Three

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Cheguei em casa e caí em prantos. Não conseguia acreditar que Camila não me amasse mais.

Depois de um bom tempo chorando decidi ligar para minha melhor amiga.

- Laur? O que houve?

- Você pode vir aqui em minha casa?

- Claro! Chego aí em 15 minutos.

Desliguei o telefone e continuei a chorar. Passaram-se os 15 minutos e a campainha soou. Abri a porta para ela.

- Ah, Laur! - assim que abri a porta ela veio me abraçando. Ela ainda nem sabia do que se tratava, mas tenho certeza que tinha uma ideia. - O que a Camila fez dessa vez, hein?

- Ela me pediu o divórcio, Ally, divórcio. - falei entre lágrimas e soluços.

Sentamos no sofá e Ally me puxou para seus braços afagando meus cabelos enquanto eu encharcava seu vestido com minhas lágrimas. Ficamos assim por horas, acredito. Depois de longas horas de consolo e choro, eu adormeci.

Na manhã seguinte acordei no sofá, com uma baita dor de cabeça e olhos inchados.
Me levantei e fui até o banheiro lavar meu rosto. Chegando na cozinha, flagrei Ally preparando o café da manhã.

- Bom dia! - eu disse desanimada.

- Bom dia, Laur! Como está hoje? Você adormeceu no sofá e eu não quis te acordar para que fosse para o quarto.

- Sem problemas. O sofá até que é confortável. Obrigada por ficar comigo essa noite.

- Não precisa agradecer, amigos são para essas coisas. O que vai fazer hoje?

- Bom... vou trabalhar, no fim da tarde vou buscar o Ben na escola e passear um pouquinho com ele e depois venho para casa.

- Você não vai ver a Camila?

- Eu acho que não. Pensei bastante essa noite e decidi que vou dar um tempo para que ela esfrie a cabeça. Eu sei que a Camila não deixou de me amar.

- Tudo bem. Mas se decidir conversar com ela, vá com calma. Tente resolver a situação, não voltar para casa mais magoada do que você já está.

- Ok! Pode deixar. Obrigada por tudo. Te amo! - me aproximei e depositei um beijo em seu rosto.

Sentamos à mesa e tomamos nosso café da manhã. Meia hora depois a Ally foi para sua casa e eu me fui me arrumar para ir trabalhar.

O dia foi bastante agitado no trabalho, mas ainda assim conseguir alugar dois apartamentos e estou preste a vender uma casa. O dia foi produtivo.

Quando olhei no relógio faltavam 20 minutos para ir buscar o Ben na escola. Organizei minhas coisas e dirigi até lá. Assim que estacionei o carro o sinal da escola soou e o Ben veio ao meu encontro.

- Oi, amigão! Como foi na escola?

- Oi, mãe! Foi bem.

Essas foram as únicas palavras do Ben durante todo o trajeto. Meu filho não é assim, algo deve estar acontecendo.

Depois de um bom tempo em silêncio decidi perguntar:

- Ben, o que está acontecendo? Por que está tão calado?

- Nada, mãe. Estou bem.

- Não, não está. Filho, eu te conheço, sei que você está com algum problema, pois não é do seu feitio ficar tão calado. O que foi? Brigou na escola?

- Nada, mãe. Só não quero conversar.

- Tudo bem. Mas quando quiser conversar, sabe que pode falar o que quiser comigo, né? - olhei para ele e então percebi que estava chorando, então parei o carro no acostamento - Filho, o que está havendo?

- Eu ouvi você e a mama brigando ontem. Eu sei que vocês vão se divorciar. Eu não quero que vocês se divorciem.

Ouvir aquilo me partiu o coração. E eu precisava ter uma conversa muito séria com Camila, pois nossos problemas não afetam apenas a nós duas mas especialmente ao nosso querido filho.

Decidi não mais sair para passear com o Ben. Levei ele para minha casa e passamos um tempo juntos, brincando e assistindo a um filme na TV.
Mais tarde o levei para casa adormecido. Cheguei em frente à porta do apartamento de Camila com o Ben em meus braços e toquei a campainha. Não demorou muito e Camila abriu a porta. Ela não esperava que eu estivesse com Ben, por isso veio abrir a porta enrolada apenas em uma toalha. Eu não consegui disfarçar e sequei ela com os olhos. Olhei seu corpo de cima a baixo.

Endless loveOnde histórias criam vida. Descubra agora