Areias do Tempo

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Crystal estava sentada na arquibancada do rinque, as luzes estavam quase todas apagadas, Dalton já havia ido embora, depois de um longa conversa ele conseguiu tranquilizar a bela jovem de olhos azuis que havia chamado sua atenção como nenhuma outra, Dalton ou Chronum era do tipo "cara durão" e pela primeira vez havia encontrado alguém que lhe despertasse algo de doce.

Nascido e criando entre mulheres fortes, ele aprendeu desde cedo a como conduzir o coração de uma mulher, havia tido muitos romances, muitas ...amantes, por assim dizer, mas pela primeira vez ele não sabia com total certeza como proceder, Crystal era algo que ele nunca conheceu.

Com o telefone na mão ela seguiu o conselho de Dalton e ligou para a irmã, que estava chegando em casa, Christie saiu do carro com calma, segurando os livros, enquanto o telefone tocava ela tentava equilibrar a pilha de livros e cadernos nas mãos, ela aparou tudo nos joelhos e sacou a chave enquanto atendia o celular e o colocava na orelha, quase derrubando tudo.

— Pode falar, estou tentando entrar em casa. — Ela disse.

— Achei que já tivesse chegado.

— Eu me atrasei, perdi a hora batendo papo o refeitório.

— Nossa, eu nem imagino com quem! Deixa eu adivinhar, Jacob Ross Cárter.

— Você já vai começar a implicar comigo?

— Eu não estou implicando com ninguém, só estou fazendo uma observação. E então, era com ele?

— Sim! Satisfeita? Espere só um minuto, a chave está tra... — Antes de finalizar sua frase a porta abriu e Christie despencou no chão com todos os seus livros.

— Caiu na porta? — Crystal perguntou.

— Como de costume. — Ela respondeu sentando no chão e tirando o cabelo do rosto.

— Você está bem? — Perguntou a irmã.

— To viva! Não se preocupe. Pode continuar.

— Sabe o que é Christie... eu estive pensando no que o Dalton disse, sobre tudo o que aconteceu. Talvez nós duas tenhamos...

— Espera! Eu ouvi uma coisa! — Interrompeu Christie se erguendo do chão. O barulho estava vindo da cozinha.

— Ouviu o quê? — Perguntou Crystal. — Christie não respondeu, apenas continuou andando em direção à cozinha, a passos lentos e leves. — Christie? — Chamou Crystal já nervosa.

— Xiiiiiiiiiiiu! — Resmungou a irmã. Ela ergueu a cabeça e viu uma silhueta masculina, perto da geladeira, uma pele dourada e viçosa, ombros largos, braços fortes, cabelos negros.

Christie não teve tempo de ter outra reação, seu coração disparou a quase saltar do peito, tempo suficiente para a informação descer do cérebro até a língua e ela soltar um berro estridente, fazendo o rapaz gritar duas vezes mas alto.

— Por Isis! — Gritou Radamés, desembainhando uma adaga. — Ah, senhorita Christie, quase faleci de susto.

— EU QUE QUASE FALECI DE SUSTO, O QUE FAZ AQUI? — Christie esbravejou.

— Estava procurando algo para comer, enquanto esperava o tempo passar e suas graças voltarem para casa.

— Christie? O que houve? Por que gritou? Christie? — Chamava a irmã no telefone.

— Eu Estou bem, Radamés invadiu a casa. — Christie resmungou.

— É a senhorita Crystal? — Perguntou ele pegando o telefone das mãos de Christie.

— Sim Radamés, sou eu! — Crystal disse.

— Como este receptáculo tão pequeno ousa prendê-la, que espécie de magia das trevas é essa? — Ele perguntou colocando o celular na bancada da cozinha.

Under The Water - EM ANDAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora