BÔNUS 2

1.2K 98 15
                                    

II.

Após me soltar de Edmundo, abraço Lúcia e Eustáquio

- Vamos entrar? -Meu avô oferece, aceitamos. Caminhamos até a sala e cada um se sentou em um espaço no sofá, meu avô sentou em uma poltrona na nossa frente -Marta, prepare chocolate-quente por favor, temos visitas

Marta apenas concorda e sai em direção a cozinha

- É um prazer recebe-los aqui novamente -Meu avô diz se referindo a Lúcia e Edmundo - Onde estão os outros? E quem é este?

- Vai com calma, vô -Digo

- É um prazer vê-lo também, professor. Meus irmãos não puderam vir, mas teremos outras oportunidades. E este é Eustáquio, meu primo -Edmundo diz um pouco nervoso

- É um prazer conhecê-lo -Diz Eustáquio

- O prazer é meu. Lúcia, você está enorme, quando estava aqui era tão pequenina, bom revê-la -Meu avô diz fazendo Lúcia sorrir -S/n, poderia levar Eustáquio e Lúcia para ver a casa? Eu gostaria de conversar, a sós, com Edmundo

- Ahm...tudo bem -Concordo e vejo Edmundo me olhar fixamente para meu avô, sua expressão demonstrava nervosismo

Eustáquio, Lúcia e eu saímos da sala indo em direção ao jardim

- Acha que vai rolar aquele papo de pai super protetor? -Eustáquio pergunta

- Não, meu avô é tranquilo. Meu medo é quando meu pai estiver aqui, nós mal nos vemos e, de repente, eu apareço com um namorado. Talvez ele surte

- Seu pai irá vir? -Lúcia pergunta

- Sim, eles chegam, provavelmente, daqui dois dias

- Pobre Edmundo. Ele terá duas dessas conversas -Eustáquio ri -Puxa, quase me esqueço! Isso é pra você -Ele me entrega um caderno, meio velho e com a capa um pouco danificada

- Eustáquio, o que...?

- Achei que gostaria de ficar com meu diário, anotei coisas de todas as nossas aventuras em Nárnia ai. É um agradecimento por você ter me dado este caderno quando estragou meu diário. Aliás, desculpa por ter te tratado daquele jeito

- Eustáquio, isso é incrível! Muito obrigada mesmo -Puxo o loiro para um abraço que ele retribui

- Não vou só ficar olhando -Diz Lúcia e logo em seguida nos abraça também

Depois dos abraços, ficamos um tempo no jardim apenas conversando, até que escutamos passos vindo em nossa direção. Edmundo e meu avô pararam na entrada falaram alguma coisa e Edmundo veio em nossa direção enquanto meu avô voltava para dentro de casa

- Como foi?

- O que ele disse pra você?

- Digory é um bom homem, ele não disse nada demais. Apenas me pediu para cuidar muito bem de você e para que eu... -Na última frase Edmundo engole em seco 

- Para que você...-Incentivo 

- Por Aslam! Eu não tinha percebido no momento em que Digory disse. Por que não me avisou que seus pais irão vir aqui daqui a dois dias? -A expressão de Edmundo demonstrava desespero 

- Você não perguntou! E olha, meus pais nãos são monstros, eles vão ficar tranquilos, você vai ver 

- Vão ficar tranquilos sabendo que ficaram anos longe da filha deles e quando voltam ela aparece com um namorado, que você nunca nem citou o nome...aliás, por que nunca disse para eles sobre mim? Nem que fosse por carta...estava com vergonha? -Edmundo se levanta do banquinho em um movimento rápido e me olha esperando por uma resposta 

- Edmundo -Lúcia chama sua atenção e sem se virar pra ela, Edmundo manda ela e Eustáquio entrarem. Ele acompanhou os dois com os olhos e quando sumiram de vista ele voltou a olhar para mim

- Edmundo, o que está dizendo? É sério mesmo que você vai começar uma discussão besta com uma baboseira como essa? 

- Não é baboseira, por favor, apenas me responda -Ele diz em tom baixo 

- Ed, eu mal converso com meus pais, você acha que não é surpresa para mim também eles aparecerem aqui de repente? Caramba! Eu comecei a falar com eles por cartas a pouco tempo, por que você acha que eu moro com meu avô? Meus próprios pais não tem tempo para mim -A esse momento eu já estava chorando -Por Aslam, Edmundo Pevensie, você acha mesmo que eu teria vergonha de falar sobre você? Por que você está dizendo essas coisas?

Me sento no banco bruscamente levando minhas mãos até meus olhos para limpar minhas lágrimas 

- Eu...me desculpe -Posso ouvir Edmundo se agachar na minha frente, ele tira minhas mãos do meu rosto e passa o dedo pela minha bochecha molhada -Não sei o que deu em mim, de verdade, eu fico paranoico de repente. Eu sinto muito, muito mesmo, eu não queria te fazer chorar, como eu sou idiota! 

- Prometa nunca mais levantar a voz ou dizer coisas absurdas como essas novamente -Digo olhando para o garoto ajoelhado e com os olhos cheios d'água em minha frente

- Eu prometo, me desculpe mesmo -Ele balança a cabeça positivamente

Me levanto e Edmundo faz o mesmo, paro em sua frente e o encaro fixamente. O garoto com o olhar confuso, acompanhava todo e qualquer movimento que eu fazia esperando que eu reagisse de alguma forma

Sem avisar levo minhas mãos até as bochechas macias do moreno e o beijo, não um beijo calmo, mas sim algo como uma mistura de sentimento, amor e ódio 

- Eu te odeio -Sussurro entre o beijo e posso sentir Edmundo sorrir 

---

As vezes eu tenho umas ideias muito nada haver e eu acabo escrevendo, tipo esse bônus, não sei de que buraco eu tirei essa ideia doida, mas enfim, se não gostaram é só me avisar que eu reescrevo, não tem problema, até porque eu também não gostei tanto 

Edmundo completamente cadelinha da S/n e tá tudo bem 

Capítulo não revisado, desculpa qualquer erro ortográfico! 

Vou tentar explicar o motivo do meu sumiço no mural, fiquem ligados quem quer saber 

Beijos

Mah_pevensie

My first love // With Edmund PevensieOnde histórias criam vida. Descubra agora