Draco não tinha ideia do que havia acontecido para que até sua mãe estivesse envolvida naquela loucura que certamente era obra do fantasma de Snape, mas não esperou nem um minuto a mais para investigar. Assim que se recuperou do desmaio e a primeira coisa que viu foi a cara de um preocupado Harry Potter em cima dele, a única coisa em que pensou foi em sair dali imediatamente. Empurrou Potter de cima de si com violência, levantou-se apressado e, sem se vestir, pegou sua varinha e o primeiro casaco que encontrou à mão.
— Draco! O que tá acontecendo com...? — Ainda conseguiu ouvir Potter perguntar antes de desaparatar do quarto, ignorando olimpicamente o olhar surpreso do cretino, da sua mãe e daquele monstrinho que estavam lhe empurrando como filho.
Aparatou em seu loft, bem no meio da sala, como costumava fazer. No entanto, uma mesinha de centro colocada no exato lugar que se materializou fez com que Draco caísse em cima dela e desabasse no chão.
— CARALHO! — gritou, completamente puto e dolorido. Era a segunda vez que provava a dureza do chão nessa manhã e já estava ficando farto.
Esfregou a perna que estava mais machucada enquanto se levantava o mais rápido que podia. Estava começando a se perguntar quem diabos havia mudado essa mesinha de lugar quando se deu conta que essa mesinha não era a dele. Como aquilo tinha chegado até sua sala?
— Mas que merda, o que caralhos aconteceu aqui? — gritou Draco quando deu uma olhada ao redor e se deu conta que todos os seus bonitos e caríssimos móveis haviam desaparecido e, em seu lugar, se encontravam outros de qualidade muito inferior.
— Não se mexa ou eu te mato! — gritou um trêmula voz masculina atrás dele. Instintivamente, Draco levantou as mãos, percebendo que alguém havia entrado no loft para roubar.
O que não estava claro era porque o ladrão, em vez de simplesmente levar suas coisas, estava deixando outras em troca. Bem mais feias, isso é, mas, porque se dar ao trabalho?
— Quem é você e como entrou? — voltou a gritar o homem atrás dele.
Draco se atreveu a virar a cabeça para olhá-lo, se tratava de um trouxa muito maior que ele — e muito feio e gordo —, que, com as mãos trêmulas, lhe apontava uma pequena pistola. Draco sabia que era um trouxa porque um bruxo jamais usaria uma arma de fogo em vez de uma varinha. O que o preocupou — e muito — foi o fato daquele homem estar praticamente nu: vestia somente uma samba canção verde com desenhos natalinos, que deixava toda sua excessiva massa corporal à vista.
Ohhh, por Merlin, pensou Draco, começando a ficar aterrorizado. Seria algum tipo de pervertido sexual que queria abusar dele?
— Leve o que quiser — Draco começou a dizer, tentando distrair o louco enquanto achava uma forma de sacar a varinha para submetê-lo. — Mas não me machuque... por favor.
O gordo depravado o olhou com estranheza, dando um passo até ele sem deixar de apontar a arma.
— Do que você tá falando? — perguntou em um grito meio histérico. — É você que entrou na minha casa! Está doido ou o quê?
Draco voltou a olhar ao seu redor, analisando o que o rechonchudo havia acabado de falar. Ele afirmava que essa casa era dele, além do mais, os móveis não eram os mesmos e, de qualquer forma, não havia como um trouxa atravessar as barreiras mágicas que Draco tinha posto em seu loft. Um mau pressentimento o invadiu. E se realmente essa era...?
— Sua casa? — disse em voz alta quase sem perceber, virando no lugar para olhar melhor.
— NÃO SE MEXA! — gritou o trouxa, apontando com mais insistência. — A arma está disparada e juro que vou carregar...! — Draco o encarou com estranheza. — Quero dizer... Você entendeu!
VOCÊ ESTÁ LENDO
A família de Draco » drarry
FanficO que teria acontecido se naquele dia no banheiro da Murta-Que-Geme, em vez de atacar Potter, Draco tivesse se confessado? Um inesperado presente de Natal lhe será dado, brindando-lhe a incrível resposta para essa pergunta. Tradução da fanfiction de...