Endless love

Thirty one

Camila POV

Virei para o lado oposto ao de Lauren e fiquei imaginando se em algum momento ela ultrapassaria os limites e viria tentar algum contato físico comigo, para ser sincera era isso que eu desejava que acontecesse, mas não foi assim que se deu o desfecho.

Em alguns minutos pude ouvir um leve ronco da Lauren, o que me deu a resposta que eu buscava.

Me virei na cama e fiquei admirando suas costas até que adormeci.

Em algum momento da noite despertei com um peso sobre meu tronco, então pude perceber que a Lauren não havia mudado nesse quesito, ela ainda tinha o hábito de abraçar a pessoa com quem dividia a cama.

Tentei tirar seu braço de cima de mim sem que ela acordasse, mas não tive sucesso. Então decidi deixar do jeito que estava.

Depois de algum tempo os dedos da Lauren começaram a acariciar minha pele recoberta pelo tecido da camisola. Os dedos faziam algum movimento desengonçado e de repente paravam.

Eu comecei a olhá-la para ver se havia acordado, mas ela parecia mesmo adormecida.

Lauren se remexeu na cama e sua mão correu mais um pedaço do meu corpo, parando na minha barriga. Ela continua a ganhar vida em alguns momentos e acariciava a região onde estava repousando.

Essas carícias estavam começando a me causar excitação, então eu achei melhor retirar seu braço de cima de mim mesmo que isso a acordasse.

Contudo não tive sucesso, pois na tentativa de retirar seu braço, Lauren acabou se encaixando em mim de maneira ainda mais próxima.

Sua mão agora estava em minha coxa direita, quase que por baixo da camisola. Sua mão apertava levemente minha coxa, em outros momentos fazia  seu dedo indicador fazia movimentos circulares em minha pele.

Eu estava num estado de excitação tão intenso que já sentia que estava molhada. A mão da Lauren ia subindo em direção ao meu sexo, mas não havia nenhuma expressão que a entregasse, que me desse provas de que ela estava acordada.

Minha pele se arrepiava, minha boceta pulsava, meu corpo suave frio e eu já soltava uns gemidos contidos. A mão dela ia ficando cada vez mais ousada, agora ela driblava o elástico da minha calcinha e procurava por meu ponto de prazer.

Num movimento involuntário e rápido, eu retirei sua mão de entre minhas pernas e a empurrei para fora da cama.

Lauren caiu da cama e levantou gemendo de dor.

- O que foi isso? Como fui parar no chão?

- Não se faça de sínica, Lauren. Você estava ultrapassando dos limites e eu precisei fazer isso.

- Que limites? Fazer isso o que?

- Ah... poupe-me de seus fingimentos. Vou dormir com o meu filho. - peguei um travesseiro e um cobertor e me dirigi à porta do quarto.

- Não. Fica, por favor. - Lauren implorou.

Lauren me puxou pela mão e segurou-me junto ao seu corpo. Deixei que o travesseiro e o cobertor caíssem ao chão e envolvi meus braços em volta do seu pescoço.

- Eu quero você. - Lauren admitiu.

- Também quero você.

Beijamo-nos com gana, as mãos da Lauren percorriam todo o meu corpo numa tentativa desesperada de me ter toda de uma só vez.

Ela me jogou na cama e subiu sobre meu corpo...

***

Depois de um sexo bem selvagem, ficamos em silêncio, deitadas. Lauren fazia um carinho em minhas costas e eu estava quase adormecendo.

Os carinhos foram parando e então percebi que Lauren adormecera antes de mim. Fiquei velando seu sono por um tempo até que eu mesma adormeci também.

O dia seguinte era uma segunda-feira, tinha que recomeçar a rotina, para isso acordei cedo e organizei minhas coisas.

Preparei o café da manhã e não muito depois Lauren e Ben se juntaram a mim para tomar a refeição mais importante do dia.

Nem eu, nem Lauren falamos sobre o que aconteceu na noite anterior, apenas seguimos nossa rotina. Antes de sair, o Ben foi se despedi de sua mãe enquanto eu esperava na porta, de onde acenei um adeus para ela e segui meu caminho.

Ao chegar para o trabalho fui informada que o serviço do dia anterior saiu tudo como planejada, portanto não houve necessidade de me ligarem.

E então me lembrei que precisava comprar um novo celular, pois o que Lauren jogara na piscina não funcionava mais (obviamente).

Decidi que passaria numa loja após o meu expediente para comprar o novo aparelho, mas logo após o almoço recebi um pacote por meio de um entregador. O pacote possuía um cartão que dizia:

"Desculpa por ter danificado seu smartphone, receba esse como pagamento pelo dano que causei.
L"

O celular era um modelo mais novo, tinha inúmeras funções que me auxiliaria na minha organização do trabalho e nas minhas tarefas pessoais. Fiquei encantada com sua preocupação, em outro época anterior Lauren não teria essa atitude.