🐺01 - Agir por impulso trouxe consequências

317 38 20
                                    

O jovem alfa ficou com os dentes cravados no pescoço de um Sasuke quase inconsciente, até que sentiu que havia lhe injetado o veneno suficiente para marcá-lo bem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O jovem alfa ficou com os dentes cravados no pescoço de um Sasuke quase inconsciente, até que sentiu que havia lhe injetado o veneno suficiente para marcá-lo bem.

Foi quase incontrolável não sucumbir ao desejo interno gritante dentro de si, que implorava para que ele desse ao ômega, a saciedade sexual que tanto necessitava, entretanto, jamais ficaria com alguém que não era dono de suas ações, para ele, tomar Uchiha Sasuke à força, era mais hediondo do que assassinar à sangue frio. Uma grande mediocridade, se levarmos em consideração, o fato de que acabara de condenar o ômega a um longo período de sofrimento, sem que o mesmo, ao menos tibesse a chance para defender-se.

Afastou-se abruptamente .

Seu cheiro era forte demais para que conseguisse domar o desejo de fazê-lo seu. Mas ele não podia. Ele nunca o faria.

— Sabe o quão arriscado pode ser a partir de agora, senhor? — Magda, uma enfermeira beta, de confiança, já idosa, de longos cabelos grisalhos, alertou ao seu líder, enquanto terminava de verificar a pressão arterial de Sasuke.

— Valerá o risco. — Naruto realmente acreditava em suas palavras, velando em silêncio o sono do moreno encolhido. —Cuide bem dele, por favor. — o Uzumaki ordenou, saindo do cômodo limpando os lábios com a língua.

Não queria ter gostado de estar tão próximo ao filho de um homem odioso, mas ele gostou. Acreditava piamente estar sendo vítima da própria maldade.

Com a mente exaurida, foi para o quarto, banhando-se em uma banheira cheia de espuma e como o sono não vinha, mas em seu lugar, uma crescente de angústia e dor. Tolo. Estava se sentindo tolo àquela altura. Na hora da euforia, nem percebeu que marcar Uchiha Sasuke doente, também acabaria lhe afetando fisicamente.

Com o velho jeans rasgado preto e uma blusa surrada branca, se apressou em contactar Neji Hyuuga, seu contador pessoal, além de primo e o único a quem se atreveria a usar a palavra amigo, dentre todos que o rodeavam, ordenando que o encontrasse em seu escritório. Como todos moravam na mansão, bastou subir um andar e já estavam os dois dividindo o espaço naquela saleta pitoresca, entretanto, Magda também estava ali.

"Sasuke", esse foi seu primeiro pensamento.
"Será que ele piorou?", então veio o segundo pensamento, fazendo suas entranhas se contraírem em reclamação.

— Senhor, ele precisa ser saciado, ou vai acabar morrendo. — Magda o alertou sobre o estado do ômega.

— Ninguém toca nele. — Continuou firme em sua decisão. — Uchiha Sasuke está inconsciente e com meu veneno agindo em seu corpo nesse momento. — Algo de que, bem lá no fundo, ele não se orgulhava tanto quanto fazia parecer. — Dê algo para aliviar a dor, mas em hipótese alguma, deixe que alguém toque nele, isso é uma ordem, noona. — Seu tom severo, foi o bastante para a beta desistir de qualquer argumento que tinha em mente, então ela não demorou a deixá-los sozinhos no escritório.

— Como foi no porto? — O alfa indagou, sinalizando para que o maís velho se sentasse em sua frente, fazendo outra pergunta: — Teve algum problema com a carga dessa vez?

— Serviço limpo, Naruto, já pode conferir o dinheiro em sua conta. — Informou-lhe. — Posso fazer uma pergunta? — Seu primo assentiu com a cabeça. — O que fez com o filho do fugaku?

— Ele está sob os meus cuidados, não é algo que deva se preocupar. — A rapidez na voz era tanta, que assustando o beta, mais um pouco e estaria beijando o chão.

— É certo que aquele homem vai querer o filho de volta. — E Naruto estava ciente disso. — Uchiha Sasuke aqui parece o gatilho perfeito para uma nova guerra entre gangues. — Deixou o pensamento angustiante lhe escapar por entre os dentes.

— Não tenho medo. — Rugiu raivoso. — Ele atira, eu atiro. — Já repetiu a frase tantas vezes, que mais parecia um bordão. — Ele mata, eu mato. — Fez bang bang com os lábios, firmando o olhar em seu primo. — Não se preocupe, Neji , sei o que estou fazendo. — Nunca dava um passo em falso, sempre tinha uma carta na manga, independente da situação, não era à toa que mesmo tão jovem havia conseguido a liderança de uma gangue tão temida.

Tratou de outros assuntos com Neji e quando encerrou a conversa, se encaminhou para o quarto onde Sasuke estava.

Não era preocupação, só queria se certificar que seu trunfo ainda estava vivo.

— Como ele está? — Encarou Magda ao falar.

— Reagiu bem à medicação, mas não é bom para sua saúde debilitada. — Mesmo relutante, concordou com a enfermeira. —Deveria permitir que um dos nossos, o satisfaça. — Sugeriu esperançosa.

— Se chegar a esse extremo, não se preocupe, eu mesmo vou satisfazê-lo, mas por enquanto, ninguém toca nele. — Continuou firme em sua decisão.

— Os espasmos foram controlados, mas tudo indica que eles voltem a qualquer momento. — Ainda assim, Naruto preferia contar com a sorte. — Também acredito que o veneno da mordida já se espalhou pelo corpo todo. — No meio de tantas notícias ruins, uma para salvar seu dia.

— Sim, posso sentir. — Seu corpo todo estava diferente, como se estivesse se adaptando a algo indesejado. — É um incômodo necessário. — Acreditava piamente nisso.

— Uma ligação eterna, senhor. — Por mais tarde que fosse, Magda ressaltou.

— Uchiha Sasuke não é o meu imprinting. — Inconscientemente, rosnou para a beta, que se encolheu toda no canto do quarto.

— Não é cem por cento certo que a força de um imprinting, seja capaz de quebrar a ligação da marca. — Sua voz saiu num pequeno fio de coragem.

— Não sejamos pessimistas e na pior das hipóteses, eu mesmo me encarrego de arrancar meu pescoço. — Seu humor ácido, fez a mais velha rir de nervoso.

— Sente dor? — Quis saber.

— Nada insuportável. — Disfarçou para que ela não descobrisse que estava arrependido pela imprudência.— Nós deixe sozinhos, por favor. 

— Se o Uchiha piorar e precisar de mim, basta chamar, Uzumaki. — Falava, à medida que saia do quarto.

— Tão lindo. — Doeu admitir aquilo. — Com esse rostinho bonito você já deve ter conquistado muita coisa, pequeno ômega. — Não o admirava, só conseguia sentir raiva e um desejo incontrolável de tocá-lo, então não demorou para que seus dedos estivessem passeando por sua face. — Sua pele é macia e maldição, que cheiro é esse? Seu cheiro é doce, mas intenso como um veneno de cobra, maldito. — Rosnou baixinho, parando o indicador em cima da marca que suas presas haviam feito no pescoço do ômega. — Sou um cara de sorte, Uchiha Sasuke? Ou você será mais um a foder com a minha vida?

{√}

Até a próxima!!🌾

A MarcaOnde histórias criam vida. Descubra agora