrontou sobre o que aconteceu não consegui segurar as lagrimas ao lembrar daquele selvagem...
-Meu irmão...eu pequei. Hoje..no bosque..me atacaram e quando eu vi..para fugir das suas garras eu tinha lhe cortado a garganta com o mesmo punhal que cortara minhas vestes.
Eu vi sua expressão de desconfiança se tornar raivosa, enojada, espantada e voltar a fúria
-Não, você não pecou
Ele veio até mim e disse isso enquanto segurava meus braços e me deu um abraço algo que eu não tinha dele desde o dia que mamãe veio a ser queimada, nos choramos juntos e ficamos em silencio juntos
-Você até pode ser a irmã mais velha e eu posso até ser 2 anos mais novo porem eu sou o homem aqui desde que o pais nus deixou e eu vou cuidar disso pensando não só em você, mas em nosso irmão também, não se preocupe apenas faça o que mandar e todos nós três teremos uma chance. Eu penso em um plano, agora descanse
-Meu irmão. Agora vejo que não é um rapaz, mas sim um homem...obrigada.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 18 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

O nascimento do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora