Cap. 13 -Shhh...-

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A semana passou rápido, e já tinha Sheilla se mudado.
Sabia que ela iria me perturbar e fazer com que tudo fosse uma desgraça pra mim. Mas mal sabia ela que de hoje em diante, eu faria da vida dela um inferno caso ela quisesse mexer uma palha contra mim e contra Lucca. Ela é produtora de eventos, uma mulher rica de aparência luxuosa, com mais ou menos 45 anos, mais nova que meu pai dois anos. [...]

--19 de março (quinta feira) 10:00 am--
-Srta Devinne, o que devo a mais uma honra de tua presensa?- O diretor se pronuncia entrelaçando as mãos sobre a mesa. -Já é a 12ª vez, só este mês!
Eu apenas reviro os olhos e me encosto na cadeira.
-Então quer dizer que acha que pode sair xingando as pessoas quando bem entender? E lançou a nova moda de ameaçar os professores?!- Ele diz assinando a ficha de advertência. -Ficará na retenção hoje após a aula. Fazendo reforço.
Reviro os olhos novamente, pego a porra da ficha de retenção e saio da sala sem me pronunciar.

Ótimo, agora vou ter que ficar em período integral na escola por xingar a professora... Quer saber, nem fodendo.

--01:35 pm--
Eu entro na sala de retenção e reforço onde está também Lucca.
-O que está fazendo aqui?- Ele me olha com cara de quem já esperava que eu fosse parar ali.
-Xinguei a professora, e você?
-Colei chiclete no cabelo de uma garota.- Ele da de ombros.

O professor parecia corrigir algumas provas e tinha deixado alguns exercícios de matemática no quadro.
Pego então uma tesoura, onde começo a raspa-la na mesa de madeira, fazendo assim desenhos e escrevendo nomes aleatórios. Por fim escrevo "Megan Devinne was here.".

A Diretora por sua vez, entrou na sala para conversar com o professor que estava nos supervisionando.
Até que eu tenho a ideia de sair com meu irmão.
A porta da sala se encontrava aberta, então, sem eles perceberem, fomos sentando em cadeiras diferentes até chegar á porta e em fim sair da li.
-Caso perguntem, fala que fomos almoçar na rua hoje.
-Pode deixar.- Luca assente.

--05:35 pm--
Estavam todos em casa, sobre a enorme mesa de café da tarde. Meu avô e avó nas pontas, meu pai e Sheilla nas laterais e meu irmão no centro.

Ambos conversavam enquanto comiam e eu desço as escadas, vou até a cozinha, pego uma prato e um copo. Me dirijo até a sala de jantar onde estão comendo, em pé mesmo monto um sanduíche. Ao terminar, encho o copo, o qual tinha pegado a pouco, com água.

Dou as costas e quase na saída da sala de jantar, Sheilla se pronuncia:
-Amor, sei que é recente para eu atender os telefones da casa, porém, hoje, o diretor da escola das crianças ligou aqui dizendo que eles foram mandados a retenção e fugiram de lá em poucos minutos...

Eu paro e então me viro novamente com o prato e copo em mãos e encaro-a.
{Se de meus olhos saíssem laseres, ela já teria sido aniquilada.}

-Megan, Lucca... Prefiro saber o que aconteceu de suas bocas do que da boca dos outros. O que fizeram?
-Xinguei e ameacei a professora. E daí?- Sou a primeira a se pronunciar de forma bruta.
-Colei chiclete no cabelo de uma garota. [...]

Meu pai repreende ao meu irmão e quando termina, se pronuncia a mim.
-Do que xingou e ameaçou Megan?
-Ah, poupe-me de falso moralismo. Não sou obrigada a ver você se passar por pai bonzinho e compreensivo quando na verdade não passa de um nada na minha vida.
-MEGAN! Olha como fala comigo garota.
-Se ela não fala, eu posso falar amor... Ela xingou a professora de uma palavra horrível e mandou a mesma tomar cuidado ao fazer o caminho de casa sozinha.- Sheilla tinha um sorriso cínico no rosto.

Eu abaixo a cabeça e apenas ignoro as baboseiras que meu pai falava.
-Nossa, que menina mal educada. A mãe dela não educou eles não?! Não ensinou que tem que olhar nos olhos quando alguém te repreende gatinha?!

Eu coloco os objetos em minha mão sobre a mesa e imediatamente voo para o pescoço daquela vagabunda.
-NUNCA MAIS FALE DA MINHA VIDA DE TAL MANEIRA SUA VADIA.

Se eu ficasse mais um segundo em cima dela, eu juro que a mataria.
Meu sangue se esfriou, eu pulsava por dentro.

Imediatamente minha vó me tira de cima dela e meu pai grita para que eu subisse para meu quarto e permanecesse por lá.

No que minha vida se tornara após onze anos?! Será que é realmente essa a vida que devo viver?! E os motivos para eu estar aqui hoje? Não tem algo que possa me exclarecer? Isso me dói.

--06:57 pm--
Assim faço. Subo tomo um banho, coloco uma skinny vinho, uma blusa de manga cumprida branca lisa e fina, amarro o cabelo em um rabo de cavalo, passo delineador e um batom nude. Coloco meu coturno preto e saio pela janela apenas com o celular.
Após esse tempo, Lucca ja estava no quarto dele, onde de baixo eu jogo uma pedra em sua janela e ele sai em poucos minutos.
Meu irmão faz um gesto com a cabeça para que eu fale.
-Vou sair e não sei se volto hoje.- Cochicho.
Ele assente e entra...

--08:43 pm--
Após muito tempo andando em alguma rua qualquer, me sento na calçada bem em frente a uma casa de bairro simples, próximo a escola.

Abaixo a cabeça entre os joelhos dobrados e passo a mão sobre a mesma várias vezes. Algumas lágrimas se despejam de meus olhos e correm suavemente em minha face, como se eu não impedisse-as de cair... Mas como era em vão e eu estava sozinha, não via mal algum em chorar!

A poucos minutos parada, vejo um carro prata chegar em uma casa diagonal a mim. E por acaso, era o diretor.

Ali, fui tomada pelo ódio e prazer ao saber que tinha algum motivo do destino para estar ali. Destino momentâneo de acabar com o carro dele!
Então não pensei duas vezes em pegar uma pedra e imediatamente riscar todo o carro daquele homem.

Após meros 5 minutos, o carro dele se encontrava em um péssimo estado, pego uma pedaço de madeira, e na hora que eu levanto os braços a fim de estourar os vidros pra rouba-lo, ouço o barulho de uma sirene se aproximando no final da rua.
Presto-me a largar o pedaço de madeira no chão e na hora que tento correr alguém me puxa pela blusa para atrás de uma casa.

Não consigo raciocinar pelo movimento brusco e com força a qual eu fui puxada em fração de segundos.

A pessoa tampa minha boca, sua pele era fria, assim como o clima naquela noite.
-Shhh!- se pronuncia autoritário.

E a partir daquele momento, eu não sei o que pensar, minha respiração era ofegante. Me desesperei ao lembrar que havia saído apenas com o celular. E depois de anos carregando aquela faca, foi a primeira vez em que saio sozinha durante a noite noite e esqueço-a. Mas que caralho!

-Então quer dizer que a "adolescente rebelde" também é vandala?!- Ele cochicha irônico em meu ouvido, me fazendo arrepiar imediatamente.

Ps: reviso depois.

(OIIIII QUE SAUDADE!
Quanto tempo! Faz-me até lágrimas nos olhos. Hahahahaha
Como estão? :D

Gente, espero que gostem! Voltei a att. Desculpem a demora...
Amo-vos.
XxGi)

Welcome to danger zone.Onde histórias criam vida. Descubra agora