Devaneios que Torturam

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(Postei hoje um anterior a esse, pra vcs não pularem)

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(Postei hoje um anterior a esse, pra vcs não pularem)

/Hange

Após essa cena constrangedora, Hange tentou desviar sua atenção para outra coisa para dissipar o fato de que o COMANDANTE Erwin acabara de vê-la semi nua no seu quarto

Hange bateu as pernas na cama, e colocou as mãos em sua cabeça

O que tá acontecendo? Será que desde aquele dia nada na minha vida será como antes?

Ou eu estaria levando tudo muito a sério?

Comecei a ligar os pontos, dessa vez da forma mais racional que eu conseguisse.

Tudo começou como uma brincadeira com ele, e minha primeira e verdadeira intenção era fazê-lo se apaixonar por alguem, curtir mais as coisas

Quando as coisas ficaram mais confusas entre nós, eu ainda estava tentando levar da forma mais leve que eu pudesse

E eu juro que era essa minha intenção!

Eu não sou daquelas que se apaixonam. Na verdade eu mal tenho tempo pra isso.

Meus únicos rolos foram quando eu ingressei por aqui, muito nova. A verdade é que eu nunca levei muito a sério esse lance de ficar, foi mais como uma experiência, pra ver se eu gostaria ou não

E foram poucas experiências. Apesar de meus pensamentos estarem sempre muito ligados a ciências e experimentos, quando eu era mais jovem eu também tinha um certo interesse por sexualidade

Por um tempo quando entrei o Erwin me chamou a atenção, de fato. Mais pelas outras meninas que eram fissuradas na beleza dele, e eu acabei por um tempo o olhando de longe

Realmente, nesse tempo eu tive uns pensamentos meio... Como eu posso dizer... Ah, eu pensei nele sim. Algumas vezes. Meus hormônios a flor da pele ali, e ele não é uma pessoa de beleza mediana

Mas isso foi há anos. E pra falar a verdade eu, como uma boa curiosa e gosto de saber de tudo um pouco, mesmo tendo menos vontade que as outras garotas, eu me permiti ter alguns pensamentos

Fiquei com uns três rapazes no máximo, e nenhum deles havia me feito chegar lá.

A única forma que conheci o que seria um orgasmo foi sozinha, e com muito custo. Essas coisas envolvem muito mais o nosso consciente do que qualquer coisa

Ter que se sentir confortável com o próprio corpo, aceitar a ideia de que você é desejável o suficiente pra imaginar que alguém está passando por seu corpo realmente te desejando

Essa luta com minha própria consciência foi uma batalha individual por muito tempo. E até então, quando eu finalmente consegui atingir, foi sozinha

Porque para as outras pessoas, eu não me sentia desejada a esse ponto...

Então, com Levi não pensei que seria diferente do que fazer com aqueles outros caras que fiz mais nova. Entendi que foi só o prazer deles, e não o meu que estava em jogo

E pensei que seria o mesmo com ele. E, juro, eu só queria que ele sentisse o mínimo de prazer ali, já estava esgotada de vê-lo sempre de mal humor

Eu só não esperava que... Eu só não esperava que ele me desse aquela sensação que eu custei a conseguir sentir, que é a de se sentir realmente desejada

Mas de uma forma sincera, forte, uma conexão inexplicável. Completamente diferente dos outros que eu havia transado e não me levaram até lá

Sim, eu consegui chegar lá pela primeira vez com alguém. E foi com ele.

Mesmo assim eu guardei pra mim e pensei em levar as coisas o mais normal possível

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Mesmo assim eu guardei pra mim e pensei em levar as coisas o mais normal possível.

Mas, dessa última vez... De fato... Me pegou de surpresa

Não foi só sexo. Foi mais do que isso. Conexão, desejo, entrega...

Uma coisa completamente nova na minha vida. E que definitivamente não era tão fácil de ignorar como se fosse uma coisa comum.

No final ele estava certo. A chance disso ultrapassar o limite de algo casual estava evidente desde o início.

Eu me precipitei. Eu errei em achar que isso não afetaria.

E cá estou eu, com meros devaneios a me torturar. Só que, esses não são tolos.

Eu sei que sou covarde por evita-lo. E eu quero acreditar estar fazendo isso para poupa-lo.

Mas, a quem estou enganando?

Eu estou fazendo isso pra me poupar. A eminência de um problema que eu achei que eu não enfrentaria bateu na minha porta sem perguntar se havia permissão pra entrar.

Simplesmente entrou no meu subconsciente e agora me lembra constantemente, como se me desafiasse a responder pra mim mesma o que tanto relutei:

"Você achou mesmo que não estava suscetível a se apaixonar"?

Levantei da cama em um salto. Os nossos pensamentos as vezes são nossos próprios inimigos. E definitivamente nossa prisão, já que não há onde se esconder.

Preciso me acalmar.

Enfim fui novamente até onde estava meu chá, agora mais frio do que antes.

Bom, pelo menos eu não me queimaria novamente. Não fisicamente.

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 Permita-me te amar (Levihan)Onde histórias criam vida. Descubra agora