No fim, quem vai contar sua história? Houveram muitas lutas, sangue e corpos sem vida. Comandando um exército atrás de glória e poder. Mikey estava perdido.
Voltando no passado, o objetivo de Takemichi era apenas salvar sua namorada da época da esco...
Eu prefiro botar o nome da música por aqui mesmo, não link ou vídeo embutido no capítulo porque fica feio. Se tu tiver interesse só ir lá ver né? Aliás eu gosto muito de usar itálicos e negritos pra destacar coisas.
Música do capítulo: Heart Failure - Sixx AM
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Hanabi demorou duas semanas para aparecer. As prostitutas perguntavam por ela, mas Draken apenas deixava claro que não eram amigos. Quando era Mikey que perguntava ele era mais claro: ele não era amigo de Hacchi e não tinha a menor ideia de onde ela poderia estar. Depois da primeira semana, os dois líderes da Toman deixaram a memória dela pra trás imaginando que a gyaru nunca mais apareceria por lá.
— Sai da frente, velho! — O grito alto em uma voz feminina chamou a atenção na rua. Em seguida um som de batida atraiu ainda mais olhares. — Cacete. Ainda bem que é um poste.
O carro estilo conversível era preto e agora estava com um dos faróis estilhaçado pelo poste onde havia batido. O horário ser começo da noite facilitou a presença de Mikey e Draken assistindo aquela cena. Era Hanabi e dessa vez sozinha. Hoje seu cabelo estava loiro com as pontas rosadas.
— Pedaço de merda. — Ela murmurou baixo ao descer do carro e chutar a porta em irritação. Se arrependeu no mesmo momento e se curvou levemente pressionando a região da barriga ainda ferida de seu último encontro com Snake. Não parecia estar ciente da presença dos dois rapazes ali. Por um momento ela parou e observou o lugar onde havia parado o carro e deu de ombros. — Foda-se é um ótimo lugar.
— Vamo. — Mikey indicou com a cabeça a rua estreita pela qual Hanabi entrou. Se ela estava de volta trazendo problemas pro território da Toman com seguranças armados de gente rica, ele precisava estar a par da situação.
Draken o seguiu. Haviam poucos apartamentos residenciais naquela parte de Shibuya. Hanabi subiu escadas externas e parou em frente a uma porta. Buscou pela chave na mochila e falhou em todas as tentativas de encaixar na fechadura. Seu braço direito estava engessado e ela era destra. Tudo na vida ficava mais difícil assim. Ao menos não estava quebrado, mas ainda assim era uma grande merda. Em um acesso de raiva ela jogou a chave longe. Se arrependeu imediatamente quando o pensamento clareou.
Hanabi não era nenhuma florzinha e não sabia que estava sendo observada, então não fazia sentido manter o personagem de uma extrovertida gyaru avoada. Se sua mão estivesse funcionando, poderia simplesmente atirar e destruir a porta ao redor da fechadura. Respirou fundo e tirou os sapatos. Aquilo ia doer pelo impacto, mas de jeito nenhum ia arriscar aqueles scarpins caríssimos. A porta abria para dentro e era de baixa qualidade, então não teria problema algum. O arrombamento em si foi simples: com um chute lateral usando principalmente o calcanhar a moldura da porta foi danificada e ela cedeu para dentro. Agora o problema era a dor insuportável que o impacto causou em seu abdômen. Respira. Um. Dois. Um. Três. Cinco. Trinta. Levantou e seguiu para dentro já completamente esgotada e muito irritada por agora sua porta da frente não fechar mais. Por enquanto empurrar uma poltrona para segurar a porta fechada parecia a melhor ideia.
