episode 6. - o pesadelo.

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em um salão de ballet, scarlett está com as suas sapatilhas, dançando a música de o quebra-nozes, mas há sangue em suas mãos. a garota de repente cai. uma arma aparece em sua mão ensanguentada.
— mate-o. - a mulher loira de cabelo cacheado diz em russo.
— eu não posso. - responde, no perfeito russo.
— não seja imprestável, schulz. quer voltar ao seu castigo?
— não senhora.
— então atire! mate-o! e não finja falhar, sabe as consequências...

scarlett acorda suada, como se tivesse tido um pesadelo, e foi, ela acabou de sonhar com aquela cena que lhe atormentava todos os dias, mas não por completo.
— o que acontceu? - natasha levanta desesperada.
— nada demais
— o que aconteceu, scarlett? - natasha pergunta.
— nada. - ela se estressa, saindo na frente.

— foi aquilo de novo?
— não quero falar sobre - scarlett sai andando, dessa vez, para a cozinha beber uma água.

— scarlett. - natasha para na porta. - o que aconteceu?
— eu já disse que quero ficar sozinha.
— eu quero te ajudar, scarlett. eu já vi você com raiva, mas não daquele jeito.
— eu só assustei.
— tem certeza?
— absoluta, eu só preciso respirar.
 

natasha passa a mão em seu ombro e scarlett vai até o gramado do QG, se sentando no chão mesmo.
— ei. - steve aparece ao seu lado.
scarlett apenas o encara, sem responder.
— você está bem? - ele insiste.
— é, eu estou.
steve se senta ao seu lado, e então ela vai mais pro lado, para dar mais espaço.
— você quer...?
— eu estou bem, capitão, obrigada. eu só preciso... respirar. tem muito tempo que eu não paro para fazer isso, desculpa.
— sabe que está tudo bem, todos nós precisamos as vezes.

ela respira fundo algumas vezes, aquela memória é uma das piores que a mulher tem, e foi justo essa. steve apenas a admira, admira a forma que ela tenta se conter, mas a morena estava prestes a cair em lágrimas, o que não acontecia a muito tempo, ela precisa disso, mas tem medo, medo de a acharem fraca.
— pode chorar, está tudo bem. - steve percebe.

a morena então, em questão de segundos, coloca as mãos sobre o rosto.
— desculpa. - ela pede, em meio a alguns gaguejos. - eu não costumo a fazer isso.
— não é bom guardar tudo pra você.
— fomos ensinadas que chorar é coisa de gente fraca, e éramos castigadas de fossemos  pegas chorando.
— eu sinto muito que tenha passado por isso.
— a maioria se recupera, mas por que, por que eu não consigo? - suas lágrimas voltam a escorrer pelo rosto.

a mulher desaba.
— desculpa, é sério. pode ir, se quiser. - ela repete.
— está tudo bem, eu posso ficar se quiser, até você ficar bem, leve o tempo que for.
a mulher, entre soluços baixos, se encosta no ombro, assustando-o, mas depois ele encosta sua cabeça na dela, e passa o rosto por trás de suas costas, a pele dele sente seus fios macios. a dor de scarlett foi saindo de corpo, como se o toque de steve fosse essencial.

então, as lágrimas de seu rosto foram secando e parando as poucos, o capitão sabia pouco daquela mulher, mas sabe que ela era especial, disso ele tem certeza.
— sabe, ele fez isso com todos nós, mas a sua... eu realmente sinto muito que ele tenha pegado essa.
— ele foi uma criança traumatizada, vivendo na sombra da grandeza do thor, vivendo a base de mentiras, eu acredito que ele tenha os motivos, eu não odeio ele, mas ele só mexeu em uma parte muito ruim, e eu explodi.
— todo mundo uma hora explode, não dá pra guardar tudo pra si.

ela sorri.
— eu estou bem. - ela sussurra pra steve.
— você está bem. - ele sorri de volta.
— você vai entrar? porque eu vou ficar aqui mais um tempinho, não é nada mal aqui, se quiser ficar.
— então eu fico. - o loiro sorri de lado.

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⏰ Última atualização: Dec 31, 2021 ⏰

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