CAPÍTULO 1

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Olá pessoal .....
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O livro ficará disponível até o dia 09/04/22, de noite ele será retirado e ficará somente os 5 primeiros capítulos. Para comprar o Ebook é só acessar o site da Amazon https://amzn.to/3qYieW6, ele tb está disponível no KINDLE UNLIMITED.




BEATRIZ

A consciência surgiu com o despertar, a mente confusa, a sensação de quem dormiu, contudo, sem descansar, a realidade semiescondida, a percepção da solidez do corpo se fundindo à névoa do sono. Foi dessa maneira que despertei.

— Ela está bem, Cadu. Vá para a enfermaria cuidar desse ferimento. — Escutei a voz de tio Gustavo entre a realidade e o sono que me tragava.

— Ela ainda não acordou. — Cadu falou, o nervosismo aparente em sua voz.

Entre o sonho, a percepção da consciência e a memória turva me puxando para os acontecimentos, tentei sorrir, afinal de contas, quem atribuiria a um médico ações emotivas? A dor do lado esquerdo me alertou e me fez recordar do motivo para tanta preocupação.

Ah, merda!

Ergui a mão, levando-a até meu rosto quando outra mão, alguns graus abaixo da minha, me impediu.

— Santinha, não! — O tom de urgência utilizado por Cadu me obrigou a abrir os olhos.

— Cadu? — minha voz o fez entrar em meu campo de visão, o sofrimento estampado em sua expressão, a preocupação brilhando em seu olhos.

Umedeci os lábios devido a sede. A dor se intensificou. Gemi, voltando a fechar os olhos.

— Onde dói, Santinha?

— O quê... você... — balbuciei, sem compreender os pontos.

— Fique calma, Bia. Você está bem — tio Gustavo assegurou, me fazendo abrir os olhos outra vez.

— Onde eu estou?

O pai de Alice, de uma beleza incontestável, sorriu, mantendo a postura profissional.

— Você caiu, bateu a cabeça, ficou desacordada por bastante tempo — informou.

— Tempo demais — Cadu resmungou. Olhei para ele, uma pontada que me deixava enjoada forçando minhas pupilas.

Em meu corpo, a sensação das mãos nojentas de Miguel, apesar da consciência de que fora um sonho, me causava asco. Gemi outra vez, a dor em minha cabeça ecoando até o estômago e ressaltada pela sensação de impotência.

— Tio Gustavo, ela está com dor, faça alguma coisa, e se aplicarmos...

— Não — eu disse, abrindo os olhos. —, estou bem. Acho que... foi um sonho ruim.

Tentei outra vez alcançar o rosto, a dor de cabeça aumentando minhas náuseas. Cadu segurou minha mão.

— Você levou alguns pontos. Nada preocupante. Apenas não coloque a mão.

— Pontos? Mas... — Prestei atenção em seu rosto. Um hematoma começava a se apresentar em seu olho esquerdo, e o lábio superior partido e inchado.

— Cadu, você... O que aconteceu? — Ele levou a mão ao rosto, relembrando-se dos ferimentos. Forcei o corpo para sentar, os dois homens me impediram.

— Bia, fique deitada — Tio Gustavo me alertou.

— Cadu?

— Eu não estou machucado. Isso não é nada quando comparado ao estrago que fiz nele. — Tentou sorrir, e fez uma careta de dor ao esticar os lábios.

Por toda a EternidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora